Avental
Peça de vestuário obrigatória para que um maçom possa participar dos trabalhos em uma loja. O avental dos aprendizes é branco, e simboliza a inocência. Deve ser usado com a aba levantada, para proteger o aprendiz durante o trabalho com a “pedra bruta”. Isso é uma alusão ao estágio inicial do trabalho de um pedreiro, em que ele precisa começar a talhar a pedra desde o início.
Bolas
Durante o exame de candidatos à admissão ou na votação para o Regimento Interno, são usadas esferas – tradição que remonta aos Cavaleiros da Távola Redonda. As bolas simbolizam as esferas que regem o Universo. Em uma loja, há duas esferas: uma para a Terra e outra para o Cosmo, localizadas acima das Colunas B e J. As esferas de escrutínio, usadas nas votações, podem ser brancas (aprovam a questão colocada de acordo com as normas do Regimento Interno) ou pretas (reprovam a questão).
Calendário maçônico brasileiro
O ano maçônico começa em 21 de Niçan (ou Nisan, março) no Brasil. Os meses começam sempre no dia 21, e terminam no dia 20 seguinte. Mas os maçons geralmente empregam o calendário comum, gregoriano. Nesses casos, usa-se a expressão EV (Era Vulgar), indicando que a data em questão é correspondente ao calendário comum e não ao maçônico.
Veja os meses da Maçonaria brasileira:
Março – Niçan (mês das espigas)
Abril – Içar (primavera, mês da magia)
Maio – Sivan
Junho – Tamuz
Julho – Ab
Agosto – Elul
Setembro – Etramon
Outubro – Maskevan
Novembro – Crisleu
Dezembro – Thebet
Janeiro – Sabet
Fevereiro – Adar
Março – Niçan (mês das espigas)
Abril – Içar (primavera, mês da magia)
Maio – Sivan
Junho – Tamuz
Julho – Ab
Agosto – Elul
Setembro – Etramon
Outubro – Maskevan
Novembro – Crisleu
Dezembro – Thebet
Janeiro – Sabet
Fevereiro – Adar
Delta luminoso
Atrás do Trono do Venerável Mestre, posicionado acima de sua cabeça e no formato de um triângulo com um olho no centro, fica o Delta Luminoso – assim chamado por sua forma triangular e por sempre ter uma fonte de luz incidente. Representa a presença física do Grande Arquiteto do Universo – onipresente – e sugere o uso de uma visão espiritual (a chamada terceira visão).
Estrela do Oriente
Com cinco pontas, ela simboliza o homem em seus cinco aspectos – físico, mental, emocional, intuitivo e espiritual. Ao fundo, observa-se a pirâmide com o olho que tudo vê, uma alusão a Deus.
Fitão
Faixa que alguns maçons de determinados graus usam a tiracolo. É inspirada na faixa na qual ficava a espada na época da Cavalaria.
Grande Oriente
Antigamente, era o lugar onde se realizavam as convenções de todas as Grandes Lojas de um país. Com o tempo, porém, virou sinônimo de Grande Loja. No Brasil, há uma Grande Loja para cada estado e vários Grandes Orientes. No início, a Maçonaria brasileira era centralizada em um só Grande Oriente. Com o passar do tempo, uma dissidência o fez dividir-se em duas entidades independentes entre si. Mais tarde, outra dissidência levou ao surgimento do Supremo Conselho. Legitimado pela Carta Constitutiva da Suíça, ele conseguiu juntar as lojas dispersas e criou oito Grandes Lojas. Hoje em dia, somente duas instituições são consideradas regulares: as Grandes Lojas Simbólicas e o Grande Oriente do Brasil.
Hermes Trismegisto (Hermetismo)
Figura mitológica que aparece em um dos altos graus da Maçonaria Filosófica cujo nome significa “três vezes grande”. É, para os gregos e os egípcios, o pai da ciência, e é considerado o patrono dos Alquimistas da Idade Média. Tem 7 princípios, que são: Mentalismo (“o Universo é mente”); Correspondência (“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”); Vibração (“Nada há parado. Tudo se move e vibra”); Polaridade (“Tudo é duplo, tudo tem polos, tudo tem seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados”); Ritmo (“Tudo tem fluxo e refluxo. Tudo tem suas marés. Tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”); Causa e Efeito (“Todas as coisas têm seu Efeito, todo Efeito tem sua causa. Tudo acontece de acordo com a Lei. O Acaso é simplesmente o nome dado a uma lei não reconhecida, mas nada escapa à Lei”); Gênero (“O Gênero está em tudo. Tudo tem seu princípio masculino e seu princípio feminino. O Gênero se manifesta em todos os planos”). De Hermes Trismegisto deriva a doutrina do Hermetismo. Ela trata do conjunto de práticas secretas da magia que ainda é usado em alguns países. O exemplo mais comum é a Astrologia, suas previsões e o estudo da suposta influência dos astros sobre a vida humana. Do ponto de vista maçônico, o Hermetismo é uma referência aos Alquimistas.
