Garimpeiro Janjão: ”Ainda vejo no ouro o futuro de Itaituba e região do Tapajós”
Garimpeiro Janjão: ”Ainda vejo no ouro o futuro de Itaituba e região do Tapajós”
Janjão faz um relato de sua trajetória de vida do Maranhão até Itaituba
A garimpagem do Tapajós, após longa
trajetória em sua produção, ganha novo componente que é o alto
investimento em pesquisa e tecnologia. Mesmo com as controvérsias e os
impasses das PLGS que atualmente estão “travando” um processo mais
dinâmico na sua produção, isto muito mais que obstáculos têm servido de
desafios a serem superados.
Desafios e um olhar diferenciado sobre o
futuro dessa economia que ainda representa mais da metade do dinheiro
que circula na região, tem sido a meta constante do garimpeiro Janjão,
que com o sucesso de sua exploração aurífera abandonou a atividade
empresarial (ramo de confecções e locação de motos) que tinha em
Itaituba para se dedicar exclusivamente a garimpagem.
Mas consolidar um investimento de
sucesso não foi tarefa das mais fáceis. Sem capital de giro suficiente
para explorar ouro, Janjão como é mais conhecido, “na cara e na coragem”
iniciou seu primeiro ciclo de exploração no Garimpo São Bento (o nome
do garimpo é uma homenagem a sua cidade natal, São Bento, no Maranhão)
numa atividade que perdurou 1977 a 1993 (documentado de acordo com a
legislação mineral do País). Como um autêntico guerreiro que abre pausa
numa luta, João Raimundo de Barros (Janjão) deu uma parada para retornar
dessa vez com mais estrutura, já que iniciou com apenas três pares de
máquina, mas tirava em méda 200 gramas/dia.
A determinação do ex-empresário no ramo
de confecções e de locação de motos deu certo, Janjão, de forma
estratégica como investidor visionário, com sua produção aumentando
consideravelmente, no segundo ciclo de exploração adquiriu máquinas PCS
se adequando ao novo ciclo de exploração com uso dessas máquinas, retirando 2 até 4 kilos de ouro ao dia e para
facilitar sua interação com Itaituba e região em sua infraestrutura,
com duas aeronaves.
“Cheguei em 1976, de São Bento, do
Maranhão, lá trabalhava como agricultor, vim ao Pará passando por Tomé
Açu, onde trabalhei com o fazendeiro Jovino dos Reis Botelho, de
diarista, tropeiro, empreiteiro e juquireiro”, disse Janjão.
João Raimundo de Barros que sintetizou
acima sua jornada de saída do estado do Maranhão chegou ao nosso Estado
ainda jovem, com 20 anos, com a cabeça cheia de sonhos e o coração
repleto de esperança. Janjão diz que estudou somente na escola da vida,
sendo aprovado com louvor na disciplina “Sofrimento e soube como vencer
dificuldades”.
Sobre essa página virada em sua vida
Janjão diz não ter nenhuma receita pronta, mas acredita que a fé em Deus
seja a principal alavanca para quem quiser, como ele, galgar os
diversos degraus da vida e se tornar um autêntico vencedor em qualquer
ramo de atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário