Justiça congela ativos da BHP e Vale no Brasil
Publicado em: 22/12/2015
As mineradoras Vale e BHP, que tiveram seus ativos e licenças de mineração congelados, planejam recorrer.
O juiz Marcelo Aguiar Machado da 12ª Vara Federal de BH considerou que ambas são corresponsáveis pela Samarco e, consequentemente, colocou em indisponibilidade as suas licenças de mineração. Marcelo determinou, também, que as empresas devam fazer um depósito judicial inicial de R$2 bilhões, em 30 dias, para o início da recuperação dos danos causados pela joint venture Samarco.
O total deve superar R$28 bilhões.
Enquanto isso o MP continua investigando as causas do rompimento da barragem do Fundão.
Mesmo sem o término das averiguações os promotores já adiantam que houve “falhas graves” no licenciamento ambiental.
Na raiz do problema, a Samarco ainda não divulgou quais foram as reais causas do rompimento desta barragem, que ocorreu há 47 dias.
A queda de braço entre a Justiça e os causadores do maior desastre ambiental da mineração brasileira atinge um impasse. As mineradoras, ariscas, se escondem em uma cortina de fumaça. Elas tentam recorrer e emperrar o processo.
Já o Ministério Público, em sua liminar, demonstra acreditar que a Vale e a BHP estejam, realmente, tentando fugir de suas responsabilidades.
O cenário econômico futuro mostra que o pior ainda está para ocorrer.
A maioria dos analistas acredita que os prejuízos financeiros, das duas gigantes em 2016, serão simplesmente avassaladores.
Enquanto isso a população atingida, que tudo perdeu, clama por reparações que não vem.
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