Cooperativas fortalecem mineração e setor cresce
Há seis anos os garimpeiros paraibanos começaram a se unir para fugir da mão dos atravessadores, legalizar a atividade, trabalhar com segurança e agregar valor aos produtos. Com a ajuda do Sebrae Paraíba e do Governo do Estado, já foram criadas sete cooperativas que reúnem 600 trabalhadores. Juntos, eles ganharam força e crédito para dar um novo rumo aos negócios. Duas unidades de beneficiamento e um centro de lapidação estão em fase de conclusão em Pedra Lavrada e Nova Palmeira, dois dos 17 municípios que formam o Arranjo Produtivo de Minério da Paraíba.
Em Nova Palmeira, a Coogarimpo está investindo R$ 446 mil do Programa Empreender Paraíba na construção de uma unidade de beneficiamento de pegmatitos, materiais utilizados na indústria cerâmica. A tonelada bruta de minerais como feldspato, albita e mica, que hoje custa R$ 20, passará para R$ 125, depois do processo de melhoramento, realizado em equipamentos de última geração. Nas indústrias de construção, esse minerais se transformam em pisos, louças sanitárias, tintas e porcelanato.
Entusiasmados com as novas possibilidades de negócios, os garimpeiros do município também decidiram criar um centro de lapidação para fabricação de bijuterias finas, utilizando pedras como quartzo, turmalina, safira, rubi, água marinha, granada, citrino e outros minerais extraídos na região. O centro, construído com recursos do Banco Mundial e Projeto Cooperar, deverá ser inaugurado este ano. Cinquenta mulheres e dez jovens aprendizes trabalharão na confecção das peças, que já têm destino certo.
“No centro, trabalharão mulheres, irmãs, filhas e primas dos garimpeiros, além de dez jovens aprendizes. A nossa ideia é montar uma linha inovadora, com peças exclusivas. Já temos duas empresas de Minas Gerais interessadas nos produtos. Faremos a venda direta, sem precisar do intermediário dos atravessadores. Esse é apenas um dos benefícios do cooperativismo”, disse Rhutinéa Dilenna, gestora da cooperativa. A unidade de beneficiamento de Pedra Lavrada também deverá ficar pronta ainda este ano.
Resistência - Segundo o Sebrae Paraíba, cerca de 35 mil pessoas sobrevivem da exploração de minérios nas regiões do Curimatau, Seridó e Sabugi. Mas apenas 10% dos garimpeiros se renderam às cooperativas. “Ainda há uma resistência muito forte. Passamos quatro anos para criar as cooperativas que temos hoje, mas continuamos fazendo um trabalho de conscientização para que outros garimpeiros saíam da ilegalidade e possam exercer a atividade de forma mais segura e sem exploração da mão de obra barata”, disse Marcos Magalhães, gestor do projeto de Minerais do Sebrae.
Marcos lembra que a legislação atual não permite o trabalho informal e que os garimpeiros que não se juntarem às cooperativas, serão excluídos do mercado. “O Ministério Público do Trabalho vai começar a fiscalizar de forma mais rigorosa e aqueles que não estiverem dentro das normas estabelecidas, ficarão de fora do processo num médio prazo”, disse.
Recursos garantidos - Há seis anos, o principal problema dos garimpeiros era o acesso a recursos financeiros, o que foi resolvido com ações do Projeto Cooperar e do Programa Empreender Paraíba, ambos do Governo do Estado. “Hoje, o grande gargalo é a rejeição dos garimpeiros ao cooperativismo porque ainda é muito forte no setor a cultura individualista, passada de geração para geração. Mas a CDRM, o Sebrae e demais parceiros no âmbito federal e estadual, estão trabalhando para mudar essa mentalidade e fazê-los entender que a formalização da atividade é o único caminho para a sustentabilidade na pequena mineração”, disse Marcelo Falcão, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM).
Além de Pedra Lavrada e Nova Palmeira, a atividade é exercida nos seguintes municípios: Juazeirinho, Junco do Seridó, Várzea, Assunção, Tenório, Soledade, Seridó, Picuí, Frei Martinho, Cubati, Salgadinho, São Mamede, São José do Sabugi, Santa Luzia e Damião.
Nesses municípios, são encontrados vários tipos de minérios. Os mais comuns são: feldspato, albita, mica, quartzo, citrino, água marinha, berilo e gemas (pedras semipreciosas). “A indústria da mineração é boa porque não depende de chuvas, pode ser explorada o ano inteiro. Temos três regiões ricas em minerais no Estado e o setor está começando a crescer com o cooperativismo. Estamos no rumo certo”, disse Marcos Magalhães.
