quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Índia: a volta ao topo dos maiores produtores de diamantes do mundo

Índia: a volta ao topo dos maiores produtores de diamantes do mundo

A Índia já foi a maior produtora de diamantes do mundo.
Os diamantes indianos, produzidos na região de Golconda, extasiaram o mundo com a sua qualidade. A produção da Índia sofreu a concorrência dos diamantes brasileiros em 1725 e terminou exaurindo-se ao longo dos anos pela ausência de novas descobertas.
Hoje a Índia e o Brasil já não se encontram entre os quinze maiores produtores de diamantes do mundo. O motivo é a inexistência de grandes minas primárias de diamantes. Tanto aqui como na Índia a principal produção vem de garimpos aluvionares onde imperam os métodos rudimentares, a perda elevada e a produção pequena e artesanal.
Mas, graças ao Lamproito Bunder, localizado em Bundelkhand  na Índia Central, o país está sendo catapultado ao topo, novamente.  
O Bunder como é chamado o projeto foi descoberto em 2004 e foi a primeira descoberta de diamantes na Índia em 40 anos. Ele é muito mais rico do que a única mina primária de diamantes da Índia a Mina Panna e produzirá 20 vezes mais do que Panna.
Bunder será uma das maiores minas de diamantes primários do mundo e apenas uma das quatro a entrar em produção nos próximos dez anos. Esta situação fortalece a tese de que os preços dos diamantes continuarão a subir, pois estamos descobrindo menos do que o consumo mundial..

Bunder teve a aprovação do Governo Indiano para o desenvolvimento da mina e deverá receber, inicialmente, US$500 milhões em investimentos da Rio Tinto. Quando em produção a Mina Bunder colocará a Índia entre os dez maiores produtores de diamantes do planeta.
Será um casamento perfeito, pois a Índia é um dos maiores compradores de diamantes do mundo em um negócio de US$10 bilhões ao ano. Calcula-se que mesmo sem Bunder o negócio de diamantes indiano irá expandir 15% até 2019.
Bunder é um lamproito descoberto por sedimentos de corrente, que poderá produzir 27,4 milhões de quilates de diamante.  Os cálculos de reservas indicam 37 milhões de toneladas a 0,74 quilates por tonelada, um teor elevadíssimo que caracteriza os jazimentos em lamproitos como Argyle na Austrália.
A mina terá uma vida de 25 anos e processará 5 milhões de toneladas de minério por ano.
Durante a construção serão empregadas 1.000 pessoas e na operação outras 420 pessoas. Isto irá gerar centenas de empregos necessários a suprir as necessidades da mina.
O Governo indiano calcula que existe uma relação de dez novos empregos indiretos para cada emprego direto.  Em cima disso existe a indústria do diamante indiana que cria 0,32 empregos a cada 100 quilates de diamantes produzidos. Consequentemente a indústria devera criar 10.000 novos empregos por ano, pois Bunder irá produzir  3 milhões de quilates ao ano. Finalmente, a indústria de jóias deverá criar 8.000 novos empregos.
Em resumo o projeto Bunder irá criar 30.000 novos empregos e produzirá 3 milhões de quilates ao ano em uma região pobre da Índia.

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