Iod
Sobre o dossel do trono do Venerável Mestre, há um triângulo de cristal puro, transparente e imaculado. No centro do cristal, é inserida ou pintada a letra hebraica IOD (10ª letra do alfabeto hebraico), cuja aparência se assemelha a uma vírgula. O símbolo é o emblema material da máxima divindade, do Deus Criador. É também o símbolo do gênero humano, pois sua forma lembra a de um espermatozoide. Segundo a lenda da criação da mulher a partir de uma costela de Adão, acredita-se que o princípio da criação foi masculino. Daí a Maçonaria não admitir mulheres.
Joias
Do latim significa “aquilo que traz alegria”. A joia maçônica tem dois sentidos: 1) ornamento que identifica quem o usa dentro da administração. 2) símbolo máximo da loja, representando as virtudes maçônicas, na forma do conjunto: esquadro, compasso e Livro da Lei. Em geral, a joia enquanto ornamento é colocada em uma fita que se pendura ao redor do pescoço. A loja possui joias específicas, que são divididas em dois grupos, as móveis (Pedra Bruta, Pedra Polida e Prancheta) não têm lugar fixo e são consideradas dessa forma porque transmitem alegria ao trabalhador, ou seja, o maçom. Também são usadas na construção do Grande Templo Espiritual, ou a forma como cada um deve encarar sua evolução espiritual. Há também as imóveis ou fixas (Esquadro, Nível e Prumo), que identificam de maneira específica a pessoa que ocupa certo cargo, como o Venerável Mestre (Esquadro), o Primeiro Vigilante (Nível) e o Segundo Vigilante (Prumo). Essas mesmas joias decoram os altares desses cargos. A administração de uma loja possui 20 cargos ao todo. Cada um usa uma determinada joia, nesta ordem:
Venerável mestre:Esquadro | Primeiro vigilante: Nível | Segundo vigilante: Prumo | Orador: Livro | Secretário:Penas cruzadas |
Tesoureiro: Chaves Cruzadas | Chanceler: Timbre | Primeiro diácono: Malho ou Pomba ou ambos | Segundo diácono: Trolha ou Pomba ou ambas | Mestre de cerimônias:Régua ou dois bastões cruzados |
Primeiro experto:Punhal | Hospitaleiro:Bolsa | Porta-estandarte:Estandarte | Porta-espada:Espada | Mestre de banquetes:Cornucópia |
Arquiteto: Maço de cinzel | Mestre de harmonia: Lira | Bibliotecário: Pena sobre um livro | Guarda do templo: Espadas cruzadas | Cobridor externo:Alfanje |
Laço simbólico
Um laço – arranjo feito com corda – simboliza o amor fraterno. Em um templo, há a Corda dos Oitenta e Um Nós. Nela, são feitos nós leves, com a laçada frouxa. Isso canaliza a energia que os maçons emitem para ser distribuída igualmente para todos. Cada um emite e recebe como retorno a energia somada. O arranjo é fixado na parte superior do Templo e representa os laços de amor fraterno.
Misticismo em cargos da loja
A Maçonaria acredita que os principais cargos de uma loja são ligados, de uma certa forma, ao misticismo religioso da Mesopotâmia.
Veja as relações:
Venerável mestre: associado ao planeta Júpiter, símbolo de sabedoria.
Primeiro vigilante: associado ao planeta Marte, símbolo da força.
Segundo vigilante: associado ao planeta Vênus, símbolo da beleza.
Orador: associado ao Sol, astro emanador de luz, guarda a lei maçônica, além de ser responsável pelas peças da arquitetura.
Secretário: associado com a Lua, pois reflete as conclusões do Orador.
Tesoureiro: associado ao planeta Saturno, símbolo da riqueza.
Mestre de cerimônias: associado ao planeta Mercúrio, já que esse cargo, bem como o planeta, circula pela loja como elemento de ligação.
Venerável mestre: associado ao planeta Júpiter, símbolo de sabedoria.
Primeiro vigilante: associado ao planeta Marte, símbolo da força.
