Vale vai vender o ouro de Salobo
No início da década de 90 a Vale não tinha a mínima ideia dos teores reais de ouro do seu projeto Salobo.
Quando os técnicos da Rio Tinto estudavam o projeto com o objetivo de
uma aquisição perceberam que a Vale, na época, analisava o ouro em
alíquotas muito pequenas de 5 a 15 gramas. Ou seja, a variância
introduzida, uma função da granulometria do ouro e do pequeno tamanho da
alíquota analisada, era simplesmente gigantesca e os resultados finais
eram subestimados e espúrios.
Quando o assunto foi ventilado com os técnicos da Vale a mineradora
aumentou o tamanho das alíquotas e, então, apareceram os resultados
consistentes do ouro de Salobo.
Agora a Vale informa que irá vender 25% do ouro do Salobo para a Silver Wheaton.
Esta transação deverá ocorrer até o final da vida útil de Salobo.
Para concretizar o offtake agreement a Silver Wheaton pagará um valor
inicial de US$900 milhões. A partir daí ela irá pagar a onça de ouro com
um preço deflacionado, que será o menor valor entre US$400 e o preço do
mercado.
Salobo, uma jazida de mais de 1 bilhão de toneladas com 069% de cobre e
0,43g/t de ouro e créditos de molibdênio e prata, terá a capacidade de
24 Mtpa (ROM) após a expansão.
O interessante é que Salobo foi descoberta no final da década de 60 e a
Vale ficou literalmente “sentada” em cima deste depósito por mais de 42
anos...
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