Diamante ofusca violência
Atividade trouxe chance para centenas de trabalhadores se livrarem do desemprego
A cidade de Diamantina, no Alto Jequitinhonha, nasceu da extração de pedras preciosas, mas pouco de sua riqueza natural vinha sendo explorada por garimpeiros da região nas últimas três décadas. Com a virada desse cenário em 2007 - quando trabalhadores invadiram uma área conhecida como Areinha, às margens do rio Jequitinhonha, para tirar ouro e diamante -, o município voltou a sentir os reflexos da mineração. Não só a economia se fortaleceu, conforme atestam os comerciantes, como a violência caiu significativamente aos olhos da população.
A sensação de segurança se comprova nas estatísticas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). De 2007 para 2011, fase em que os garimpeiros tomaram conta da Areinha e alguns passaram a faturar alto, o índice de crimes violentos caiu 68% em Diamantina, passando de 161 casos para 51. A taxa de crimes para cada 100 mil habitantes, que era de 349,7 em 2007 - a maior da década - foi de 109,3 no ano passado.
Já de 2000 a 2007, período em que a Areinha ainda vivia sob o domínio exclusivo da Mineração Rio Novo, o índice de crimes violentos na cidade subiu 437%, passando de 30 casos para 161. Nessa fase, o crescimento da criminalidade foi gradativo, com exceção de 2003 e 2004, que registraram ligeira queda.
Para o presidente da Associação de Proteção à Família do Garimpeiro de Diamantina (Aprogadi), Aélcio Freire Vial, a explicação para o declínio da violência nos últimos quatro anos está na ocupação de centenas de trabalhadores, que reencontraram no garimpo a chance para se livrar do desemprego. "A Areinha está ajudando a reverter a situação de marginalidade que deram ao garimpeiro", disse.
Patrimônio. A Guarda Municipal e a Polícia Militar de Diamantina confirmaram que, nos últimos anos, houve uma queda no número de pessoas que viviam ociosas nos bares e nas ruas, gerando sensação de insegurança na população. O gerente de trânsito da Guarda Municipal Itacoaracy Pires prefere não associar a redução da violência ao garimpo, mas disse que, de 2008 para cá, caiu também o índice de crimes contra o patrimônio. "Os furtos de carro, por exemplo, tiveram queda".
O empresário Agnus Morais é um dos que observam a melhora. "Agora, a gente consegue andar tranquilo. Dá para estacionar e deixar o carro aberto", afirmou. Para ele, a causa disso é o garimpo, que voltou a dar sustento para as famílias. "Essa é a tradição da cidade. A atividade precisa ser regularizada".
Autoridades, no entanto, acreditam que a criminalidade pode estar concentrada na Areinha. Segundo o superintendente estadual de Fiscalização Ambiental Integrada, Breno Esteves Lasmar, "existe informação de que há drogas por lá e pessoas com mandado de prisão em aberto".
A sensação de segurança se comprova nas estatísticas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). De 2007 para 2011, fase em que os garimpeiros tomaram conta da Areinha e alguns passaram a faturar alto, o índice de crimes violentos caiu 68% em Diamantina, passando de 161 casos para 51. A taxa de crimes para cada 100 mil habitantes, que era de 349,7 em 2007 - a maior da década - foi de 109,3 no ano passado.
Já de 2000 a 2007, período em que a Areinha ainda vivia sob o domínio exclusivo da Mineração Rio Novo, o índice de crimes violentos na cidade subiu 437%, passando de 30 casos para 161. Nessa fase, o crescimento da criminalidade foi gradativo, com exceção de 2003 e 2004, que registraram ligeira queda.
Para o presidente da Associação de Proteção à Família do Garimpeiro de Diamantina (Aprogadi), Aélcio Freire Vial, a explicação para o declínio da violência nos últimos quatro anos está na ocupação de centenas de trabalhadores, que reencontraram no garimpo a chance para se livrar do desemprego. "A Areinha está ajudando a reverter a situação de marginalidade que deram ao garimpeiro", disse.
Patrimônio. A Guarda Municipal e a Polícia Militar de Diamantina confirmaram que, nos últimos anos, houve uma queda no número de pessoas que viviam ociosas nos bares e nas ruas, gerando sensação de insegurança na população. O gerente de trânsito da Guarda Municipal Itacoaracy Pires prefere não associar a redução da violência ao garimpo, mas disse que, de 2008 para cá, caiu também o índice de crimes contra o patrimônio. "Os furtos de carro, por exemplo, tiveram queda".
O empresário Agnus Morais é um dos que observam a melhora. "Agora, a gente consegue andar tranquilo. Dá para estacionar e deixar o carro aberto", afirmou. Para ele, a causa disso é o garimpo, que voltou a dar sustento para as famílias. "Essa é a tradição da cidade. A atividade precisa ser regularizada".
Autoridades, no entanto, acreditam que a criminalidade pode estar concentrada na Areinha. Segundo o superintendente estadual de Fiscalização Ambiental Integrada, Breno Esteves Lasmar, "existe informação de que há drogas por lá e pessoas com mandado de prisão em aberto".
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