Os constantes relatos dos índios sobre ocorrências de ouro impulsionaram expedições ao interior do vasto território brasileiro. Nos derradeiros anos do séc. XVII, uma das expedições chegou ao sopé de uma curiosa montanha chamada Itacolomi – em tupi, ita-corumi, ou “pedra menino” -, num vale batizado de Tripuí - em tupi, “água escura”-. Iniciava-se ali a busca do ouro e também todo o caldo de cultura que forjou a verdadeira cidadania de um povo organizado em povoados que mais tarde originaram as cidades de Ouro Preto, Mariana, Sabará, Catas Altas, Santa Bárbara, e tantas outras.
Em fins do século XVII são descobertas, no ribeirão Tripuí, algumas pedras negras que, mais tarde se revelariam ouro nativo. Várias bandeiras dirigiram-se à região do Itacolomi, sem sucesso. A bandeira comandada por Antônio Dias obteve mais sorte e instala-se na região do morro de São João. Era o início do povoamento de Ouro Preto.
Em pouco mais de dez anos de ocupação surgem vários arraiais como Padre Faria, Antônio Dias, Paulistas, Bom Sucesso, Taquaral, Sant’Ana, São João, Ouro Podre, Piedade, Ouro Preto e Caquende. Surge, então, Vila Rica que, em 1920 torna-se a capital da Capitania de Minas Gerais. Nesta época, a população local chegava a 40.000 habitantes, consistindo na maior aglomeração humana da América Latina.
Em 1933, Ouro Preto recebe o título de Cidade Monumento Nacional e, em 1980, a Unesco declarou-a Patrimônio Cultural da Humanidade.
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