sábado, 2 de julho de 2016

Os boarts: ou o porque dos diamantes feios ser mais importantes para o prospector do que os diamantes bonitos

Os boarts: ou o porque dos diamantes feios ser mais importantes para o prospector do que os diamantes bonitos


Os diamantes extraídos das várias minas são classificados como pedras preciosas ou industriais, conforme a sua forma e pureza. Em geral, apenas os diamantes cuja pureza e limpidez não são suficientes para seu uso como pedras preciosas é que são classificados como industriais.

A porcentagem de diamantes industriais varia bastante de uma mina para outra — por exemplo, na Consolidated Diamond Mines of South West África, 9,8% são preciosos e 90,2% industriais. nos grandes depósitos do Zaire, onde mais de 80% dos diamantes são industriais e menos de 20% podem ser classificados como gema ou quase gema.

Foram essas enormes jazidas do Zaire que, até o advento do diamante sintético, supriram em grande parte a demanda mundial de diamantes industriais, do tipo empregado para a geração de pós e grãos abrasivos.

Seria interessante explicar brevemente a classificação dos diamantes industriais. 

A classificação mais ampla é uma divisão em dois tipos. O de qualidade inferior que serve apenas para ser britado para uso como abrasivo industrial, conhecido como “boart”, e que constitui o maior volume apesar de ter o menor valor. 

O diamante de melhor qualidade do que o que é britado é subdividido, por sua vez, conforme sua utilização geral — diamantes para perfuração nas indústrias de mineração e petróleo, dressadores para a retificação de rebolos abrasivos, etc.

Num primário para diamantes como kimberlito ou lamproito, os diamantes formam todos os tipos, desde o mais bonito (gema) ate o mais feio (boart) e sempre tem mais boarts do que gemas, mas nas aluviões, como os boarts são fracos, já se desfizeram; Portanto se nas aluviões tiver 85 a 100% de gemas, a fonte primária esta longe (centenas de kms), mas se tiver só 30% de gemas e 70% de boarts, estamos perto da fonte (alguns kms).
Mais boarts, mais perto da fonte e, portanto a proporção de boarts passou a formar  uma metodologia de approach

Mas cuidado, a fonte pode não existir mais, tiver sido completamente erodida, pois a rocha que contem os diamantes é muito fraca, ainda mais num ambiente amazônico e neste caso, a proporção maior de boarts ira nos aproximar do que era e não do que é.

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