Opinião: Dragas continuam garimpando ilegalmente na orla do rio Madeira em Porto Velho
A área é de preservação ambiental, o garimpo está proibido na região, mas a irregularidade ocorre durante das 24 horas
Desde a década de 90 o garimpo no rio Madeira está proibido. Muito mais na orla de Porto Velho, onde está em fase de conclusão a Hidrelétrica de Santo Antônio e a área e de preservação ambiental.
Há tempo a concentração de dragas na orla do Madeirão na capital é grande e aumenta a cada dia de forma desproporcional. As denúncias são constantes e o trabalho proibido, que era realizado durante a noite, agora ocorre em plena luz do dia.
Nesta Semana Santa, que está chegando ao fim com a Páscoa no próximo domingo (27), os garimpeiros tomaram conta do Madeirão no local. A navegação, que é perigosa em condições normais piorou bastante com as dragas tomando conta da área, sem que as autoridades (sic) tomassem providências.
Como o governo federal está enfrentando uma forte crise de credibilidade, inclusive com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff ninguém está preocupado com a garimpagem ilegal no rio Madeira. O ouro está sendo extraído de forma criminosa, à vista dos órgãos que deveriam ser fiscalizadores.
Quem está explorando o ouro da orla do Madeirão em Porto Velho não são os garimpeiros que dependem do trabalho para sobreviver. O trabalho ilegal está sendo bancado por gente de situação financeira privilegiada.
Na última, no período da tarde uma das dragas que estavam garimpando na orla da capital tem custo estimado em R$ 2 milhões. A afirmação é de pessoas conhecedoras da área.
Ninguém vai correr o risco da apreensão de uma embarcação de valor superior a R$ 2 milhões sem ter sustentação político-financeira para isso. A garimpagem do Madeirão em Porto Velho não é uma ação dos bravos garimpeiros, mas de gente com os bolsos cheios e que estão a cada dia mais estufados, e tendo suporte de autoridades (corruptas) para isso.
Em setembro foi realizada pela Polícia Civil a Operação Azougue, de combate a extração ilegal do ouro na orla do rio Madeira em Porto Velho. Foram autuados proprietários de 183 dragas e pessoas foram presas, mas o trabalho criminoso continua.
A área onde ocorre o garimpo é de preservação ambiental. Os ambientalistas de araque, que vivem, muito bem, no ar-condicionado e não querem a reabertura da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus não se manifestam sobre a garimpagem criminosa no Madeirão.
As autoridades devem tomar as providências necessárias para acabar com o abuso do trabalho ilegal de garimpagem na orla do rio Madeira na capital. Como sempre ocorre nessas ocasiões há pouca gente, inescrupulosa, levando vantagem com a ação criminosa para prejuízo da maioria da população.
A navegação no Madeira está comprometida no trecho, tanto para as balsas petroleiras como para as voadeiras de moradores da outra margem do rio. Também há o perigo da garimpagem às imediações da ponte da BR 319 e o que é ainda mais revoltante: a guarida das autoridades a uma atividade ilegal e depredadora do meio ambiente.
O Rio Madeira ainda tem muito ouro, mas o governo como sempre não deixa trabalhar, eles querem que os garimpeiros sejam como eles, ou seja LADRÕES.
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