Parceiros - O Sebrae e a CDRM trabalham em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), prefeituras municipais e Organização das Cooperativas do Estado da Paraíba (OCB – Sescoop).
Em Nova Palmeira, a Coogarimpo está investindo R$ 446 mil do Programa Empreender Paraíba na construção de uma unidade de beneficiamento de pegmatitos, materiais utilizados na indústria cerâmica. A tonelada bruta de minerais como feldspato, albita e mica, que hoje custa R$ 20, passará para R$ 125, depois do processo de melhoramento, realizado em equipamentos de última geração. Nas indústrias de construção, esse minerais se transformam em pisos, louças sanitárias, tintas e porcelanato.
Entusiasmados com as novas possibilidades de negócios, os garimpeiros do município também decidiram criar um centro de lapidação para fabricação de bijuterias finas, utilizando pedras como quartzo, turmalina, safira, rubi, água marinha, granada, citrino e outros minerais extraídos na região. O centro, construído com recursos do Banco Mundial e Projeto Cooperar, deverá ser inaugurado este ano. Cinquenta mulheres e dez jovens aprendizes trabalharão na confecção das peças, que já têm destino certo.
“No centro, trabalharão mulheres, irmãs, filhas e primas dos garimpeiros, além de dez jovens aprendizes. A nossa ideia é montar uma linha inovadora, com peças exclusivas. Já temos duas empresas de Minas Gerais interessadas nos produtos. Faremos a venda direta, sem precisar do intermediário dos atravessadores. Esse é apenas um dos benefícios do cooperativismo”, disse Rhutinéa Dilenna, gestora da cooperativa. A unidade de beneficiamento de Pedra Lavrada também deverá ficar pronta ainda este ano.
Resistência - Segundo o Sebrae Paraíba, cerca de 35 mil pessoas sobrevivem da exploração de minérios nas regiões do Curimatau, Seridó e Sabugi. Mas apenas 10% dos garimpeiros se renderam às cooperativas. “Ainda há uma resistência muito forte. Passamos quatro anos para criar as cooperativas que temos hoje, mas continuamos fazendo um trabalho de conscientização para que outros garimpeiros saíam da ilegalidade e possam exercer a atividade de forma mais segura e sem exploração da mão de obra barata”, disse Marcos Magalhães, gestor do projeto de Minerais do Sebrae.
Marcos lembra que a legislação atual não permite o trabalho informal e que os garimpeiros que não se juntarem às cooperativas, serão excluídos do mercado. “O Ministério Público do Trabalho vai começar a fiscalizar de forma mais rigorosa e aqueles que não estiverem dentro das normas estabelecidas, ficarão de fora do processo num médio prazo”, disse.
Recursos garantidos - Há seis anos, o principal problema dos garimpeiros era o acesso a recursos financeiros, o que foi resolvido com ações do Projeto Cooperar e do Programa Empreender Paraíba, ambos do Governo do Estado. “Hoje, o grande gargalo é a rejeição dos garimpeiros ao cooperativismo porque ainda é muito forte no setor a cultura individualista, passada de geração para geração. Mas a CDRM, o Sebrae e demais parceiros no âmbito federal e estadual, estão trabalhando para mudar essa mentalidade e fazê-los entender que a formalização da atividade é o único caminho para a sustentabilidade na pequena mineração”, disse Marcelo Falcão, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM).
Além de Pedra Lavrada e Nova Palmeira, a atividade é exercida nos seguintes municípios: Juazeirinho, Junco do Seridó, Várzea, Assunção, Tenório, Soledade, Seridó, Picuí, Frei Martinho, Cubati, Salgadinho, São Mamede, São José do Sabugi, Santa Luzia e Damião.
Nesses municípios, são encontrados vários tipos de minérios. Os mais comuns são: feldspato, albita, mica, quartzo, citrino, água marinha, berilo e gemas (pedras semipreciosas). “A indústria da mineração é boa porque não depende de chuvas, pode ser explorada o ano inteiro. Temos três regiões ricas em minerais no Estado e o setor está começando a crescer com o cooperativismo. Estamos no rumo certo”, disse Marcos Magalhães.
Parceiros - O Sebrae e a CDRM trabalham em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), prefeituras municipais e Organização das Cooperativas do Estado da Paraíba (OCB – Sescoop).
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