Em julho deste ano a China decidiu que a cota de exportação dos terras-raras para o segundo semestre de 2014 seria de 15.501 toneladas sendo 13.696 de TR leves e 1.809t de TR pesados.
A notícia parecia um progresso nas tensas negociações internacionais, já que os Estados Unidos e o Japão estavam pressionando para que a China colocasse mais terras-raras no mercado. O país controla mais de 95% da produção mundial...
No entanto, um fato extremamente interessante, que mostra a agressividade da China, ocorreu nesta semana e ainda não foi plenamente avaliado pelo mercado. Somente nestes últimos dias a China comprou 65% das TR a serem vendidas no segundo semestre, esgotando as possibilidades de compra de outros países. Foram adquiridas, nada menos do que 10.000 toneladas de terras-raras, dela mesmo é claro.
Esta deve ser uma estratégia para aumentar os estoques e suprimir os terras-raras do mercado aumentando os preços exponencialmente. Mais um desdobramento da guerra subterrânea pelo controle destes elementos fundamentais na indústria dos celulares, TVs de tela plana, imãs de alta potencia e muitíssimos outros eletrônicos de ponta.
Os preços que estavam em declínio desde 2011 deverão, agora, subir. Somente os preços dos óxidos de praseodímio-neodímio caíram 76% desde 2011.
Com essa estratégia irão se acirrar as batalhas legais, em andamento, onde Japão e Estados Unidos, os dois maiores consumidores de terras-raras, junto com a Organização do Comércio Mundial (WTO) querem forçar a China a acabar com a política de cotas de exportação.
Foto, mina de terras-raras Mountain Pass da Molycorp que pode reduzir o controle da China
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