Fim da guerra do minério de ferro: Vale não aguenta pressões e vai cortar produção em 30 milhões de toneladas

Finalmente a Vale reage e, acossada pelos acionistas e pelos imensos prejuízos, revê o seu plano de expansão.

Anteriormente a empresa planejava entupir o mercado com minério de altíssima qualidade da jazida S11D, atingindo uma produção anual de 450Mt.

Era óbvio, para todos os executivos da área, que essa política kamikaze da Vale iria ampliar os prejuízos da mineradora.

Ela se preparava para gastar imensos volumes de recursos para vender um minério raro como o de S11D por preços baixíssimos, destruindo desta forma seu caixa e suas reservas.

Para que isso? A Vale vendeu muito mais minério neste período, mas faturou bem menos, transferindo suas reservas, com prejuízo e a custos elevados, para a China.

O resultado desta guerra insana foi o prejuízo generalizado! 

No afã de quebrar os competidores a Vale estava quebrando a si própria, amargando um prejuízo de US$5 bilhões somente nos últimos seis meses.

No entanto parece ainda existir cabeças pensantes na mineradora Vale. Peter Poppinga, o chefe da divisão dos ferrosos, em conferência disse hoje que a empresa vai reduzir a sua produção futura em pelo menos 30 milhões de toneladas.

Essa nova estratégia da Vale vem se alinhar com a da BHP, que está, também, reduzindo a projeção futura e se concentrando em fazer caixa e baixar custos.

É o fim da guerra do minério de ferro, uma guerra pouco inteligente que só teve perdedores.