Passado reluzente
Mina Velha e Mina Grande são ícones da mineração de ouro
A história da Anglo Gold Ashanti no Brasil começa com a mina Morro Velho, em Nova Lima (MG), explorada desde
1725 com métodos rudimentares e mão de obra escrava, até que, com a chegada dos ingleses, deu-se início a fase
industrial das operações.
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A
história da mina começou a mudar em 1934, quando, depois de uma série
de acidentes, afetando a produção, a inglesa Saint John Del Rey ficou
responsável pela extração.
A
mina de Morro Velho, que passou a ser controlada em 1960 pela Mineração
Morro Velho e em 1975, associada com a Anglo American Corporation, era
constituída por duas operações, mina Velha e mina Grande, que
trabalharam continuadamente por mais 30 anos, até que, em 1989, as
atividades foram interrompidas por medida de segurança, em razão de um
grande abalo ocorrido dois anos antes.
A
partir dessa data, a mina Grande foi rigorosamente monitorada até seu
fechamento, em agosto de 1995. Quatro anos depois, a Mineração Morro
Velho passou para as mãos da AngloGold South America, até que, em 31 de
outubro 2003, houve a desativação por completo da mina Velha,
considerada à época a mais antiga de ouro em atividade no mundo. Em
2004, com a fusão entre a AngloGold e a Ashanti Goldfields, a empresa
finalmente passou a ser conhecida como AngloGold Ashanti.
No
Brasil, a mineradora opera atualmente nos Estados de Minas Gerais e
Goiás, sendo que no primeiro conta com as minas Cuiabá e Lamego, em
Sabará (MG); com as minas Córrego do Sítio I e II, em Santa Bárbara (MG)
e em Nova Lima (MG), estão os escritórios administrativos, o complexo
hidrelétrico Rio de Peixe, a planta metalúrgica do Queiroz, o Centro de
Educação Ambiental (CEA), o Centro de Memória Morro Velho e os negócios
imobiliários da empresa, além de outros projetos de exploração. Em
Goiás, a AngloGold Ashanti opera a Mineração Serra Grande, uma joint venture
com a canadense Kinross na cidade de Crixás (GO), em três minas
subterrâneas e uma a céu aberto, bem como em uma planta de tratamento de
minério.
Engenharia precisa
Na
cidade de Sabará (MG), a mina Cuiabá teve momentos marcantes, como a
varação do distrito do nível 9 com a estação do poço no mesmo nível,
como lembra Denis Dinardi, Especialista em Mineração da AngloGold. “A
meu ver, foi um dos mais precisos trabalhos de engenharia e topografia
realizados na empresa. Além disso, a mecanização da mina Cuiabá, em 1992
foi também significativa sob vários horizontes como a melhoria de
produtividade, segurança, aumento de produção, quebra de paradigmas,
melhoria da ventilação, mudança do perfil de nossos trabalhadores,
treinamentos específicos, entre outros”, ressalta.
Edvaldo
Santos Barbosa, consultor de Geotecnia da mineradora, recorda outras
passagens marcantes:“alguns momentos importantes foram a construção do
salão de britagem no nível 11 e os furos de 5 m de diâmetro feitos da
superfície até o nível 11, com cerca de 700 m de profundidade”.
Em expansão
Além
da extração do minério de ouro, a empresa realiza todo o processo de
beneficiamento, refino e fundição, e produz barras do METAL com padrão
internacional de pureza e em 2010, as operações brasileiras geraram,
aproximadamente, 13 t de ouro, e no mundo foram 140,6 t.
Em
2011, a mineradora firmou protocolo de intenções com o governo mineiro
para investimento de R$ 2,24 bilhões na implantação das minas Lamego e
Córrego do Sítio com o objetivo de produzir ouro para exportação e ácido
sulfúrico, usado em fertilizantes. Do total do investimento, R$ 160
milhões serão para a mina Lamego e o objetivo é a produção de 1,5 t de
ouro e 20.000 t de ácido sulfúrico por ano.
Já a mina
Córrego do Sítio receberá R$ 2,07 bilhões para preparo de
infraestrutura de subsolo e superfície, compra de equipamentos e reforma
da unidade metalúrgica que pertencia à empresa São Bento Mineração,
adquirida pela AngloGold. A empresa também investe atualmente R$ 1,9
bilhão na expansão da mina de Cuiabá e na planta metalúrgica de Queiroz.
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