terça-feira, 12 de agosto de 2014

Revolução na pesquisa mineral? Chegou o VK1, um equipamento de gravimetria aéreo acessível e preciso

Revolução na pesquisa mineral? Chegou o VK1, um equipamento de gravimetria aéreo acessível e preciso
A gravimetria na prospecção mineral sempre foi deixada de lado por ser cara, lenta e problemática.

Pouco tempo atrás eram necessários levantamentos de topografia de grande detalhe que encareciam sobremaneira os levantamentos que eram praticamente inviáveis em regiões montanhosas. O uso e o transporte dos gravímetros, instrumentos ultrassensíveis, era um capítulo a parte.

Por motivos como estes o número de descobertas minerais, com o uso da gravimetria, não é tão grande quanto poderia ser.

Com a chegada da gravimetria aérea vimos grandes áreas (principalmente planas) serem rapidamente cobertas. No entanto a precisão mais baixa desses levantamentos não permitia o uso para a prospecção mineral de corpos menores. Consequentemente esses levantamentos foram utilizados, predominantemente, nas províncias petrolíferas.

Agora, com a chegada do airborne gravity gradiometer as coisas começam a mudar, para melhor.

Trata-se de um novo aparelho aperfeiçoado pelo seu criador, Dr Frank Van Kann em conjunto com a Rio Tinto e a University of Western Australia.

Este gradiômetro avançado foi denominado de VK1, em homenagem ao seu inventor, e tem como pontos altos o baixo custo e a precisão.

Essa tecnologia opera embarcada em aeronave e mede, com precisão sem igual, as mudanças sutis do campo gravitacional. Desde 2010 o aparelho está sendo aperfeiçoado e já teve sucessos mensuráveis na área da exploração mineral, como a descoberta do jazimento do tipo IOCG de Santo Domingo Sur nos Andes Chilenos.

Santo Domingos Sur, um depósito grande, tem uma mineralização tipo manto de magnetita-hematita com calcopirita dentro de tufos e brechas.

A BHP foi a primeira a usar essa tecnologia, com sucesso, em 1999, no Canadá em busca de kimberlitos mineralizados.

Com o desenvolvimento do equipamento espera-se que o uso do VK1 se propague e chegue, eventualmente ao Brasil, onde temos imensas áreas cobertas por solos, lateritas e florestas com imenso potencial econômico.


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