sábado, 26 de dezembro de 2015

PEDRAS PRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS

Pedras preciosas e semipreciosas

PEDRAS PRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS

INTRODUÇÃO

Há 3 tipos de gemas (pedras). As mais valiosas são as chamadas pedras preciosas diamantes. rubis, safiras e esmeraldas. Elas tem algo em comum: são substâncias duras e muito duráveis. De fato, o diamante é a substância mais dura conhecida pelo homem. Cada pedra preciosa tem uma variação distinta de cores que nos permitem reconhecê-las quase imediatamente. Como o diamante, a maioria tem um brilho fascinante

1. NOVAS DESCOBERTAS

Às pedras preciosas, seguem-se aquelas conhecidas como semipreciosas. A opala, a turquesa, a ametista, a granada. a água-marinha, o jade, a pedra-da-lua e o quartzo sempre foram consideradas, mas, no último século muitas outras substâncias tem sido descobertas e acrescentadas a essa lista. As pedras semipreciosas apresentam uma diversidade atraente de cores, mas em geral não são tão duras como as preciosas. Na escala de Mohs, que é usada para medir a dureza dos minerais e das gemas. a opala e a turquesa registram 6. enquanto 0 diamante, que está no topo, atinge 10, e o talco, no fim, não tem mais que 1.
A maioria das pedras são designadas como minerais, pois foram formadas por calor e pressão intensos dentro da crosta terrestre. Mas há também quatro pedras orgânicas constituídas de pequenos animais, plantas, e outros seres vivos: a pérola, o âmbar, o coral e o jade.
Todas as gemas aqui descritas costumam ser talhadas pelo homem para destacar sua beleza natural e evidenciar suas qualidades. O diamante, o rubi, a safira e a esmeralda são especialmente polidos e lapidados para que exibam suas cores e produzam os mais ricos efeitos luminosos.
Algumas vezes a lapidação é desnecessária. A calcedônia, por exemplo, surge naturalmente em formas belíssimas, e o âmbar, que às vezes é descoberto com inclusão de insetos. são deslumbrantes o suficiente sem a ajuda do homem.

2. ELEMENTOS RAROS

No comércio de jóias, o manuseio das gemas recorre tradicionalmente a dois metais raros e preciosos: o ouro e a prata. Em mineralogia, eles são chamados de "elementos nativos" porque, ao contrário de outros minerais, podem ser encontrados sozinhos na natureza, dissociados de outros elementos.
A prata e o ouro podem ser polidos até brilharem de modo esplêndido. Apesar de parecem duros, não são difíceis de dobrar e tomar forma.
Por isso, são moldados facilmente por ourives. As pedras preciosas e semipreciosas, o ouro e a prata, são valiosos por serem raros e agradarem ao olhar. Sua raridade se deve tanto a uma combinação única de forças naturais quanto à dificuldade de serem achados.
Alguns estão localizados apenas em países distantes dos grandes centros de comércio onde são vendidos. Outros estão entranhados bem no fundo da crosta terrestre, debaixo de toneladas de pedras e terra. As minas de ouro e diamantes algumas vezes ficam quilômetros abaixo da superfície.

3. PEDRAS SEMIPRECIOSAS

3.1. AMETISTA

A Ametista é uma pedra púrpura ou violeta-azulada que pertence à família do quartzo. Muitas vezes, a cor púrpura da pedra aparece em fragmentos irregulares ou desiguais. Em outros casos, só aparece nos cantos externos dos cristais, sendo o resto transparente. Para tornar essas ametistas mais bonitas nas jóias, às vezes elas são delicadamente aquecidas. de modo que a cor púrpura fique homogeneamente distribuída pela pedra. Deve se tomar muito cuidado, pois aquecidas em temperaturas muito altas, as ametistas perdem a sua cor púrpura e adquirem uma cor amarela, transformando-se em quartzo citrino. No entanto, é difícil prever essa mudança de cor, e as pedras às vezes se tornam marrons ou verdes. é que no mundo comercial, geralmente se consideram as pedras de tons púrpura-pálidos menos valiosas que as cor de ameixa escuras.
As ametistas tem registro 7 na escala de Mohs. usada para medir a resistência dos minerais e pedras preciosas.
Os minerais que mais se parecem com a ametista são as cordieritas e as escapolitas violeta, ambas pertencentes ao grupo dos silicatos.
Ficha técnica
  • Grupo: Óxidos
  • Sistema cristalino: Trigonal
  • Fórmula química: SiO2 com Fe
  • Dureza: 7
  • Densidade: 2.65
  • Clivagem: Inexistente
  • Fratura Concóide (em forma de concha)
  • Cor: Violeta
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Vítreo
  • Fluorescência: Ausente

