segunda-feira, 11 de agosto de 2014

China, a hora de comprar ferro gusa

China, a hora de comprar ferro gusa
Com a queda dos preços do minério de ferro centenas de milhões de toneladas deixarão de ser vendidas. Não se sabe exatamente quantas toneladas de minério de alto custo e de baixo teor serão alijadas do mercado, mas calcula-se que o número supere as 200 milhões de toneladas já em 2014.

Isso implica no fechamento de muitas minas, principalmente chinesas. Esse número engloba também, aquele minério de ferro de baixo teor, entre 56 a 58% de Fe, que mesmo barato é causador de maiores custos de energia, gerando mais rejeitos e poluição, uma situação inaceitável conforme as novas leis ambientais chinesas.

O que os chineses ainda não estão enxergando é o enorme potencial de lucro, tanto financeiro como ambiental, por trás da importação de ferro gusa. Ao importar ferro gusa eles irão transportar somente 4% de lixo já que o gusa tem 96% de ferro: um desconto médio de quase 40% no preço do frete.

No caso dos minérios de baixo teor mais de 40% da carga transportada é lixo, que será convertida em escória e rejeitos poluentes no seu próprio país.

Em outras palavras, para suprir o aço necessário ao crescimento do país os chineses estão importando poluição na forma de mais de 300.000.000 de toneladas de rejeitos, pó, lama e escórias venenosas a cada ano, o lixo que vem junto com o minério de 55 a 62% Fe. Produtos que degradam o meio ambiente contaminando o solo e o lençol freático.

 Imagine uma fila de 10 milhões de caminhões repletos de escória venenosa chegando ao seu país a cada ano. E o mais irônico é que a China está pagando o frete transoceânico desta poluição...

Enquanto os chineses importam mais e mais minério de ferro (somente em julho a importação cresceu 11%) os guseiros do Brasil estão fechando as portas e as plantas em uma indústria decadente, mas que já produziu mais de 35 milhões de toneladas ao ano.


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