Exploração de diamantes no Brasil
Como anda a
exploração de diamantes no Brasil? O Brasil é um país de dimensões
continentais e de imensa riqueza tanto em superfície quanto em grandes
profundidades. As reservas de minério de ferro
de qualidade tornam o país o segundo maior exportador do mundo, atrás
da Austrália e seguido por Rússia e China. Dentre as gemas preciosas,
destacam-se os diamantes, cristal de alto valor agregado no mercado
mundial de grande interesse de companhias multinacionais em explorar
nossas terras à procura de minas ou jazidas de diamantes.
Na TV, a
exploração de diamantes é lembrada na trama da novela da Rede Globo,
“Império”, onde o “comendador Zé Alfredo” (interpretado por Alexandre
Nero) acumula fortunas e esbanja vaidades com sua família, vivendo uma
série de problemas que envolvem a sua história desde o garimpo, onde foi
à procura do sonho da riqueza. É a ficção imitando a realidade,
lembrando do caso da Serra dos Carajás, no Pará, em que reuniram-se
milhares de pessoas em busca do sonho de se tornarem ricos às custas de
muito sofrimento, solidão, doenças, violência, tudo em nome da fama e da
riqueza.
Segredos que valem ouro
O número de
locais com diamantes no Brasil não é divulgado com precisão, mas sabe-se
que há reservas gigantescas de diamantes no país, principalmente nos
estados de Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Dizem os especialistas que, em reservas indígenas,
preservadas por leis da Constituição Brasileira e pela Fundação
Nacional do Índio (Funai), há enormes jazidas, mas não estão autorizadas
para exploração de diamantes. Não é de hoje que o país sofre com a
exploração das suas terras em todos os sentidos, minerais, agrícolas,
fauna e flora, desde os tempos do Império.
Não se tem a conta de quantos bilhões de dólares já se perderam ao
longo dos anos com o envio de pedras preciosas para o exterior.
Para se ter
uma idéia das riquezas ocultas no solo brasileiro, em 2014, foi
divulgado na internet, em sites especializados, que a exploração de
diamantes em terras indígenas do Parque Aripuanã e de Serra Morena, em
Rondônia e Mato Grosso, respectivamente, pode render algo em torno de 40
bilhões de dólares por ano, caso seja regulamentada, já que o garimpo
em terras indígenas é proibido e, além do que, no Brasil, o que se
observa é que, após a extração de minerais preciosos por garimpagem, é
uma prática insustentável e que degrada completamente a região
explorada, não há políticas de reflorestamento e de revitalização do solo e de programas que beneficiem as populações que vivem acerca da mesma.
Profissionais que brilham
As pesquisas e
levantamentos sobre reservas diamantíferas estão a cargo de geólogos e
outros especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao
Ministério das Minas e Energia junto de empresas multinacionais, como a
gigante multinacional De Beers, com sede na Àfrica do Sul. As
descobertas levaram a aproximadamente 1.200 pontos de exploração de
diamantes no Brasil, entretanto, sem haver informações precisas acerca
da quantidade e qualidade dos diamantes.
De acordo com
os geólogos envolvidos na pesquisa, atualmente, o país dispõe de
reservas de diamantes industriais e de gemas, utilizados para fabrico de
jóias. Em média, um diamante no garimpo pode ser comercializado por 2
milhões de reais em forma bruta, mas, depois de lapidada, chega a 20
milhões de reais.
Mas a procura
por pedras preciosas começou bem antes disso, na era dos desbravamentos
dos bandeirantes, no século 17 em diante, tendo as primeiras
descobertas no estado das Minas Gerais. O cuidado das reservas e de sua
exploração era por conta da chamada Intendência das Minas, quer estava
obviamente subordinada à metrópole – já que o Brasil era uma colônia –
portuguesa. Como nos dias de hoje, a corrupção e o contrabando das
riquezas nacionais eram comuns. Para coibir essas manobras, a Corte
Portuguesa criou um núcleo de fiscalização de nome Casa de Fundição ao
mesmo tempo em que deixava a extração aos cuidados de “contratadores”.
Ainda que
houvesse extração e exportação de ouro e diamante para Lisboa, muitas
benfeitorias à época puderam ser vistas com o passar dos anos, mudanças
políticas, sociais, econômicas e culturais.
Como funciona uma exploração de diamantes
A exploração
de diamantes em uma jazida descoberta não é diferente no Brasil ou na
África do Sul. Geralmente, existem máquinas gigantes que operam
escavando altas profundidades – já que as pedras costumam estar
localizadas a centenas de metros abaixo da superfície – com a ajuda de explosivos,
alta tecnologia e garimpeiros em busca das pedras preciosas. Daí, elas
são separadas do cascalho e identificadas por um sistema de raio-X. As
minas então são criadas sobre região com alta concentração de
kimberlito, rocha formada pelo resfriamento do magma vulcânico. Durante a
exploração nas minas, as rochas são pulverizadas como cascalhos por
meio de explosões em áreas profundas da mina.
Águas de rios
e lençóis freáticos transportam pedras que se concentram em áreas
superficiais e por isso são “peneirados” pelos mineradores. Da separação
por tamanho, as pedras seguem para flotação.
Entra em cena uma máquina de triagem em forma de raio-X que funciona
para separar o que é diamante e o que não é, passando em seguida a uma
apuração manual de cada pedra.
Muita gente
ouve diamante como uma jóia preciosa, é verdade, mas a parte menos
valiosa, que não é denominada gema, é destinada à indústria para a
fabricação de peças de corte, discos, brocas, serras, bisturis,
equipamentos cirúrgicos em geral e termômetros de precisão.
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