3.2. LAZULITA

A lazulita é um membro do grupo dos fosfatos; que abrange minerais e gemas. Cada molécula contém Magnésio. ferro ferroso, alumínio, fósforo, oxigênio e o radical hidroxila (fórmula química OH). Este último componente. quando aquecido, é expelido na forma de água (H2O). Seus cristais pertencem ao sistema Monoclínico de simetria, no qual não há par de faces com o mesmo comprimento, largura ou altura. Externamente, surgem em forma de pirâmide. em grandes blocos (agregados maciços) ou minúsculos grãos.
A lazulita tem densidade relativa (DR) de 3,0-3,1: isso significa que pesa quase exatamente três vezes o volume equivalente de água, à temperatura ambiente. A lazulita exibe uma variação de tonalidade que vai do azul-claro ao azul-escuro. Muito confundida com o lápis-lazúli, seu nome deriva do latim medieval "lazulum", que significa "azul". A despeito da coloração externa, a cor básica de toda lazulita é branca: o fato pode ser confirmado pelo teste do traço, processo em que um exemplar bruto é esfregado em porcelana branca e desvitrificada.
Ficha técnica
  • Grupo: Fosfatos
  • Sistema cristalino: Monoclínico
  • Fórmula química: (Mg, Fe2+) Al2(PO4)2(OH)2
  • Dureza: 5,5
  • Densidade: 3,1-3,4
  • Clivagem: Indistinta
  • Fratura: Irregular
  • Cor Azul
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Vítreo
  • Fluorescência: Não apresenta

3.3. OBSIDIANA

A obsidiana é um material rico em sílica que se forma quando a lava derretida solidifica-se depressa demais para dar origem aos cristais. O resultado é uma massa amorfa (sem forma). Compõem-se principalmente de vidro - portanto não tem estrutura cristalina - e contém menos de 1% de água. A obsidiana não pertence a nenhum dos grupos minerais. mas é classificada como uma formação de rocha vulcânica vítrea. Embora composta principalmente de silício e oxigênio, é muito difícil determinar sua composição química com exatidão. Não possuindo estrutura cristalina. É descrita como gema amorfa. Apesar de ter tons escuros. Quando atritada com um pedaço de porcelana branca, não esmaltada, a obsidiana revela um traço de cor amarelo-clara, essa era a cor que teria se fosse reduzida a pó. Quando atingida por martelo, quebra-se e deixa uma forma semelhante ao que vemos no interior de uma concha. As obsidianas são às vezes muito afiadas. e devem ser manuseadas com o máximo de cuidado.
Ficha técnica
  • Grupo: Rochas vulcânicas vítreas
  • Sistema cristalino: Amorfo
  • Fórmula química: Vários silicatos
  • Dureza: 5
  • Densidade: 2,35
  • Clivagem: Não tem
  • Fratura: Concóide
  • Cor: De preta a cinza-chumbo
  • Cor do traço: Amarelo-clara
  • Brilho: Vítreo
  • Fluorescência: Não tem

