sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Petróleo a US$58,50 o barril ameaça economicidade do pré-sal Publicado em: 19/12/2014 19:07:00 A pergunta que se faz agora é até quanto o preço do petróleo vai cair. No momento os preços afundaram mais de 50% e isso coloca vários países produtores em situação de cheque. É neste momento que iremos ver se a Petrobras tem, realmente, condições de sobreviver esta crise. Projetos de sand oil no Canadá, alguns projetos de óleo em xistos e outros em águas ultra profundas como os projetos do pré-sal já estão no vermelho. Aqui no Brasil o campo de Libra parece ser a primeira grande vítima da queda dos preços. Libra tem um break-even acima de US$60/barril e não vai sobreviver com o preço abaixo de US$59/barril. Quem vai determinar até onde esses preços ainda vão cair são, obviamente, os Árabes. Se eles realmente quiserem entrar em um cenário competitivo onde os preços são ditados pelo mercado, aí poderemos esperar uma queda ainda mais dramática. Acredita-se que, neste caso os preços irão se estabilizar um pouco acima do break-even dos poços de óleo em xistos que estão entre US$40-US$50/barril. Se isto ocorrer uma grande parte do óleo do xisto americano (não o gás) ficaria marginal. Isto ocorrendo a ameaça da exportação de óleo americano deixaria de existir e os Árabes dormiriam mais tranquilos. Este cenário será muito ruim para os Estados Unidos e péssimo para o Brasil. Preços do petróleo em torno de US$45 a US$50/barril praticamente mata toda a produção do pré-sal cujos custos de empate variam de US$41 a US$57/barril. Est

Petróleo a US$58,50 o barril ameaça economicidade do pré-sal




A pergunta que se faz agora é até quanto o preço do petróleo vai cair. No momento os preços afundaram mais de 50% e isso coloca vários países produtores em situação de cheque.

É neste momento que iremos ver se a Petrobras tem, realmente, condições de sobreviver esta crise.

Projetos de sand oil no Canadá, alguns projetos de óleo em xistos e outros em águas ultra profundas como os projetos do pré-sal já estão no vermelho.

Aqui no Brasil o campo de Libra parece ser a primeira grande vítima da queda dos preços. Libra tem um break-even acima de US$60/barril e não vai sobreviver com o preço abaixo de US$59/barril.

Quem vai determinar até onde esses preços ainda vão cair são, obviamente, os Árabes.

Se eles realmente quiserem entrar em um cenário competitivo onde os preços são ditados pelo mercado, aí poderemos esperar uma queda ainda mais dramática. Acredita-se que, neste caso os preços irão se estabilizar um pouco acima do break-even dos poços de óleo em xistos que estão entre US$40-US$50/barril. Se isto ocorrer uma grande parte do óleo do xisto americano (não o gás) ficaria marginal. Isto ocorrendo a ameaça da exportação de óleo americano deixaria de existir e os Árabes dormiriam mais tranquilos.

Este cenário será muito ruim para os Estados Unidos e péssimo para o Brasil. Preços do petróleo em torno de US$45 a US$50/barril praticamente mata toda a produção do pré-sal cujos custos de empate variam de US$41 a US$57/barril.

Estes preços de “empate” (break-even), na realidade não consideram todos os custos de produção, overheads, impostos e os custos de fechamento. Ou seja, os chamados all-in sustaining costs (AISC) do petróleo são bem maiores do que o break-even divulgado. Em outras palavras é muito possível que quase todo o petróleo produzido no pré-sal já esteja no vermelho, hoje, com o petróleo sendo negociado a US$58,50.

O assunto é polêmico e, assim como acontece na Vale, a Petrobras não informa aos seus acionistas todos os custos envolvidos (AISC) o que nos deixa sem saber exatamente a situação da empresa.

Temos que saber se os 610.000 barris por dia que estão sendo produzidos no pré-sal são, ou não econômicos neste momento. 

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