MINERALIZAÇÕES AURÍFERAS FILONEANAS DO TERRENO GRANITO-GREENSTONE DO TOCANTINS
O terreno granito-greenstone do Tocantins faz parte do
embasamento da zona externa da Faixa Brasília, no setor central da
Província Tocantins. Esse terreno é constituído por amplos complexos
granito-gnáissicos intrusivos em estreitos greenstone belts. O
greenstone belt, denominado de Grupo Riachão do Ouro, compreende os
metabasaltos de alto-Fe e alto-Mg da Formação Córrego Paiol, unidade
basal, e uma sequência monótona de filitos sericíticos com camadas ricas
em matéria carbonosa e intercalações de formações ferríferas,
quartzitos, meíacherts, rochas vulcânicas ácidas e metaconglomerados,
agrupados na Formação Morro do Carneiro, unidade de topo. Os complexos
granito-gnáissicos são constituídos por granitóides do tipo TTG de alto e
baixo Al. O primeiro evento deformacional (Dn) foi acompanhado da
intrusão dos complexos granito-gnáissicos e de metamorfismo de alta
razão T/P variando do fácies xisto verde ao anfibolito. O segundo evento
deformacional (Dn+i) é caracterizado por zonas de cisalhamento destrais
de direção N20-30°E, NO-10°E e N10-20°W. As zonas de cisalhamento
N40-65°E (destrais) e N35-50°W (sinistrais) formam um par conjugado cuja
idade relativa é ainda incerta. As mineralizações de ouro filoneanas,
encaixadas em zonas de cisalhamento Dn+i, são hospedadas em
metabasaltos, formações ferríferas e complexos granito-gnáissicos. Os
halos de alteração hidrotermal são marcados por cloritização,
carbonatação, sericitização e sulfetação, principalmente pirita. As
paragêneses de alteração são típicas do fácies xisto verde. O fluido
mineralizante foi provavelmente rico em CO2 e S. Idades Sm-Nd em torno
de 2,5Ga representam as idades máximas para dos complexos
granito-gnáissicos e mineralizações de ouro.
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