3.4. QUARTZO ROSA

O quartzo integra o grupo dos óxidos. é um óxido de silício cuja cor característica se deve as impurezas de óxido de titânio ou óxido de manganês presentes no seu interior. Se não houvessem impurezas, o quartzo seria completamente incolor.
O quartzo rosa em geral, é opaco ou ligeiramente translúcido e tanto um efeito quanto outro são causados pela presença de fraturas na superfície do cristal por onde matérias "estranhas" podem penetrar em sua estrutura.
O quartzo propriamente dito é composto de silício e oxigênio. dois dos elementos mais abundantes da Terra. O quartzo é estável a temperaturas de até 573°C. O quartzo rosa é duro e tem brilho vítreo. Perde a cor quando aquecido e torna-se preto quando exposto aos raios X. Tem pleocroísmo fraco e apresenta às vezes uma ligeira fluorescência. Tido como valioso demais, o quartzo rosa não é empregado na indústria, a exemplo de outras variedades do mesmo mineral, usadas como abrasivo, em relojoarias e outros fins. O quartzo rosa tem várias tonalidades, do cor-de-rosa ao pêssego; e é reservado para esculpir belas peças ornamentais e para a fabricação de jóias altamente trabalhadas.
Ficha técnica
  • Grupo: Óxidos
  • Sistema cristalino: Trigonal Fórmula química SiO2
  • Dureza: 7
  • Densidade: 2,65
  • Clivagem: Inexistente
  • Fratura: De concóide a desigual
  • Cor: Rosa, cor de pêssego
  • Cor do traço: Rosa
  • Brilho: Vítreo
  • Fluorescência: Amarela, pouco freqüente

3.5. TOPÁZIO

O topázio faz parte do grupo dos silicatos. é feito de alumínio combinado com silício, oxigênio, flúor e oxidrila (a oxidrila consiste em um átomo de hidrogênio e um de oxigênio). Juntos. formam cristais coloridos atraentes que têm a qualidade das pedras preciosas.
Há topázios de cores muito variadas, como amarela, azul, marrom, verde e cor de laranja. Essas variantes são provocadas por traços dos metais cromo e ferro. Qualquer que seja a cor, o topázio sempre deixa um risco branco quando esfregado em um pedaço de porcelana branca não vitrificada. O topázio não se dissolve em ácidos e não derrete se aquecido em uma chama.
O topázio é um mineral muito duro: tem índice 8 na escala de Mohs, e risca o quartzo. é pesado, frágil e pode ser lascado em camadas. é transparente, e sua aparência é vítrea. É a única pedra preciosa natural com o mesmo peso do diamante.
Ficha técnica
  • Grupo: Silicatos
  • Sistema cristalino: Ortorrômbico
  • Fórmula química: Al2SiO4(F,OH)2
  • Dureza: 8
  • Densidade: 3,49-3,60
  • Clivagem: Basal perfeita
  • Fratura: Concóide
  • Cor: Incolor
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Vítreo
  • Fluorescência: Ausente

4. PEDRAS PRECIOSAS

4.1. ÂMBAR

O âmbar se origina da resina comprimida e impactada de árvores coníferas. Por ser uma substância de origem orgânica, o âmbar tem composição química muito variável. No entanto, sempre contém carbono, hidrogênio e oxigênio, além de um pouco de sulfeto de hidrogênio, um gás que, ao ser liberado na atmosfera , desprende um odor característico de ovos podres.
O âmbar é pouco mais pesado que a água: ele flutua, e isso concorre para sua ampla distribuição ao longo das costas marinhas, longe dos locais onde se forma. Exposto à luz ultravioleta de ondas, sua fluorescência é branco-azulada; por contraste, exposto à radiação de ondas curtas, ela tende a ser verde.
O âmbar é muito sensível ao calor: começa a amolecer a cerca de 150-186ºC e se funde a 200-186ºC. Esse é um dos melhores testes para distinguir o âmbar das principais imitações, que são menos sensíveis ao calor.
Ficha técnica
  • Grupo: Material Orgânico
  • Sistema cristalino: Geralmente amorfo
  • Fórmula química: Resina fóssil próxima a C10H16O com algum H2S
  • Dureza: 2
  • Densidade: 1,05-1,10
  • Clivagem: Ausente
  • Fratura: Concoidal
  • Cor: Amarela, marrom ou vermelha
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Resinoso
  • Fluorescência: Branco-azulada ou verde

