Geleira de sal é um evento geológico pouco comum, onde grandes massas de sal, na forma de domos diapíricos salinos, atingem a superfície onde se movimentam como se fossem geleiras, movidas pela gravidade.
No foto ao lado é possível ver uma gigantesca massa salina, mais escura, com um formato de língua, que atravessou as rochas Proterozóicas do cinturão dobrado de Zagros no Irã, aflorando e descendo as encostas do vale por gravidade.
Somente essa massa deve ter mais de 3 bilhões de toneladas de sal que ascendeu, muito lentamente, por diapirismo. O comprimento maior desta “geleira de sal” tem 8.000m.
Os geólogos datam esses domos como de idade Terciária, pós-orogênicos.
O sal sobe à superfície através do processo de diapirismo, graças a sua menor densidade em relação às rochas sobrejacentes.
O diapirismo ocorre mais frequentemente em dobras anticlinais com falhamentos associados. Os geólogos calculam que a ascensão tem uma velocidade de 2mm por ano...
Existem nessa região do Irã aproximadamente 200 “geleiras de sal” que foram preservadas pelo clima desértico.
Se esse fenômeno ocorresse em uma região úmida como a Amazônia a intrusão iria se constituir em um gigantesco desastre ambiental, contaminando os rios e matando a vegetação e os peixes.
Em algumas ocorrências junto com o principal mineral, a halita, ocorrem também, sais de potássio como silvita que são explorados economicamente.
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