DISPERSÃO
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O
fenômeno conhecido como dispersão consiste na decomposição da luz
branca nas cores do arco-íris, ao atravessar um material transparente
(uma gema, por exemplo) em ângulo oblíquo.
Esta propriedade é responsável pelo efeito cromático popularmente denominado fogo, que as gemas - sobretudo as lapidadas - podem apresentar. Em algumas, nas quais a decomposição é especialmente generosa, ocorre um soberbo desdobramento das cores do espectro.
O
fogo é mais facilmente perceptível nas gemas incolores, permanecendo
relativamente disfarçado nas coloridas. Nestas, normalmente são
preferíveis tons um pouco mais claros que os usualmente ideais, de
forma a realçar o fenômeno. As proporções da gema lapidada também
exercem influência na percepção do fenômeno, à medida que coroas
(parte superior da pedra lapidada) altas acentuam o efeito e baixas o
minimizam.
Os
valores da dispersão das gemas são constantes, se encontram em tabelas
na literatura técnica e podem ser determinados por meio de
equipamentos apropriados. Na rotina diária dos laboratórios
gemológicos, no entanto, a mensuração não é efetuada, sendo esta
propriedade apenas observada a olho nú, sem auxílio de quaisquer
instrumentos, sobretudo ao girar a gema, preferencialmente com a mesa
para baixo.
A
granada demantóide, o esfênio e a esfalerita, também conhecida como
blenda, são exemplos clássicos de gemas coradas com forte dispersão.
Entre
as incolores, o caso do diamante é emblemático: nele, o fogo é um dos
atributos de maior apelo visual, permitindo inclusive diferí-lo de
alguns de seus substitutos. É consensual o fato de que o êxito ou
insucesso de um material gemológico como substituto do diamante
depende, em grande extensão, do quanto a ele se assemelha no que diz
respeito a esta propriedade.
Rutilo sintético (exemplo de material gemológico com forte dispersão)
Lembremos
os casos do rutilo sintético e do titanato de estrôncio (mais
conhecido como fabulita), lançados no mercado como substitutos do
diamante, em 1948 e 1953, respectivamente. Embora suas dispersões
fossem notavelmente maiores que a do diamante, resultando em pedras
demasiadamente fantasiosas e não suficientemente convincentes, foram
durante algum tempo muito populares e ainda hoje eventualmente os
vemos.
Aproximadamente
duas décadas depois, em 1969, surge outro importante substituto do
diamante, o YAG (aluminato de ítrio), mas este, pelo contrário, possuía
uma dispersão visivelmente menor e tampouco era suficientemente
convincente como imitação.
O
grande impacto ocorreu em 1976, com a chegada ao mercado da zircônia
cúbica, dotada de dispersão algo maior que a do diamante, porém não tão
óbvia quanto as do rutilo sintético e do titanato de estrôncio. Por
conta desta e de outras qualidades intrínsecas, a zircônia cúbica
tornou-se o mais eficaz substituto do diamante, permanecendo com este
status por mais de duas décadas, durante as quais ocorreu um
progressivo aumento da escala de produção e consequente redução
significativa do custo final.
Novo
alento atingiu o mercado de substitutos do diamante com o aparecimento
da moissanita sintética, em 1997. Produzida originalmente para fins
tecnológicos, como praticamente todos os outros substitutos, este
sintético logrou suplantar parte das qualidades da zircônia cúbica por
possuir algumas propriedades ainda mais próximas às do diamante. Sua
dispersão é superior às do diamante e da zircônia cúbica e evidente,
porém não exagerada. Em 2008, continua tendo um custo muito elevado se
comparado à zircônia cúbica e é obtida também nas cores verde, verde
azulada e amarela, nos EUA e Rússia.
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domingo, 7 de junho de 2015
DISPERSÃO
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