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quarta-feira, 12 de outubro de 2016
As histórias que dão vida aos fantasmas na região de Mariana
As histórias que dão vida aos fantasmas na região de Mariana
Durante três dias, O TEMPO percorreu distritos e ouviu de moradores várias lendas assustadoras
Mariana. Lá se vão séculos desde a fundação do arraial de Nossa Senhora do Carmo, em 1696. Primeiro chegaram os portugueses e os bandeirantes, que dali iniciaram a corrida do ouro na terra hoje conhecida como Mariana, na região Central de Minas. Depois vieram os escravos, os padres, as igrejas e o barroco. Já os fantasmas... Bom, esses, ninguém sabe ao certo quando chegaram. No entanto, para muitos, eles ainda estão lá, firmes em seus postos para assustar os vivos, independentemente da época e das crenças.
Foi nesse clima que a reportagem de O TEMPO percorreu a cidade e três distritos e ouviu dos moradores, que se denominam “caçadores de fantasmas”, diferentes e assustadoras histórias que assombram a região (veja abaixo).
Uma delas é contada por Antônio Jacinto Sena, 63. Hoje guia da Mina da Passagem – aberta à visitação para centenas de turistas –, ele não dava a mínima para as lendas da cidade. Sempre ficava cético quando o assunto era um tal de Capitão Jack, cuja alma dizem estar vagando pelos labirintos do local onde ele trabalha e que teria morrido durante uma explosão.
Mas um episódio há cerca de 20 anos – quando ele sentiu o vulto de Capitão Jack – o fez mudar de percepção. “Olha, eu posso mostrar o caminho, chegar há cerca de 500 m, pois é longe do local de visitação, mas lá eu não piso mais. Só de lembrar, arrepio-me todo. Tinha algo ali, e eu não pago para ver de novo, de jeito nenhum”, dizia ele, enquanto contava outros casos de pessoas que até já teriam sido tocadas pelo fantasma de Jack.
E se o medo do tal capitão não for convincente para algum morador ou turista, o que não vai faltar em Mariana e região são as assombrações para, no mínimo, causar algum tipo de receio. De acordo com a Associação de Caçadores de Assombrações de Mariana (Acam), fundada em 2008, são cerca de 40 fantasmas na região.
“Mariana teve sua fase do ouro, com vários garimpos. Agora, eu acho que a gente está mais em uma fase de caça aos fantasmas porque eu nunca vi nenhum outro lugar ter tantos assim. É coisa de louco. Quase todo monumento histórico ou distrito tem seu fantasma. E haja história de causar arrepios”, contou o porteiro André Firmino, 42, que não abre mão de seu crucifixo preto para andar de noite pelas ladeiras históricas da cidade.
“Ele é quem me protege. Quando eu sinto algo diferente, eu beijo-o (o crucifixo) e começo a rezar e me tranquilizo. Só ele para me salvar dessas coisas ruins”, completou o porteiro.
Capitão Jack
FOTO: UARLEN VALÉRIO
O fantasma – do qual Antônio Jacinto Sena (na foto) tem medo – é de um inglês conhecido como Capitão Jack. Ele era o chefe de uma área da Mina da Passagem e morreu durante uma explosão no local. Desde então, segundo alguns frequentadores, ele ronda e assombra a mina. “Existe essa lenda, e há quem afirme que já o viu. O nosso geólogo, inclusive, afirma que em uma noite, dentro da mina, o fantasma o teria empurrado. Ele tem medo, mas continua trabalhando. Mas já teve funcionário daqui que pediu demissão após afirmar ter visto a assombração”, contou o gerente da mina, Dinei Oliveira.
Mãe do Ouro
FOTO: UARLEN VALÉRIO
Segundo moradores dos distritos de Camargos e Bento Rodrigues, a Mãe do Ouro é uma bola de fogo que passa pelos matos da região sem queimar a vegetação. Os relatos dão conta de que, após o rompimento da barragem de Fundão, no fim do ano passado, a Mãe do Ouro vem aparecendo com frequência maior. “Eu mesmo já a vi duas vezes. É uma bola que vem enorme e, depois, vai diminuindo até sumir no chão. Eu não sei que bicho é esse, mas que dá medo na hora dá. Vai que sai alguma coisa de lá”, conta o morador Dijalma de Melo, 40.
Coral Assombrado de Camargos
FOTO: UARLEN VALÉRIO
No povoado quase deserto de Camargos, a 13 km de Mariana, um coral cantando em latim na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição vem assustando os poucos moradores da localidade. De acordo com alguns deles, à noite, é possível escutar o canto mesmo com a janela de casa fechada e a televisão ligada. Mas ninguém se arrisca a sair de casa para ver o que está acontecendo no local. “É uma história impressionante, pois o canto vem em latim, e nenhum morador daqui sabe latim, mas balbuciam algumas palavras por causa desse canto”, contou Leandro Henrique dos Santo, 40.
Noiva de Furquim
FOTO: UARLEN VALÉRIO
Segundo motoristas e moradores do distrito de Furquim, a noiva seria a assombração da vítima de um acidente de ônibus ocorrido na década de 70, no qual ela e mais 11 pessoas morreram. O fantasma, que, segundo testemunhas, é loira e usa um vestido branco, aparece bem no local do acidente, próximo ao trevo da comunidade, trecho que é conhecido também como a “curva da morte”. “O medo é tanto que teve um dia que meu cunhado estava aqui em casa até altas horas e iria voltar para casa, mas ele mora em um sítio depois do trevo. Eu perguntei para ele se ele não ia ficar com medo da noiva. E, depois disso, quem disse que ele foi embora? Não foi de jeito nenhum”, lembrou o aposentado Prisco de Souza, 78.
Maria Sabão
FOTO: UARLEN VALÉRIO
Ela é apresentada como uma escrava do século XVII, que fazia sabão com abacate e sebo em uma caverna do distrito de Passagem, em Mariana. Quem mora perto de onde a mulher fabricava seus produtos conta que ela, vez ou outra, costuma aparecer e amedrontar quem circula pelo local. “É um lugar peculiar aqui de Passagem. Tem muita gente que evitar passar perto daqui, principalmente à noite. Eu mesmo, uma vez, cheguei a ver um vulto por aqui, que creio que possa ser ela. Eu acredito”, diz Vicente Evangelista Bispo, 48.
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