Da cor do desejo
Colecionadores
disputam em leilão
diamante negro de 179 quilates
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| O
Vulc�o: lance m�nimo de 1,2 milh�o de d�lares |
O
mundo fechado dos colecionadores de diamantes está todo agitado.
Nesta quinta-feira, uma preciosidade do tamanho de um ovo, cor de Coca-Cola
e 35 gramas de peso vai a leilão na cidade francesa de Saint-Amand-Montrond.
É um diamante negro de 179 quilates, o maior do gênero comercializado
neste ano. Perdeu metade do tamanho original na lapidação
até adquirir faces perfeitas, que refletem ao máximo a cor,
a transparência e o brilho. A pedra recebeu o nome de Vulcão
por exibir em seu interior formações de grafite cristalizado
de tom âmbar, que lembram as lavas de uma erupção.
O leilão começa com lance mínimo de 1,2 milhão
de dólares. Para efeito de comparação, é mais
de seis vezes o valor da peça mais cara à venda na filial
paulista da joalheria nova-iorquina Tiffany – um colar de platina
ornamentado com 63e o brilho. A pedra recebeu o nome de Vulcão
por exibir em seu interior formações de grafite cristalizado
de tom âmbar, que lembram as lavas de uma erupção.
O leilão começa com lance mínimo de 1,2 milhão
de dólares. Para efeito de comparação, é mais
de seis vezes o valor da peça mais cara à venda na filial
paulista da joalheria nova-iorquina Tiffany – um colar de platina
ornamentado com 638 diamantes e 30,40 quilates de peso, avaliado em 519.000
reais. O Vulcão alimenta a onda dos diamantes negros. Há
um ano, um comprador anônimo pagou 1,7 milhão de dólares
por uma pedra dessa cor, com 498 quilates de peso. Um quilate equivale
a 0,2 grama. O peso é apenas um dos fatores levados em conta para
estipular o preço de mercado de um diamante. Outras características,
como a lapidação da pedra original, o grau de pureza, a
tonalidade uniforme e a ausência de imperfeições em
seu interior, são fundamentais para elevar ou derrubar sua cotação.
Divulgação

O colar
da Tiffany: poder e beleza |
Os
valores elevados fazem parte da aura de riqueza, poder e perfeição
que sempre cercou os diamantes. Com 3 bilhões de anos, o diamante
é a matéria mais velha e também a mais dura que existe
– só pode ser riscado por outro diamante. Ao contrário
do que se imagina, há relativa fartura de gemas: as minas espalhadas
pelo mundo produzem 800 milhões de diamantes por ano. Uma parte
é usada para fins industriais, como sondas de perfuração
de petróleo e pontas de bisturis cirúrgicos, e o restante
segue para lapidação. No total, os diamantes movimentam
50 bilhões de dólares por ano e são, de longe, as
pedras preciosas mais procuradas. Quando reúnem numa mesma peça
características raras, seu destino em geral é a admiração
solitária de colecionadores anônimos, milionários
e apaixonados. É o que deve acontecer com o Vulcão. Pedras
portentosas como a desfilada pela modelo somali Iman um mês atrás,
no Festival de Cannes, hoje em dia só viram jóias para efeito
publicitário. Contratada como garota-propaganda da mineradora sul-africana
De Beers e do conglomerado LVMH, Iman ostentou um diamante de 203 quilates
– o maior já pendurado num pescoço.
O
brilho das pedras
A
qualidade de um diamante é determinada por um conjunto de
quatro fatores
Lapidação
–
O corte em proporções geométricas corretas
reflete melhor a luz e realça o brilho do diamante. O brilhante,
um corte redondo com 57 facetas, é o mais comum
Pureza
–
Avalia as imperfeições, chamadas de inclusões,
encontradas no interior de um diamante. Quanto menor o número,
mais pura é a pedra
Cor
–
Os diamantes brancos são os mais comuns; quanto mais translúcidos,
mais valem. No caso dos coloridos, a tonalidade forte é fator
de valorização
Peso
–
A medida usada é o quilate, equivalente a 0,2 grama. Pedras
grandes são raras e caras, mas perdem valor se não
tiverem brilho, pureza ou lapidação adequada
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