O dia começou com o nome da Petrobras sendo manchado, mais ainda, nas páginas e websites de jornais de nível mundial.
O Financial Times, por exemplo, não poupou adjetivos para reportar o que chama de “ maior caso de corrupção do Brasil”.
Nesta matéria, que nos envergonha profundamente, não por culpa do Financial Times, o jornal relembra os casos que estão infestando a mídia brasileira, como o de Pasadena e o relacionado à refinaria Abreu Lima onde o orçamento subiu, magicamente, de US$2,5 bilhões para US$20 bilhões.
Nem é preciso dizer sobre a repercussão na mídia mundial.
Páginas e páginas estão focando na corrupção e nos escândalos que infestam o Brasil e que, segundo eles, é a principal forma para o financiamento de campanhas políticas no nosso país.
Como brasileiro acho tudo isso revoltante.
O pior é que o assunto parece não ter solução.
De um lado os políticos da oposição, com as mãos sujas de outras maracutaias, esbravejam contra o PT, envoltos em uma aura de justiceiros incorruptíveis. Do outro o governo, enlameado até o pescoço, tenta minimizar tudo isso como se o tsunami que invade a mídia e a cabeça do povo fosse apenas, mais uma “marolinha” ou um “factoide”, como disse ontem a presidente Dilma Roussef ao se referir sobre a corrupção na Petrobras.
O assunto é gravíssimo e os candidatos à Presidência se agarram a ele como uma tábua de salvação. Eduardo Campos, o ex-governador de Pernambuco, onde se encontra a mal falada Refinaria Abreu e Lima, prometeu hoje, blindar a Petrobras de “interferências político-partidárias”. Interessante...mas inócuo.
Somos obrigados a ver os nomes do Brasil e da sua maior empresa serem enxovalhados mundialmente sem que o governo dê uma resposta à altura, com velocidade e densidade que o caso exige.
Afinal, como disse a Presidente Dilma no domingo, nós que tentamos acabar com a corrupção na Petrobras neste momento, não somos maduros:
"Se tem uma coisa que a gente tem de preservar, porque tem sentido de Estado e sentido de nação é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do País. Isso não é correto, não mostra nenhuma maturidade" - Dilma Roussef
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