4.2. DIAMANTE

Os cristais de diamante têm em geral a forma de octaedro ou de hexaquisoctaedro (48 faces triangulares). Nas faces do octaedro, é possível observar pequenas incisões triangulares denominadas trígonos. Pela germinação de dois octaedros, podem aparecer cristais planos em forma de triângulo.
O diamante é composto de carbono puro. e, quando o aquecemos. queima, desprendendo dióxido de carbono.
É o mineral mais duro que conhecemos, mas isso não significa que não seja frágil; só pode ser riscado por outro diamante, mas um golpe seco pode ser suficiente para despedaça-lo; lasca-se com grande facilidade nas faces do octaedro.
Os diamantes apresentam um brilho muito intenso, freqüentemente denominado diamantino ou adamantino.
O nome do mineral provém do grego adamantos, que significa "invencível". No passado. sustentava-se que essa pedra era capaz de "transpirar" diante de um veneno, tornando vãs as tentativas de envenenamento.
Os diamantes puros e transparentes; incolores e com cores pálidas são usadas em gemalogia e são as gemas mais cobiçadas. As variedades não gemológicas, assim como os diamantes sintéticos, têm grande importância para a indústria.
Ficha técnica
  • Grupo: Elementos nativos
  • Sistema cristalino: Cúbico
  • Fórmula química: C
  • Dureza: 10
  • Densidade: 3.52
  • Clivagem: Octaédrica, perfeita
  • Fratura: Concóide
  • Cor: Incolor (alocromático)
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Adamantino
  • Fluorescência: Azul, rosada, amarela, verde

4.3. ESMERALDA

A esmeralda é uma variedade de berilo, um silicato de alumínio e berílio de um verde intenso. A cor verde da esmeralda provém da presença dos metais cromo e vanádio no cristal berilo. A esmeralda tem uma aparência vítrea, brilhante e. quando examinada de perto, revela tons amarelos e azuis que se combinam para formar o verde dominante. Isso é chamado de pleocroísmo discreto. A maioria das esmeraldas apresenta jaça. É manchada, e os cristais de esmeralda são em geral quebradiços e rachados. Normalmente a cor se distribui por zonas irregulares ou paralelas nas faces principais do cristal. Como as espécies perfeitas são muito raras, uma esmeralda sem jaça, de um verde intenso, vivo, é uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo.
A esmeralda é bastante resistente: está entre 7,5 e 8 na Escala Mohs de resistência. É muito difícil extrair seus cristais em camadas, e eles tendem a se quebrar de maneira heterogênea. É difícil derreter esmeraldas. O calor consegue no máximo arredondar as beiras de fragmentos pequenos. As esmeraldas são muito preciosas, porém raramente são perfeitas e muitas vezes são preenchidas de óleo para disfarçar imperfeições e realçar sua coloração.
Ficha técnica
  • Grupo: Silicatos
  • Sistema cristalino: Hexagonal
  • Fórmula química: Be3Al2Si6O18
  • Dureza: 7.5-8
  • Densidade: 2.68-2, 76
  • Clivagem: Indistinta
  • Fratura: Concóide
  • Cor: Verde
  • Cor do traço: Verde
  • Brilho: vítreo
  • Fluorescência: Ausente

4.4. RUBI

Os rubis são apreciados desde o início dos tempos. Extremamente duros, exibindo um brilho ardente como brasa, eles ainda figuram entre as gemas mais preciosas do mundo. Os rubis e seus gêmeos, as safiras, pertencem à família mineral dos coríndons, uma das substâncias mais duras. Em alguns casos, a cor pode estar distribuída de forma espiralada ao longo do cristal de rubi. Os cientistas denominam esse fenômeno de dicroísmo.
Os rubis muitas vezes contêm traços de líquidos e gases, ou minúsculas agulhas de rutílio. O termo científico para designar essas impurezas é inclusão. Quando apresentam forma geométrica, as inclusões de rutílio refletem a luz. criando cintilantes estrelas de seis pontas. Esse belo efeito, que confere à pedra um brilho especial, chama-se asterismo. Ele ocorre raramente; pois as inclusões em geral produzem falhas nas pedras.
Ao olhar para um rubi, percebe-se que ele apresenta cores distintas de acordo com o ângulo. Algumas vezes parece mais violeta do que vermelho, outras é vermelho-amarelado, e pode até refletir um vermelho-carmim, este é conhecido como rubi negro.
Ficha técnica
  • Grupo: Óxidos
  • Sistema cristalino: Trigonal
  • Fórmula química: Al2O3 com Cr
  • Dureza: 9
  • Densidade: 4,0-4.1
  • Clivagem: Inexistente, mas algumas fissuras ocorrem paralelas ao eixo vertical ou com ângulo de 30-176; com esse eixo
  • Fratura: De concóide a irregular
  • Cor: Vermelha
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: De vítreo a adamantino
  • Fluorescência: Geralmente vermelha

