quinta-feira, 12 de maio de 2016

Estudo em meteoritos mostra que oxigênio era abundante na atmosfera terrestre primitiva

Estudo em meteoritos mostra que oxigênio era abundante na atmosfera terrestre primitiva



 
Até pouco tempo atrás acreditava-se que o oxigênio foi subitamente introduzido na Terra há 2,4 bilhões de anos e com ele muitas formas de vida anaeróbicas foram, consequentemente, extintas.

Consequentemente os geólogos calculavam que no Arqueano existia uma atmosfera primitiva com menos de 0,001% de O2 que foi modificado em um evento chamado de a Grande Oxidação.

Não é exatamente o que um novo estudo, publicado na Revista Nature, diz.

Segundo Andrew Tomkins, um geólogo da Universidade Monash na Austrália, existia uma camada muita rica em oxigênio na atmosfera superior, já no Arqueano, antes da Grande Oxidação.

A assertiva de Tomkins deriva de um estudo feito em micrometeoritos de 2,7 bilhões de anos, encravados no calcário de Pilbara .

Tomkins percebeu que esses meteoritos se oxidaram na entrada da atmosfera quando atingiram 1000 graus centígrados. Segundo o geólogo a reação da liga de ferro-níquel com o oxigênio gerou microesferas de magnetita (Fe3O4) com texturas de resfriamento (foto).

Isso só podia ocorrer se essa camada rica em O2, situada entre 70-90km de altitude segundo o geólogo, já estivesse em formação.

Tomkins vai além e diz que esta camada superior já se assemelhava, no seu conteúdo de O2, já no Arqueano, à atmosfera atual.

Com essa teoria muito do que se pensava em termos de paleoclima, química da atmosfera e da mineralogia e geologia do Arqueano deverá mudar.

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