domingo, 13 de julho de 2014

O brilho do carbono

O brilho do carbono
John Chadwick, editor da revista International Mining (IM), analisa as recentes novidades e mudanças no setor de diamantes, onde a alta demanda promete emoções.

De Beers afirma que “a crescente demanda dos consumidores por jóias com diamantes, impulsionada pela China e Índia, juntamente com a produção estável no curto e médio prazo, resultará em um déficit estrutural da oferta, que deve resultar na valorização de preço para a indústria.”
 
Foi também declarado na Reunião Instrucional de Diamante da Anglo American no dia 30 de novembro do ano passado que a “indústria de diamante bruto agora exige investimentos em novos projetos até mesmo para manter a produção. Nos próximos anos, a produção adicional das minas Gahcho Kue, Argyle e Petras poderão trazer a produção de volta para (mas não acima) os níveis de pré-recessão”.

Ele também sugeriu que a China e a Índia poderiam ser as responsáveis por metade da demanda mundial até 2025 (em comparação com 12% em 2008). O fornecimento de diamantes brutos está estruturalmente limitado, com nenhuma nova produção prevista em futuro próximo. Existe um declínio da produção das minas atuais; a produção mundial máxima foi alcançada em 2006 e algumas descobertas de grandes jazidas foram feitas durante as últimas duas décadas.

De Beers lista os principais produtores mundiais por valor, com a maior base de reserva, fornecendo escala e futura produção sustentável, conforme a tabela:

Houve algumas mudanças significativas entre as principais mineradoras de diamante recentemente. Em agosto passado, a Anglo American completou a aquisição de uma participação de 40% na De Beers da CHL (que representa os interesses da Família Oppenheimer), aumentando assim a sua participação para 85%.

Em novembro de 2012, Harry Winston Diamond Corp firmou contratos de compra de ações da BHP Billiton Canada, juntamente com várias associadas, visando ao controle de todos os ativos de diamante da BHP Billiton, incluindo a sua participação controladora na mina de diamantes Ekati, bem como a instalação para triagem de diamante e vendas em Yellowknife, Territórios do Noroeste do Canadá e Antuérpia, na Bélgica. A mina Ekati consiste na Zona central, que inclui a mina de operação e outros de kimberlitos já licenciados, assim como a Zona Tampão, área adjacente de kimberlitos com potencial para desenvolvimento e exploração.

Ekati, a primeira e maior produtora de diamantes do Canadá, cuja produção foi iniciada em1998, fica a cerca de 310 km ao nordeste de Yellowknife nos Territórios do Noroeste. Ela inclui tanto operações a céu aberto e subterrâneas e está localizada próxima a mina de diamantes Diavik, na qual Harry Winston detém uma participação de 40%. Ekati tem produzido uma média de cerca US$ 0,75 bilhão/ano de diamantes brutos ao longo dos últimos cinco anos. Essa produção representa aproximadamente 6% do fornecimento mundial de diamantes brutos em termos de valor. A fase atual da produção na mina processa minérios de qualidade inferior, mas com alto volume em quilates, na cava a céu aberto de Fox, complementado pela lavra subterrânea da parte baixa dos kimberlitos de Koala e Koala Norte. Embora a produção nos próximos dois anos seja inferior à média alcançada ao longo dos últimos cinco anos, espera-se que ela retorne a níveis mais altosquando a lavra atingir camadas de maior teor nas minas a céu aberto de Misery e Pigeon. O plano atual da mina Ekati prevê sete anos de produção, mas há recursos complementares que poderiam se tornar econômicos com o aumento dos preços dos diamantes.

Harry Winston tem estado envolvido na indústria de diamantes canadense desde a descoberta de Diavik, em 1994. Ele diz que “está entusiasmado com a oportunidade de prolongar a vida da mina Ekati. Diavik é a maior mina de diamantes do Canadá, com a descoberta de quatro kimberlitos em 1994 e 1995. A mina está localizada em uma ilha de 20 km², em Lac de Gras, Territórios do Noroeste, a cerca de 300 km de Yellowknife, e apenas a 220 km ao sul do Círculo Polar Ártico.

Harry Winston não opera a mina, cuja tarefa cabe à Diavik Diamond Mines, uma subsidiária da Rio Tinto. Ela opera a mina e a Harry Winston paga 40% dos custos operacionais e de capital da mina e recebe 40% da produção de diamantes.

Os três kimberlitos atualmente lavrados, A154 Sul, A154 Norte e A418, são pequenos em diâmetro por termos globais da indústria, porém são de alta qualidade, com alguns dos maiores teores por tonelada do mundo. Em 31 de dezembro de 2011, a Diavik tinha 16,1 milhões de quilates de reservas provadas e 42,8 milhões de quilates de reservas prováveis ??(com base de 100%).


Grupo De Beers opera minas no Canadá, Namíbia, Botswana e África do Sul

As qualidades excepcionais da Diavik tornam-na uma das minas de diamantes mais valiosas e rentáveis ??do mundo. O plano atual da mina prevê produção comercial até 2022.

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