Onde estão as megadescobertas da pesquisa mineral?
Um dos efeitos da crise e da queda dos preços dos metais básicos é o consequente desinvestimento no setor da pesquisa mineral.
As junior companies reduziram os seus orçamentos para a pesquisa mineral (veja gráfico) na mesma proporção da queda dos preços.
Mais ainda, as juniors, que são responsáveis pela maioria das
descobertas minerais no mundo, estão sendo forçadas a mudar a estratégia
de curto e médio prazo. Coagidas pelo mercado, estão focando na
produção como uma alternativa viável para a sobrevivência.
Aquela junior que ainda não está em produção terá grandes dificuldades
para conseguir financiamentos, já que os investidores, cautelosos, estão
apostando somente naquelas mineradoras capazes de criar um fluxo de
caixa próprio.
Esta tendência gera um fato novo que vai impactar as descobertas e os
mercados mundiais no médio-longo prazo: a não descoberta das grandes
jazidas minerais.
As megadescobertas normalmente ocorrem em regiões pouco exploradas e
durante grandes projetos de pesquisa mineral: os grassroots que, no
momento são praticamente inexistentes.
No cenário atual as junior companies, acossadas pela falta de
financiamento, são obrigadas a se concentrar na lavra e na pesquisa
mineral em torno das jazidas conhecidas.
É a pesquisa mineral chamada de “brownfields exploration” cujas chances
de sucesso são bem maiores mas que raramente geram grandes descobertas.
Esta solução, que parece fazer sentido, vai causar uma enorme
deficiência no futuro: os programas de pesquisa mineral de longo prazo,
os chamados greenfields, ou grassroots, já desapareceram e com eles as
perspectivas das grandes descobertas minerais.
Esse fenômeno vai gerar, no médio prazo, uma menor oferta de vários
metais, graças ao fechamento das minas antigas e a não substituição
dessas pelas novas grandes descobertas.
Será a inflexão da curva de preços do gráfico e o início de um novo ciclo, que segundo acreditamos não está tão longe...
Prepare-se!
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