Segundo vigilante: associado ao planeta Vênus, símbolo da beleza.
Orador: associado ao Sol, astro emanador de luz, guarda a lei maçônica, além de ser responsável pelas peças da arquitetura.
Secretário: associado com a Lua, pois reflete as conclusões do Orador.
Tesoureiro: associado ao planeta Saturno, símbolo da riqueza.
Mestre de cerimônias: associado ao planeta Mercúrio, já que esse cargo, bem como o planeta, circula pela loja como elemento de ligação.
Também há quem faça a associação dos cargos com a mitologia grega, da seguinte forma:
Venerável mestre: associação com Zeus por ser o dirigente da loja. É ligado também a Atena, deusa da sabedoria, já que esse oficial deve ter qualidades como sabedoria, prudência, inteligência e discernimento para a direção.
Primeiro vigilante: associado com Ares, deus da guerra. Também é relacionado a Héracles (ou Hércules), “o mais forte e vigoroso dos homens”.
Segundo vigilante: associado com Afrodite, deusa do amor e da beleza.
Orador: associado com Apolo, deus do Sol e criador da poesia e da música.
Secretário: ligado a Ártemis, deusa da Lua, da caça e das flores.
Tesoureiro: associado a Cronos, pai de Zeus. Titã, foi um dos deuses primordiais, que estiveram no início de todas as coisas.
Mestre de cerimônias: associado a Hermes, mensageiro dos deuses, pois esse oficial é considerado o mensageiro dos dirigentes da loja.
Primeiro vigilante: associado com Ares, deus da guerra. Também é relacionado a Héracles (ou Hércules), “o mais forte e vigoroso dos homens”.
Segundo vigilante: associado com Afrodite, deusa do amor e da beleza.
Orador: associado com Apolo, deus do Sol e criador da poesia e da música.
Secretário: ligado a Ártemis, deusa da Lua, da caça e das flores.
Tesoureiro: associado a Cronos, pai de Zeus. Titã, foi um dos deuses primordiais, que estiveram no início de todas as coisas.
Mestre de cerimônias: associado a Hermes, mensageiro dos deuses, pois esse oficial é considerado o mensageiro dos dirigentes da loja.
Oriente
Posição mais importante para a simbologia maçônica, pois é de onde nasce a luz astronômica, esotérica e espiritual. É a posição do Venerável Mestre e seu Trono. De lá, ele comanda o andamento dos trabalhos de uma posição puramente orientadora, como sugere a palavra “oriente”.
Piso xadrez
Representa povos do mundo unidos pela Maçonaria. Os triângulos e quadrados simbolizam a harmonia que pode existir na diversidade. Também sintetizam os contrários: bem e mal, corpo e espírito.
Sanctum sanctorum
Do latim, “Santo dos Santos”. Refere-se ao compartimento mais interno do Tabernáculo, construído por Moisés após sua saída do Egito. Nesse local ficava a Arca da Aliança. Nos Grandes Templos, o Sanctum Sanctorum era separado dos demais por um véu, já que era o local onde a presença de Deus se fazia sentir na Terra. Esse véu também protegia esse local, pois não era permitido às pessoas ver o que havia lá dentro. Quando Jesus morreu na cruz, o véu rompeu-se, eliminando o intermediário entre Deus e o homem. Na Maçonaria, o Oriente recebe uma “arca da aliança”, no grau de Mestre Secreto. Esse é o Sanctum Sanctorum do Templo.
Templo
O Templo de Perfeição é o título dado à terceira câmara de recepção do 5º Grau Escocês do Rito Moderno ou do Francês. Do templo de Salomão, a única evidência de sua existência é o Muro das Lamentações, em Jerusalém. O maçom usa esses documentos históricos para entender a filosofia de cada objeto e adorno utilizado lá. Com esse conhecimento, ele deve fazer, dentro de si, um Templo igual, incluindo a presença do Grande Arquiteto do Universo. O templo maçônico é o lugar onde acontecem os trabalhos no interior das lojas. Cada templo segue uma arquitetura inspirada em diretrizes estabelecidas nas Sagradas Escrituras. Eles também obedecem à situação solar e usam símbolos estabelecidos desde eras remotas, que separam o espaço em diferentes partes.
Venerável
Título concedido ao máximo dirigente de uma loja. A origem do termo está no século 17, quando foi usado pelas guildas inglesas (originalmente, “Worshipful”). O dirigente atinge esse cargo porque se torna o maçom que pode orientar e dirigir de forma totalmente independente, atrelado apenas a preceitos e rituais para tomar suas decisões.
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