terça-feira, 25 de agosto de 2015

Fim do mundo? Nem tanto...

Fim do mundo? Nem tanto...




Nesta segunda, o mundo econômico acordou em meio ao pânico.

Para muitos o fim do mundo, mais um “black Monday” para outros menos criativos.

Mas o efeito manada que estamos vendo ainda é puramente especulativo e segue uma forte queda da Bolsa de Xangai de 8,5%.

Para entendermos o que o futuro nos reserva é muito importante entender o combustível que alimenta esta nova crise, que se resume em uma única frase:

O mundo está apavorado com a possibilidade de que a China não vá crescer os 7% estimados pelo governo chinês.

O que ninguém realmente sabe é se essa expectativa é verdadeira. Se for, qual será o tamanho da queda?

Como tudo que se relaciona às Bolsas de Valores, o mercado reage no boato. E, neste caso, reagiu dramaticamente, com a pouca inteligência que lhe é peculiar.

As bolsas caíram, os prejuízos serão contabilizados em trilhões de dólares. Somente a Bolsa de Xangai já teve um prejuízo de quatro trilhões de dólares desde a primeira desvalorização do Yuan em 11 de agosto deste ano.

Lembre-se que no ano passado essa mesma angústia foi repetida como um mantra, fazendo as bolsas oscilarem...e a China, mesmo assim, cresceu 7,4%, bem mais do que o estimado pelos analistas.

Agora o mundo econômico está de joelhos e os investidores vendem o que podem acentuando, mais ainda, as quedas: é o efeito manada!

O que temos de concreto é que, ao contrário dos Estados Unidos e do Brasil, a Bolsa de Xangai estava subindo dramaticamente ao longo do ano (veja o gráfico abaixo) fazendo a alegria dos investidores chineses.


Comparativo índices
Importante lembrar que em se tratando de bolsa o investidor só realiza lucro (ou prejuízo) no momento da venda. Ou seja: até poucas semanas atrás a Bolsa de Xangai estava em alta e os lucros não estavam ainda consolidados. Agora, que já se percebe a fumaça no circo, todos os investidores chineses vendem, apavorados e realizam, desta forma, o lucro de seus investimentos.

Era só o que todos esperavam: uma grande realização de lucros, pois, no momento ainda não existe nada de concreto sobre o tamanho da desaceleração chinesa.

Uma pesquisa feita na China mostra que os investidores que ocasionaram a queda disseram estar desapontados com a falta de políticas governamentais que deveriam amenizar as quedas da semana passada.

O Governo chinês reagiu e autoriza os gigantescos fundos de pensão, com ativos de US$3,5 trilhões, a investir até 30% no mercado no que pode se tornar um influxo de capital superior a um trilhão de dólares.

Para muitos não é o suficiente, mas é um primeiro passo.

A semana promete...

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