4.5. SAFIRA

A safira integra o grupo dos óxidos. Em geral contém alumínio e pequenas quantidades de ferro e titânio. Quando não há inclusão de ferro nem titânio, a safira é incolor. Como o rubi, a safira pesa quatro vezes mais que a água.
Atingem índice de 9 na escala Mohs de dureza - atrás apenas dos diamantes - o que os torna mais adequados para a fabricação de jóias e em processos industriais que exigem cortes e abrasões.
Relativamente imunes ao calor, as safiras são usadas nas janelas de fornalhas. Como permitem a passagem de raios radiativos e da luz ultravioleta, são componentes ideais de equipamentos ópticos.
Uma das qualidades mais extraordinárias das safiras é o pleocroísmo. Isso significa que absorvem a luz de maneiras diferentes, conforme a sua direção. É  por esse motivo que vemos uma mistura de azul-intenso e azul-esverdeado quando olhamos para uma safira de ângulos diferentes.
As safiras com brilho em forma de estrela são especialmente valiosas. Têm cor cinza-azulada e nunca são transparentes. Lapidadas em forma de cúpula e chamadas de cabochões, exibem lindas estrelas luminosas de seis pontas. Esse efeito é o asterismo.
A safira é uma variedade do coríndon, um mineral muito duro. O coríndon vermelho é chamado de rubi, e, quando usada sozinha, a palavra "safira" significa que a gema é azul. As safiras quando não são azuis, em geral ganham o termo "oriental" e são vendidas com nomes como "esmeralda oriental" (safira verde).
Ficha técnica
  • Grupo: Óxidos
  • Sistema cristalino: Trigonal
  • Fórmula química: Al2O3 com Fe e Ti
  • Dureza: 9
  • Densidade: 4
  • Clivagem: Inexistente ou pseudoclivagem
  • Fratura: Concóide
  • Cor: Azul
  • Cor do traço: Branca
  • Brilho: Vítreo sub-adamantino
  • Fluorescência: Ausente

5. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DAS JAZIDAS

5.1. PEDRAS SEMIPRECIOSAS

  1. Ametista - são encontradas principalmente nas crostas cristalizadas de enormes rochas vulcânicas, como o basalto. Apesar de serem encontradas em muitos países, as ametistas ainda são classificadas como pedras semipreciosas, sobretudo porque sua cor é tão imprevisível que raramente se encontram ametistas cor de violeta perfeita nessas jazidas. A área com maior concentração de ametistas é o Rio Grande do Sul, no Brasil. Outras jazidas importantes localizam-se no Uruguai, índia. Rússia, Sri Lanka, Madagascar e Estados Unidos
  2. Lazulita - é encontrada em rochas que se formaram por atividade vulcânica nas profundezas terrestres (ígneas), sobretudo em pegmatitos graníticos. quartzos e quartzitos. Também se origina em jazidas que foram alteradas por calor e pressão (rochas metamórficas), onde se encontra associada com andaluzita, coríndon, granada, cianita, rutílio e silimanita. Os melhores espécimes se encontram em Werfen (Áustria); Minas Gerais (Brasil); Califórnia e Geórgia (EUA); Hõrrsjoberg e Vãstara (Suécia).
  3. Obsidiana - é uma rocha amorfa, vulcânica, que se forma quando a larva derretida esfria depressa demais para que ocorra cristalização. Foi uma das primeiras gemas descobertas e usadas pelo homem antigo e ainda hoje é possível haver formação de novos depósitos, durante certos tipos de erupções vulcânicas. Existem depósitos dessa belíssima e valiosa gema no mundo todo. em especial nas regiões de grande atividade vulcânica. Entre os locais de maior ocorrência estão: Equador; Guatemala; Hungria; Islândia; as ilhas Lípari, na costa da Sicília (Itália); Japão; Java (Indonésia); México; Peru; e Kamchatka (Rússia). Nos Estados Unidos há abundância de obsidiana nas ilhas do Havaí. onde há vulcões ainda ativos, e também no Arizona e no Novo México, onde os característìcos nódulos escuros de obsidiana chamam-se "lágrimas apaches". Grande parte das modernas jóias de obsidiana são feitas de gemas da América Central e do Norte.
  4. Quartzo rosa - como todas as formas de quartzo, a variedade rosa ocorre em rochas sedimentares, principalmente em arenitos e em depósitos de praias e rios. Também pode ocorrer em cavidades de rocha (geodos). Na Antigüidade, Roma importava o quartzo rosa de minas da índia, do Sri Lanka e da Rússia (montes Urais).Atualmente, os melhores cristais de quartzo rosa vêm do Brasil, da índia, de Madagascar e dos Estados Unidos.
  5. Topázio - ocorre tipicamente em rochas de granito e em depósitos de quartzo mineral. As jazidas mais ricas estão no Brasil, principalmente ao redor das cidades de Teófilo Otoni e Serro, em Minas Gerais. Outras jazidas importantes estão no Paquistão, nos montes Urais (Rússia), no México e no Sri Lanka. São incolores ou cor-de-rosa os cristais da ilha de Elba e aqueles encontrados em rochas de pórfiro com quartzo perto de Varese (Itália).
  6. Serpentina - é encontrada em uma rocha metamórfica chamada serpentinito. O calor e a pressão sob os quais esta rocha se formou são às vezes tão baixos que partes de determinados depósitos podem permanecer quase inteiramente não afetadas pelo metamorfismo- essas áreas retêm traços da olivina e do piroxênio originais, dos quais o serpentinito é um produto de alteração. Os serpentinitos podem também formar-se quando a água e, às vezes, a sílica associam-se a vários minerais silicatos de magnésio, especialmente a enstatita e a forsterita. Alguns depósitos finos de serpentinito estendem-se sobre arquipélagos e cadeias de montanhas (especialmente os Alpes). O serpentinito é extraído na Saxônia (Alemanha); nos montes Troodos (Chipre); na Cornualha (Inglaterra); na Ligúria e nos Apeninos toscanos (Itália).

5.2. PEDRAS PRECIOSAS

  1. Diamante - diferentemente dos outros minerais, os diamantes não se formam na crosta terrestre, que é de onde os obtemos. Sua gênese ocorre a grande profundidade, numa zona do interior da Terra denominada manto, com pressões e temperaturas muito elevadas, em condições magmáticas. Os diamantes aparecem quase sempre em uma rocha vulcânica, a kimberlita (da região sul-africana de Kimberley). Também se encontram diamantes em jazidas secundárias, principalmente em depósitos de cascalho e areia.
  2. Esmeralda - a esmeralda forma-se em rochas de granito e pegmatito e também pode ser achada em algumas rochas metamórficas. Entre as principais fontes da pedra preciosa estão as minas de Muzo, Chivor e Coscuez, na Colômbia; e as minas da Bahia, Minas Gerais e Goiás, no Brasil, além de Rússia, Zimbábue e áfrica do Sul.
  3. Rubi - os rubis são usualmente encontrados no mármore e em rochas produzidas a partir de erupções vulcânicas. Na maioria da vezes os rubis não são extraídos diretamente dessas rochas, mas explorados nos chamados depósitos aluvianos. Nesses locais as gemas são lavadas pela ação de água corrente de rio ou córrego, após terem sido transportadas de suas rochas de formação, já desgastadas e quebradas pela erosão. Os principais produtores de rubis estão localizados no Sudeste Asiático. Amostras superiores existem no vale do rio Irrawaddy, ao norte de Yangum (ex-Rangum), capital de Myanma (ex-Birmânia).O Sri Lanka é outro importante produtor de rubis. Seu maior depósito é Ratnapura, que significa "a cidade das gemas" em dialeto cingalês. Os rubis também são encontrados na região de Chantabiri. na Tailândia. e ao redor de Pailin e Channop, no Camboja. Além dessas, importantes jazidas de rubis situam-se no vale do rio Umba. no norte da Tanzânia, e no Quênia.
  4. Safira - a maioria das safiras é encontrada em depósitos nos leitos dos rios, varridas até ali pelas correntezas após a erosão das rochas onde se formaram. Outras são extraídas diretamente de rochas vulcânicas. O Sri Lanka é o mais antigo produtor de safiras. e até hoje o maior. As mais belas safiras do mundo vem da Caxemira, na índia. Os depósitos daquele país estão praticamente esgotados, e a cor singular das pedras indianas nunca encontrou equivalente nas cópias sintéticas. O Camboja, a Tailândia e Myanma (ex-Birmânia) também são importantes produtores de safiras As gemas da região vizinha a Mogok, ao norte de Mandalay (em Myanma), são valiosas. A Austrália tem safiras de um profundo azul-esverdeado.
  5. Âmbar - o âmbar é formado quando a resina segregada pelas árvores coníferas é fossilizada na Terra. Esse processo requer compactação sob enorme pressão e transforma o líquido em sólido. Os principais depósitos mundiais são encontrados ao longo da costa báltica, na Alemanha, e em torno de Kaliningrado, na Rússia. Espécimes provenientes desses locais são levados a grande distância pelo mar e podem ser levados em pontos longínquos com Dinamarca, Noruega e costa leste da Inglaterra. O âmbar báltico é denominado succinita, o da Sicília (Itália), simetita e o de Myanma (Birmânia), burmita. O âmbar é também encontrado em muitos outros países. inclusive República Dominicana, França, México, Romênia e Estados Unidos.

