Nova ameaça para a Vale: chineses vão investir US$2,8 bilhões no níquel da Indonésia
Publicado em: 28/4/2015 19:02:00
O Grupo Chinês Tsingsham planeja investir US$2,8 bilhões em uma planta de alta capacidade de gusa-níquel na Indonésia.
O gusa-níquel é a forma mais barata de processar os minérios lateríticos de baixo teor (foto). O método foi aperfeiçoado pelos chineses que conseguem transportar um minério pobre em balsas, por milhares de quilômetros, de países longínquos como a Indonésia e, mesmo assim, derrotar os grandes competidores como a Vale e a russa Norilsk.
Em 2013 a Vale estava com a divisão de níquel em crise e vinha perdendo mercado para as plantas chinesas de gusa-níquel que produziam um produto muito mais barato.
A sorte da Vale foi que o Governo da Indonésia, em 2014, baniu a exportação das lateritas niquelíferas que alimentavam a maioria das plantas chinesas, que imediatamente tiveram que fechar.
A proibição foi uma benção para a Vale. Em 2014 os preços do níquel subiram assim como a produção da mineradora, que passou a ser a maior produtora de níquel do planeta.
No entanto a sorte parece estar mudando, mais uma vez.
Empresas como a Tsingsham, que estão implantando siderúrgicas de gusa-níquel na Indonésia, poderão , novamente, tirar parte substancial do mercado da Vale.
A chinesa pretende com a nova planta produzir 2 milhões de toneladas de aço inox a partir de 2017. Esta produção é uma grande ameaça ao domínio da Vale, pois corresponde a 40% da capacidade europeia e a 5% da do mundo.
A primeira fase do projeto foi completada em março.
Além do aço inox o Grupo Chinês tem uma capacidade instalada de 300.000t de gusa-níquel que está sendo ampliada para 600.000t ainda em 2015.
Má notícia para a Vale.
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