Negócios da China com a Vale preocupam Roy Hill
Roy Hill é um dos mega projetos de minério de ferro na Austrália que deverá entrar em produção ainda em 2015.
Até agora já foram investidos mais de US$10 bilhões na mina, cuja produção estimada é de 55 milhões ao ano.
O impacto das notícias sobre o novo produto da Vale, o Brazilian Blend 63 e da injeção de dinheiro chinês na Vale, que irá viabilizar o S11D, assustou Barry Fitzgerald o responsável pela mina de Roy Hill.
O Brazilian Blend 63 é um produto de alta qualidade que vai competir diretamente com o melhor minério australiano, o que não é o caso de Roy Hill. A mina está sendo edificada sobre uma reserva de 2,3 bilhões de toneladas de minério tipo Marra Mamba. Ou seja, minério a base de hematita e goethita, de baixo teor médio, com 55% de ferro, que nunca fará sombra para os minérios de Carajás.
Mesmo sem dizer exatamente qual será o seu custo total por tonelada, Fitzgerald deixa antever que a mina irá produzir no quartil inferior da curva de custos.
Essa mensagem do big boss de Roy Hill é preocupante, pois ficar no quartil inferior, com um minério 55% de Fe já não é o suficiente.
A Vale vai mudar o mundo da mineração e extrapolar as estatísticas de custos se realmente produzir um minério a US$11/t em S11D, onde o teor médio é de 67% de Fe.
Essas ameaças, vindas do Brasil e da China, com certeza estão afetando o sono de quem investiu US$10 bilhões em um projeto que se vê ameaçado antes do nascimento.
Não está nada fácil para Roy Hill...
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