Serra Pelada tem 50 toneladas de ouro
Também há outras 23 toneladas de minérios, incluindo ouro, na montoeira- onde está o rejeito de tudo o que foi produzido no garimpo quando a atividade ainda era manual. Para a exploração mecanizada no fundo da cava de 150 metros de profundidade, que será feita pela mineradora canadense Colossus, falta apenas o documento expedido pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM).
“Fizemos tudo o que o DNPM pediu e apresentamos, juntamente com a Colossus, as pesquisas e os estudos, inclusive de impacto ambiental”, disse Simão ao DIÁRIO. O documento de que tanto dependem os garimpeiros para começar a exploração em Serra Pelada poderá ser liberado antes de outubro, segundo informou o DNPM. O líder dos garimpeiros fez questão de declarar que, em Serra Pelada, as disputas internas e as brigas são coisas do passado. “A Serra está em paz e mobilizada à espera da exploração pelas máquinas da Colossus”, resume o presidente.
Para chegar a esta situação, não foi fácil. Havia uma luta em que interesses pessoais se sobrepunham aos interesses da maioria dos 43 mil garimpeiros. O surgimento da Associação Nacional dos Garimpeiros de Serra Pelada (Agasp) no cenário do garimpo veio em boa hora. A entidade firmou parceria com a Coomigasp em torno da eleição de Simão, atraindo setores simpáticos à causa da mudança.
De acordo com o presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte, o maior garimpo a céu aberto do mundo vive hoje novos dias. “Além de mobilizar os garimpeiros em torno da luta pela retomada da produção de ouro, passamos a atender suas famílias, realizando atendimentos médico e social no povoado de Serra Pelada”, conta Duarte. Ele ressalta que os opositores que criavam intrigas e
divisões, impedindo avanços na luta da categoria, foram derrotados e saíram de cena.
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