Áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Oito especialistas do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e
Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente
ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia,
Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto
Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde
então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos
estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para
descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers,
gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o
Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas
geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos*.
Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas,
não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das
pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores
era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no
território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e
eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas
medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território
nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras
preciosas.
Atualmente, o Brasil conta
principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de
gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais
dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um
garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode
chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são
mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do
Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as
análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos
pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos
são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em
voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a
superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques.
Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira
uma foto:
Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo
A obra Diamante: a pedra, a gema, a lenda, de
autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia
de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração
relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os
leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os
maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1) Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan.
É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates.
Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2) Incomparable
O Incomparable, ou
Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma
garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo.
Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado
com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante
bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas
menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3) Cullinan II
O Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que o Cullinan I.
Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do
mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da
Inglaterra.
4) Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793
quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro
atual desta preciosidade é desconhecido.
5) Nizam
O Nizam é o diamante mais
antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227
quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente
ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.
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