sexta-feira, 6 de junho de 2014

Vale e Iluka fazem uma JV no anatásio de Tapira

Vale e Iluka fazem uma JV no anatásio de Tapira
Tapira é um osso atravessado na garganta da Vale. Trata-se de um gigantesco depósito de titânio associado ao complexo carbonatítico de mesmo nome que já é conhecido dos geólogos brasileiros há várias décadas. Na parte superior do carbonatito houve o desenvolvimento de laterita com um depósito supergênico de titânio a base de anatásio (TiO2) com menores quantidades de perovskita e ilmenita (platô no primeiro plano). Se associam, também, ao carbonatito de Tapira, jazimentos de fosfato e de terras-raras. A jazida de fosfato está sendo lavrada. A operação é vista ao fundo da estrutura.

O que a Vale e a Iluka estarão tentando fazer é definir um processo economicamente viável para o tratamento do minério supergênico rico em anatásio com a recuperação do titânio de Tapira.

Parece uma tarefa fácil, mas até hoje não foi desenvolvida uma rota econômica para esse tipo de minério.

Os principais jazimentos do mundo de titânio estão localizados nas areias pesadas, ricas em rutilo ou ilmenita de alto teor, minerais que são facilmente concentrados e tratados. Esses concentrados são a melhor matéria prima para a obtenção do rutilo sintético e do dióxido de titânio componente fundamental para a fabricação dos pigmentos usados nas indústrias.
Trata-se de uma área onde a Iluka tem grande experiência.

O anatásio é um outro mineral, uma outra história. Ele geralmente está associado à magnetita e sua transformação apresenta um enorme problema metalúrgico.  Muitos tentaram várias rotas como flotação e lixiviação, mas até hoje não foi desenvolvido um processo economicamente viável para a grande jazida de anatásio de Tapira.

Grandes empresas como a Rio Tinto e Vale tentaram, mas o anatásio continua no chão e os preços do titânio continuam altos...

Quem sabe agora o segredo de Tapira seja finalmente revelado.

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