Cooperativa de garimpeiros vai negociar diamantes em Israel
Coromandel
– Depois de fazer sua primeira exportação de diamantes para a Bélgica, a
Cooperativa de Garimpeiros de Coromandel (Coopergac) tem planos
ambiciosos. Um deles é entrar na Bolsa de Diamantes de Israel, a segunda
maior do mundo (só perde para a belga), com movimentação de US$ 10
bilhões anuais. “E estamos negociando também com um grupo suíço, que tem
interesse em diamantes menores”, revela Darío Machado Rocha, fundador
da entidade e considerado seu comandante de fato.
Os planos de voo da Coopergac têm o aval do governo mineiro, que, segundo Darío, foi fundamental nas vendas para a Bélgica, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Central ExportaMinas. “Foi um processo complexo, pois, além de ter toda a documentação para exportar, os garimpeiros precisaram cumprir as exigência do Certificado Kimberley”, diz o subsecretário de Desenvolvimento Minerometalúrgico e Política Energética, Paulo Sérgio Ribeiro. “O governador Aécio Neves ficou impressionado com Israel”, reforça Darío, lembrando que o país não produz um quilate sequer de diamante.
O governo mineiro está, neste momento, negociando um acordo com a bolsa israelense para intensificar a negociação entre os dois países. O acordo prevê, inicialmente, a organização da cadeia produtiva, formalização das exportações de diamantes brutos e a internacionalização de pequenas cooperativas e médias empresas, além do aumento do fluxo de investimentos internacionais e intercâmbio tecnológico, com treinamento de mão de obra e modernização do parque industrial lapidário de Minas. Segundo o DNPM, em 2007, a Coopergac foi responsável por 22% de toda a arrecadação proveniente da comercialização legal de diamantes no Brasil.
Coromandel abriga cerca de 3 mil garimpeiros, ou quase 10% da população da cidade. E a cooperativa espera que agora, com a crise mundial e a queda nas vendas e preços de diamantes, empresas estrangeiras abram mão do direito de lavra na região, que seriam arrematados pela entidade. Dessa forma, a Coopergac poderia ampliar o número de cooperados. “Hoje, temos uma área útil de 100 hectares. Não há como abrigar novos cooperados”, explica Darío. “Além do mais, nem todo garimpeiro quer trabalhar nessa área. Garimpeiro não é boi, que você coloca no curral e ele fica lá. Ele trabalha onde seu sonho diz é que melhor”, compara.
Entra aí um aspecto curioso. A Operação Carbono, deflagrada pela Polícia Federal em 2006, afugentou parte dos atravessadores e comerciantes estrangeiros da região. A economia de Coromandel sofreu um baque. As banheiras de hidromassagem do Hotel Alemão, um dos principais da cidade, estão fechadas desde então. “Hoje, temos 1,5 mil garimpeiros desempregados em Coromandel, 400 em Abadia, 700 em Estrela do Sul, 2 mil em São Gonçalo do Abaeté (cidades da região) e 5 mil em Diamantina”, diz Darío, para justificar seu projeto mais ousado: a criação de uma federação de garimpeiros no estado. “Não vejo outra instância capaz de organizar a categoria. Estamos fechando um acordo com a cooperativa de Diamantina. A ideia é que eles possam se filiar conosco para exportamos em conjunto”, garante.
Os planos de voo da Coopergac têm o aval do governo mineiro, que, segundo Darío, foi fundamental nas vendas para a Bélgica, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Central ExportaMinas. “Foi um processo complexo, pois, além de ter toda a documentação para exportar, os garimpeiros precisaram cumprir as exigência do Certificado Kimberley”, diz o subsecretário de Desenvolvimento Minerometalúrgico e Política Energética, Paulo Sérgio Ribeiro. “O governador Aécio Neves ficou impressionado com Israel”, reforça Darío, lembrando que o país não produz um quilate sequer de diamante.
O governo mineiro está, neste momento, negociando um acordo com a bolsa israelense para intensificar a negociação entre os dois países. O acordo prevê, inicialmente, a organização da cadeia produtiva, formalização das exportações de diamantes brutos e a internacionalização de pequenas cooperativas e médias empresas, além do aumento do fluxo de investimentos internacionais e intercâmbio tecnológico, com treinamento de mão de obra e modernização do parque industrial lapidário de Minas. Segundo o DNPM, em 2007, a Coopergac foi responsável por 22% de toda a arrecadação proveniente da comercialização legal de diamantes no Brasil.
Coromandel abriga cerca de 3 mil garimpeiros, ou quase 10% da população da cidade. E a cooperativa espera que agora, com a crise mundial e a queda nas vendas e preços de diamantes, empresas estrangeiras abram mão do direito de lavra na região, que seriam arrematados pela entidade. Dessa forma, a Coopergac poderia ampliar o número de cooperados. “Hoje, temos uma área útil de 100 hectares. Não há como abrigar novos cooperados”, explica Darío. “Além do mais, nem todo garimpeiro quer trabalhar nessa área. Garimpeiro não é boi, que você coloca no curral e ele fica lá. Ele trabalha onde seu sonho diz é que melhor”, compara.
Entra aí um aspecto curioso. A Operação Carbono, deflagrada pela Polícia Federal em 2006, afugentou parte dos atravessadores e comerciantes estrangeiros da região. A economia de Coromandel sofreu um baque. As banheiras de hidromassagem do Hotel Alemão, um dos principais da cidade, estão fechadas desde então. “Hoje, temos 1,5 mil garimpeiros desempregados em Coromandel, 400 em Abadia, 700 em Estrela do Sul, 2 mil em São Gonçalo do Abaeté (cidades da região) e 5 mil em Diamantina”, diz Darío, para justificar seu projeto mais ousado: a criação de uma federação de garimpeiros no estado. “Não vejo outra instância capaz de organizar a categoria. Estamos fechando um acordo com a cooperativa de Diamantina. A ideia é que eles possam se filiar conosco para exportamos em conjunto”, garante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário