Gás do xisto: China paga para entrar
A China priorizou as suas imensas reservas de gás do xisto e está investindo pesado na exploração.
A Sinopec está preparada para investir muitos bilhões de dólares nesta
pesquisa que visa a obtenção do gás natural a partir dos folhelhos: uma
energia barata e limpa. No entanto, existe um grande salto tecnológico a
ser dado e, enquanto estiver nos estágios iniciais, a China pagará o
preço da entrada no jogo. É o preço do desconhecimento.
Na fase inicial o preço de cada furo irá custar US$10 milhões. O mesmo
furo custa nos Estados Unidos, o líder mundial desta tecnologia, US$2,6
milhões. A única forma de reduzir este vazio é através de grandes
investimentos e da experiência acumulada. É por isso que a Sinopec está
criando uma joint venture com uma das mais experientes empresas do ramo:
a americana Weatherford International. Nesta fase a China foca em uma
produção inicial de 6,5 bilhões de metros cúbicos, modesta quando
comparada aos 300 bilhões de metros cúbicos produzidos nos Estados
Unidos em 2012.
No médio prazo o gás do xisto chinês deverá superar o gasoduto Rússia-China, de US$400 bilhões.
Em 2017 o gás natural do xisto deverá corresponder a 9% do total de
energia da China o que deverá reduzir, substancialmente, o consumo do
carvão.
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