Diamantes de Juína ajudam a explicar formação de rochas vulcânicas
Uma equipe de pesquisadores, liderada pela Universidade de Bristol (Reino Unido) publicou na revista científica "Nature" um artigo onde surge uma teoria a respeito de uma das perguntas mais intrigantes do mundo da geologia: a "reciclagem" de material das placas tectônicas sob o oceano.
nSEdimentos ricos em carbono podem ser re-injetados no manto superior em zonas de subducção no choque de duas placas tectônicas. Relatórios sísmicos mostram que a crosta oceânica pode afundar até 3 mil quilômetros abaixo da superfície terrestre e por lá ficar durante bilhões de anos, enquanto pressionam as camadas superiores.
Pouco se sabia sobre os detalhes do processo, e nessa hora, a análise de diamantes de Juína ajudou em algumas descobertas: enquanto o magma, rico em carbono, sobe pelo manto, os diamantes se cristalizam, envolvendo micropartículas de minerais no processo Isso só é possível em profundidades superiores a 120km e altas temperaturas ambiente este que irá permitir a formação dos diamantes .
No laboratório de Daresbury, Reino Unido, foi utilizada uma camada intensa de raio X para observar as quantidades de formação da perovskita, um mineral de titânio encontrado dentro de alguns diamantes. Raios com espessura inferior à metade de um fio cabelo humano determinaram as condições de estabilidade da perovskita, e concluiu que o processo, no caso de Juína, se realizou a cerca de 700 quilômetros de profundidade, na zona de transição do manto.
Estes são os diamantes de maior profundidade conhecidos no planeta O fenômeno demonstra que a placa oceânica que mergulhou de oeste para leste a partir dos Andes encontrava-se abaixo da localidade de Juína na ocasião da intrusão dos kimberlitos que transportaram os diamantes.
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