quarta-feira, 26 de abril de 2017

Comandante diz que EUA precisam fortalecer defesa contra mísseis da Coreia do Norte

Comandante diz que EUA precisam fortalecer defesa contra mísseis da Coreia do Norte

quarta-feira, 26 de abril de 2017
 


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Comandante Harry Harris fala no Congresso dos EUA
26/4/2017     REUTERS/Yuri Gripas
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Por Phil Stewart e David Brunnstrom WASHINGTON (Reuters) - O principal comandante dos Estados Unidos no Pacífico disse ao Congresso nesta terça-feira que os EUA podem ter que fortalecer suas defesas contra mísseis, em especial no Havaí, dado a crescente ameaça dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. Pouco antes de o Senado norte-americano inteiro receber instruções de alto nível sobre a Coreia do Norte na Casa Branca, o almirante Harry Harris disse acreditar que as ameaças de Pyongyang contra os EUA precisam ser levadas a sério. A ameaça crescente do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte é talvez o desafio de segurança mais sério enfrentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Ele prometeu evitar que a Coreia do Norte consiga atingir os EUA com um míssil nuclear. Harris disse a parlamentares que o sistema de defesa de mísseis Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) estará operacional “nos próximos dias”. Ele disse que as defesas no Havaí são suficientes por ora, mas podem um dia ficar sobrecarregadas, e sugeriu estudar a implementação de novos radares na área, assim como interceptadores para derrubar quaisquer mísseis norte-coreanos em curso. “Não compartilho de sua confiança de que a Coreia do Norte não irá atacar a Coreia do Sul, ou o Japão, ou os Estados Unidos... assim que tiver a capacidade”, disse Harris a um parlamentar. Washington e Pyongyang aumentaram alertas entre si nas semanas recentes em meio a preocupações de que Pyongyang possa conduzir em breve um sexto teste de bomba nuclear. Washington havia dito que todas as opções estão na mesa, incluindo ataques militares, mas autoridades destacaram que o foco atual são as sanções elevadas contra a Coreia do Norte, que devem ser discutidas na sexta-feira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) presidido pelo secretário de Defesa dos EUA, Rex Tillerson. Na reunião na Casa Branca com os senadores, o governo dos EUA afirmou que a estratégia de Trump sobre a Coreia do Norte visa pressionar Pyongyang a desmantelar seus programas de mísseis nucleares e balísticos ao impor sanções, e que Washington está aberto a negociações. "Os Estados Unidos buscam estabilidade e a desnuclearização pacífica da península coreana. Continuamos abertos às negociações para alcançar esse objetivo. Porém, continuamos preparados para nos defender e a nossos aliados", informou um comunicado, emitido pelo secretário de Estado Rex Tillerson, o secretário de Defesa Jim Mattis e o diretor de Inteligência Nacional Dan Coats. As afirmações de Harris foram os mais recentes lembretes de um crescente alarme norte-americano sobre a Coreia do Norte. O país ainda precisa testar um míssil capaz de alcançar os EUA, mas especialistas dizem que a capacidade pode ser alcançada em algum momento após 2020. Autoridades norte-americanas alertaram que um conflito com a Coreia do Norte teria um efeito devastador na Coreia do Sul, aliada dos EUA, e em tropas norte-americanas na região, um ponto que Pyongyang destacou com um grande exercício na terça-feira para marcar a fundação de seu Exército. Harris reconheceu que retaliação norte-coreana a quaisquer ataques norte-americanos podem causar mortes na Coreia do Sul, mas acrescentou que há o risco “de muitos mais coreanos e japoneses e americanos morrerem caso a Coreia do Norte alcance seu objetivo nuclear e faça o que (o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Um) disse que irá fazer”. A Coreia do Norte prometeu atacar os EUA e seus aliados asiáticos ao primeiro sinal de qualquer ataque contra seu território. 

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