domingo, 29 de junho de 2014

Bahia entra na rota mundial do diamante

Bahia entra na rota mundial do diamante
A Lipari Mineração pode colocar a Bahia no mesmo patamar que as maiores regiões produtoras de diamante bruto da América Latina, a partir de 2015. A mina de Braúna deverá produzir 225 mil quilates de diamantes anualmente.
A mina de Braúna, em Nordestina (BA), no semiárido baiano, deverá produzir 225 mil quilates de diamantes anuais, ao logo de uma vida útil de 7 anos de mina a céu aberto com possibilidade de abertura de mina subterrânea. Isso deverá colocar a Bahia no topo da lista das produtoras de diamantes brutos da América Latina e destacar o estado entre as maiores do mundo.
Dona dos direitos minerários da área, a Lipari Mineração vai investir R$ 100 milhões no projeto que tem o início da produção previsto para 2015. O Projeto Braúna abrange 22 ocorrências de kimberlito, rocha vulcânica formada em grandes profundidades, que é a principal indicadora da ocorrência de diamantes. A empresa estuda a área há cinco anos. Durante esse tempo foram realizados 91 furos de sondagem, totalizando 14.689 metros, testando o depósito a uma profundidade vertical de 350 metros, em uma área que foi chamada de kimberlito B3. Os estudos contaram também com a lavra e o processamento de quase 9 mil toneladas de kimberlito, tanto da superfície quanto subterrâneo, para determinar o teor do diamante e seu valor de mercado. Em janeiro deste ano, a Lipari atualizou a estimativa de recursos minerais do depósito de kimberlito B3, o que destacou 1.781.706 quilates de recursos indicados, 926.401 quilates de recursos inferidos e recursos potenciais na forma de um possível depósito mineral que possui entre 885.400 e 316.900 quilates. Lipari é uma empresa brasileira, pertencente ao grupo israelense Aftergut N. & Zonen BVBA, dono da DMG International e da Ella Diamond, empresas que alimentam os mercados de diamantes indiano, belga, israelense e chinês, além de vender diamantes lapidados e polidos pela internet. “Teremos a primeira mina de diamantes de fontes primárias da América do Sul“, comemorou o governador da Bahia, Jaques Wagner, em entrevista a jornais locais.

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