O garimpo do diamante começou no início dos anos 2000 nas terras dos cinta-larga, onde continua até hoje, também com aliciamento de indígenas
Responsável por mortes e destruição ambiental em território dos índios cinta-larga, o garimpo de diamantes ganhou uma nova frente na vizinha Terra Indígena Sete de Setembro, dos paiter-suruís. A invasão coloca em risco uma das principais referências de gestão territorial da Amazônia.
Nesta quarta-feira (16), agentes do GEF (Grupo Especializado de Fiscalização) do Ibama tentaram desmontar um dos principais focos de garimpo da Sete de Setembro, situada entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, mas foram impedidos por paiter-suruís aliciados por garimpeiros.
Imagens da operação mostram que os indígenas ameaçaram entrar em confronto com os agentes, que só conseguiram queimar uma das pelo menos cinco escavadeiras no local. A um custo de R$ 500 mil por unidade, é o equipamento mais caro do garimpo.
O garimpo do diamante começou no início dos anos 2000 nas terras dos cinta-larga, onde continua até hoje, também com aliciamento de indígenas. A região é considerada uma das maiores jazidas do mundo.
O auge da exploração ocorreu em 2004, quando havia cerca de 5.000 não-índios no local. Naquele ano, os cinta-larga mataram 29 deles, provocando uma interrupção temporária.
Contrário à atividade, o cacique Almir Suruí diz que os primeiros diamantes foram encontrados neste ano, aumentando a invasão na 7 de Setembro –desde 2014, havia começado o garimpo ilegal de ouro dentro da terra indígena.
"Isso traz impactos ambientais e sociais e também cria uma briga interna muito grande. Explorar ilegalmente só traz prejuízo", afirma Almir, 42, uma das lideranças indígenas mais reconhecidas no Brasil.
Sob o comando de Almir, os paiter-suruís, contactados pelo branco em 1969, se tornaram o primeiro povo indígena do mundo a vender créditos de carbono, cujo dinheiro financia projetos como plantações de banana e extração do babaçu.
Almir também negociou um acordo com o Google para monitorar a terra indígena por meio de georreferenciamento –ferramenta usada pelo Ibama no planejamento da operação.
Para ele, a atividade ilegal dentro da terra indígena "tira autonomia e deixa os indígenas reféns dos madeireiros e dos garimpeiros".
Na sexta-feira (18), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Funai fizeram uma reunião em Cacoal (RO) com lideranças indígenas envolvidas com garimpo para tentar convencê-las a abandonar a atividade.
"Queremos atuar de forma pacífica e coibir o garimpo ilegal sem o risco elevado de confronto dos indígenas", disse o superintendente da PF em Rondônia, Araquém Alencar.
Nesta quarta-feira (16), agentes do GEF (Grupo Especializado de Fiscalização) do Ibama tentaram desmontar um dos principais focos de garimpo da Sete de Setembro, situada entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, mas foram impedidos por paiter-suruís aliciados por garimpeiros.
Imagens da operação mostram que os indígenas ameaçaram entrar em confronto com os agentes, que só conseguiram queimar uma das pelo menos cinco escavadeiras no local. A um custo de R$ 500 mil por unidade, é o equipamento mais caro do garimpo.
O garimpo do diamante começou no início dos anos 2000 nas terras dos cinta-larga, onde continua até hoje, também com aliciamento de indígenas. A região é considerada uma das maiores jazidas do mundo.
O auge da exploração ocorreu em 2004, quando havia cerca de 5.000 não-índios no local. Naquele ano, os cinta-larga mataram 29 deles, provocando uma interrupção temporária.
Contrário à atividade, o cacique Almir Suruí diz que os primeiros diamantes foram encontrados neste ano, aumentando a invasão na 7 de Setembro –desde 2014, havia começado o garimpo ilegal de ouro dentro da terra indígena.
"Isso traz impactos ambientais e sociais e também cria uma briga interna muito grande. Explorar ilegalmente só traz prejuízo", afirma Almir, 42, uma das lideranças indígenas mais reconhecidas no Brasil.
Sob o comando de Almir, os paiter-suruís, contactados pelo branco em 1969, se tornaram o primeiro povo indígena do mundo a vender créditos de carbono, cujo dinheiro financia projetos como plantações de banana e extração do babaçu.
Almir também negociou um acordo com o Google para monitorar a terra indígena por meio de georreferenciamento –ferramenta usada pelo Ibama no planejamento da operação.
Para ele, a atividade ilegal dentro da terra indígena "tira autonomia e deixa os indígenas reféns dos madeireiros e dos garimpeiros".
Na sexta-feira (18), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Funai fizeram uma reunião em Cacoal (RO) com lideranças indígenas envolvidas com garimpo para tentar convencê-las a abandonar a atividade.
"Queremos atuar de forma pacífica e coibir o garimpo ilegal sem o risco elevado de confronto dos indígenas", disse o superintendente da PF em Rondônia, Araquém Alencar.
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