Gigantes chinesas otimistas com o gás do xisto
A China detém uma das maiores reservas de xisto oleígeno do mundo.
Já há algum tempo as grandes empresas chinesas de energia começaram a
investir na prospecção e extração do gás natural do xisto, uma fonte
limpa de energia que deverá substituir o carvão. Os avanços chineses na
área sempre foram considerados com restrições, já que o país carece de
água abundante e de infraestrutura adequada nas regiões onde os xistos
abundam.
No entanto as últimas declarações das gigantes Sinopec e PetroChina não
escondem um misto de euforia e otimismo. Os dirigentes dessas empresas
acreditam que a China poderá fazer a sua revolução do xisto em muito
menos tempo do que a dos Estados Unidos, com um custo menor. Parte do
otimismo é derivado dos menores custos da sondagem: os chineses gastam
em torno de US$9.8 milhões por furo. Este custo é o dobro do custo
americano, mas já é 60% mais barato do que a sondagem chinesa de 2013.
Essa redução de custos e aumento da velocidade de sondagem é o fruto do
aumento da experiência chinesa na exploração do xisto.
Em 3 anos os chineses esperam reduzir ainda mais os custos da sondagem.
Hoje o processo de fracking já é feito em 45 dias: demorava 80 dias em
2013.
No campo de Fulling, controlado pela Sinopec, a produção anual deverá atingir em 2015, 5 bilhões de metros cúbicos.
As grandes chinesas estarão produzindo 30 bilhões de metros cúbicos
de gás do xisto em 5 anos, um volume maior do que toda a produção
brasileira de gás convencional no ano de 2013.
Enquanto isso no Brasil, a candidata Marina, que ameaça reduzir
investimentos no pré-sal e incentivar outras fontes de energia não
menciona, no seu plano de governo, a palavra xisto que é uma fonte
gigantesca de hidrocarbonetos que pode ser colocada em produção em
poucos anos e que está revolucionando economias bem maiores do que a do
Brasil.
O xisto brasileiro tem a capacidade de, em poucos anos, criar a
revolução energética que o país precisa para se tornar desenvolvido.
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