quinta-feira, 1 de maio de 2014

O OURO, UM METAL SURPREENDENTE

O OURO, UM METAL SURPREENDENTE
 
Famoso e desejado por todos há milênios, o ouro faz jus à fama que tem. Para início de conversa, é considerado o mais bonito dos metais. Enquanto a maioria dessas substâncias tem cor cinza, assemelhando-se ao aço ou à prata, o ouro exibe vistosa cor amarela.
Sua densidade (19,3 g/cm3) é também digna de menção, pois é quase vinte vezes maior que a da água.
O fato de dificilmente reagir com outras substâncias o torna valioso não apenas para uso em jóias, mas também para instrumentos científicos e como moeda. É por ser pouco reativo que ele é encontrado na natureza geralmente no estado nativo, ou seja não combinado. Os poucos compostos de ouro que se conhece são teluretos (como krennerita, silvanita e calaverita) e ligas naturais.

silvanita

calaverita
A pirita é largamente conhecida como ouro-dos-trouxas por ser semelhante ao ouro verdadeiro. Mas a semelhança está apenas na cor e, até certo ponto, no brilho. A pirita tem um tom de amarelo diferente, é bem mais leve (cerca de 5 g/cm3) e bem mais dura, tem brilho mais intenso e não é nem dúctil nem maleável como o ouro.
Dúctil é o metal com o qual podem ser feitos fios e maleável, aquele com o qual podem ser feitas lâminas. Pois essas são duas propriedades físicas muito surpreendentes do ouro. Segundo Maron & Silva (Perfil Analítico do Ouro, DNPM, 1984), com um grama desse metal pode se obter um fio de 2.900 m ou uma lâmina de quase 1 m2 (mais precisamente, 0,96 m2) !
Não é à toa, portanto, que o ouro é tão cobiçado e valorizado no mundo todo e há tanto tempo.
P. S. No setor de gemas, estamos acostumados a falar em lapidação, o processo usado para extrair de uma gema todo o seu potencial de beleza. Mas lapidação é também o nome que se dá à execução de condenados em que o indivíduo, enterrado de modo a ficar apenas com a cabeça de fora, é morto a pedradas.
É preciso aceitar e respeitar costumes e tradições diferentes das nossas. Mas executar alguém dessa maneira ultrapassa qualquer limite de tolerância no atual estágio de evolução deste planeta.
Ficamos, por isso, felizes por saber que a nigeriana Amina Lawal não será lapidada por ter tido uma filha depois de separada do marido. Que esse caso seja o passo inicial para lapidar, no sentido em que nós usamos este verbo, certas leis ainda em vigor naquela região do mundo.

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