Minério de ferro: Gerdau e Usiminas pisam no freio e Vale desconversa
Os baixos preços do minério de ferro começam a fazer
vítimas no Brasil. A Gerdau, que planejava produzir 18 milhões de
toneladas de minério de ferro em 2016, ampliando a capacidade para 20
milhões de toneladas em 2020, já revê os planos e, em breve, publicará a
sua nova estratégia.
A empresa deverá ser bem mais conservadora, reduzindo sua produção, enquanto o mercado acenar com preços abaixo de US$80/t.
O mesmo ocorre com a Usiminas e a CSN, outras mineradoras a puxar o freio da produção.
Se ao menos essas empresas publicassem o seu all-in sustaining cost para
os seus produtos poderíamos, então, entender o tamanho do problema.
Mas, ao contrário do que ocorre no resto do mundo, elas mantêm essa
informação a portas fechadas.
Poucos dias atrás, quando solicitamos o all-in cost do megaprojeto da
Vale, o S11D, recebemos a seguinte resposta do Relações com Investidor
da Vale Marcelo Lobato: “Infelizmente não poderemos abrir essa
informação sobre o all-in sustaining cost do S11D pelo motivo dela não
ser pública”.
Não é a toa que a empresa perde investidores aos milhares.
Mesmo sendo uma empresa pública a Vale se recusa a fornecer um dado
fundamental, para que nós, acionistas e investidores, possamos entender a
economicidade do seu maior projeto o S11D, que irá produzir 90 milhões
de toneladas de minério de ferro por ano...
Como vencer essa crise de confiança, criada pela própria Vale, se a
empresa não nos fornece subsídios para nos motivar a investir?
É hora das empresas públicas como a Vale respeitar o seu maior
patrimônio: o acionista. Nós queremos saber em quem estamos investindo e
quais as nossas chances reais de retorno.
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