GLOSSÁRIO

Fosfatos: há mais de duzentos compostos de fosfatos, que se formam quando um metal se combina com fósforo e oxigênio. Exemplos são a autunita, o fosfato radioativo que contém urânio, e a apatita, empregada na fabricação de fertilizantes.
Grupos: os minerais e pedras preciosas são divididos em grupos de acordo com sua composição química e estrutura cristalina.
Mineral: constituinte natural que tem composição química e física definidas. Em geral por sua estrutura cristalina e, à parte o mercúrio, que é líquido à temperatura ambiente, apresenta massa sólida.
Óxidos: formam-se pela ligação de certos minerais com o oxigênio. São muito comuns. O quartzo é um dos principais óxidos da superfície terrestre, e pode ser usado como jóia, abrasivo ou instrumento de precisão em relógios e na eletrônica. A hematita é um dos minerais mais abundantes do mundo. Em pó, é empregada como polidor e na fabricação de tinta vermelha.
Pedras preciosas: também chamadas gemas, são minerais raros e belos.
Quilate: unidade que mede o peso de uma pedra preciosa. Um quilate equivale a duzentos miligramas. Também é usado para medir a pureza do ouro.
Dureza: classificação dos minerais numa escala de 1 a 10.
Depósitos: áreas ou concentrações de rochas e sedimentos com grandes quantidades de minerais. Jazidas.
Fluorescência: emissões de luz que continuam a vir de certas substâncias mesmo depois de não estarem mais expostas à irradiação (ex: rubi e diamante, são particularmente fluorescentes).
Silicato: o maior e o mais abundante grupos de minerais terrestres, com mais de 600 variedades. Consiste em metais associados com o silício isoladamente ou com o silício e o oxigênio. Silicatos típicos são o feldspato, a mica, a tremolita, a moscovita e a pirofilita. Há também um grande número de gemas como o berílio, o jade, a opala, a turmalina e o ônix. As propriedades dos silicatos são variadas: a tremolita é usada para filtrar produtos químicos e sucos de frutas, o feldspato é utilizado como abrasivo e na produção de cerâmica, a moscovita é empregada como isolante e em circuitos internos de rádios. Entre os outros minerais desse grupo estão a baritina (ou barita), a anidrita e a celestita.
Símbolo químico: Todos os minerais e pedras preciosas têm uma combinação individual, distinta, de elementos diferentes. Essa combinação é geralmente expressa em uma espécie de abreviação química, que usa uma série de iniciais para definir os diversos elementos de cada mineral. O cloreto de sódio, por exemplo, tem a fórmula química NaCI, que indica que cada molécula de sal contem um átomo de sódio (Na) ligado a um átomo de cloro (CI).
Freqüentemente, a fórmula química inclui os números. O rubi e a safira pertencem ao grupo de minerais do coríndon, cuja fórmula química é Al2O3. Isso quer dizer que há dois átomos de alumínio (Al) associados a três átomos de oxigênio (O) em cada molécula do mineral.

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