De certo modo, fazer negócios é uma atividade que sempre esteve presente na história da humanidade. Hebreus, fenícios, gregos, romanos e egípcios moldaram as relações de suas civilizações tendo como objetivo melhorar suas relações comerciais, ganhando espaço de seus concorrentes e, claro, tornando seus produtos cada vez mais relevantes.
Milênios depois que esses povos criaram as bases do comércio, muitos estudiosos dedicaram suas vidas para tornar o ato de empreender cada vez mais eficiente. Um dos mais notáveis pesquisadores dessa área foi Peter Drucker, conhecido como “pai da administração moderna”.
Essas conversas incentivaram Peter a tornar-se um pensador. Formou-se na cidade alemã de Frankfurt, onde também se tornou Doutor em Direito Público e Internacional, pela Universidade de Frankfurt.
Mudou-se para Londres, onde atuou como jornalista e economista, até resolver se mudar para os Estados Unidos, no ano de 1937, quando aceitou o cargo de correspondente internacional do prestigiado Financial Times.
No ano de 1939 Peter Drucker lançou seu primeiro livro “The End of Economic Man”, que recebeu elogios do então primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Em 1942, Peter Drucker desenvolveu uma grande pesquisa sobre a General Motors. Esse trabalho deu origem ao livro “Concept of Corporation”.
No ano de 1950 Peter mudou-se para Nova York para dar aulas de Administração na New York University.
Mudou-se, novamente, em 1971. Dessa vez com destino ao estado da Califórnia. Deu aulas por trinta anos na Claremont Graduate University, na cidade de Claremont.
A abordagem de Peter Drucker valorizava a importância humana no empreendedorismo. Não por acaso, Peter referia a si mesmo como um “ecologista social”. Ele observava o comportamento das pessoas com relação aos diferentes atores econômicos, como governos e lideranças.
A ideia de um gestor autoritário, que comanda absolutamente todas as tarefas de uma organização era algo comum antigamente. Hoje sabemos que esse tipo de gestão não traz bons resultados.
O mesmo vale para o Estado enquanto principal ator econômico. Conceitos como a privatização de empresas estatais, com o objetivo de melhorar o serviço oferecido ao consumidor são conceitos que ganharam força graças aos livros de Drucker.
Além disso, o modo com que o trabalhador é visto dentro da empresa também sofreu grandes modificações graças a Peter. Antes dele o trabalhador era visto como um agente passivo dentro da estrutura empresarial, quase como uma máquina.
Peter reverte esse quadro demonstrando que o trabalhador é um ator importante dentro do processo de produção. Não por acaso, atualmente, chamamos os trabalhadores de “colaboradores”. Essa mudança no olhar com relação à mão de obra começa com Peter Drucker.
Vamos entender melhor esse conceito?
A relação profissional se dava da seguinte maneira: o empresário oferece o salário e o empregado a mão de obra. Se você já teve a oportunidade de liderar uma equipe, deve ter percebido que, nem sempre, o dinheiro é suficiente para motivar o funcionário. Existem outros aspectos, emocionais e psicológicos que devem ser levados em consideração.
Hoje sabemos disso, e pesquisadores do mundo todo dedicam esforços para entender como melhorar o rendimento das pessoas em seus ambientes de trabalho.
Parte desses esforços teve início graças às pesquisas de Peter Drucker, quando ele nos apresenta o conceito de “administração por objetivos”.
Como vimos no início deste tópico, antigamente prezava-se por um modelo hierárquico de convivência no trabalho. Peter reverte essa ideia, quando sugere que, ao invés de um modelo vertical nas relações, a empresa optasse por um diálogo. Desse modo, os objetivos da empresa seriam definidos por mais de uma pessoa, seriam frutos de conversas entre diferentes setores da empresa.
Com isso o trabalho foi descentralizado, e se hoje podemos sugerir a você, leitor, dicas para melhorar os processos dentro de sua empresa, é porque você já sabe que é impossível ser responsável por todos eles.
A partir da Administração por Objetivos, de Peter Drucker, o mundo dos negócios entendeu que o objetivo central da empresa deveria ser desmembrado em outras metas, menores. Desse modo era mais fácil acompanhar o desempenho de cada uma delas.
Se formos analisar modelos de negócios mais antigos, como as montadoras de automóveis, veremos que hoje elas possuem muitos departamentos, e os colaboradores têm outros objetivos dentro da empresa, além de cumprir com sua carga horária.
Benefícios são oferecidos a quem trabalha, de modo com que a pessoa se sinta valorizada e motivada.
Hoje a Administração por Objetivos começa a ser questionada. Algo natural, afinal, o conceito ajudou empresas a partir da década de 60. Nesse período a competitividade era menor e os negócios não tinham que lidar com a influência da internet, que modificou para sempre a forma com que a informação é distribuída.
No passado era comum imaginar que o público deveria se adaptar ao produto. Como se fosse responsabilidade do cliente entender um serviço e gostar dele.
Hoje sabemos que não é assim. Cabe à empresa adaptar seu produto, de modo com que ele se torne relevante e atraente ao consumidor.
O Marketing tem esse papel. Para Peter Drucker, quando a empresa conhece seu cliente em profundidade, entende seus hábitos de consumo e sabe qual demanda ele espera que seja solucionada, o produto se venderá sozinho.
É justamente esse o pensamento que permeia o empresário de hoje: entender o comportamento do consumidor.
Segundo Drucker não existem países subdesenvolvidos, mas subgeridos. O que nos leva a concluir que a distância entre a objetividade do modelo administrativo do setor privado deveria ser adotada pela gestão pública.
Druker também incluiu em seus estudos a necessidade da privatização de serviços, por parte do Estado, para garantir que os consumidores tivessem acesso a serviços de melhore qualidade.
Para o pesquisador, aspectos como o terrorismo estavam diretamente ligados ao fracasso econômico dos países que originam terroristas. Para ele, o abismo econômico formado pela distância entre os mais ricos e os mais pobres é um dos fatores que ocasiona o extremismo e a violência.
Em 2001 Drucker mencionou que a globalização estava alicerçada no desejo de todos os países em terem um padrão de vida — e consumo — semelhante ao mundo ocidental, tido como um ideal.
Isso explicaria o fato de que os chineses desejassem consumir como os americanos, em um momento no qual não tinham esse poder de compra.
Quando observamos que hoje o governo chinês está priorizando seu mercado interno, percebemos que Drucker estava certo.
Peter Drucker defendeu que essa era a grande vantagem que o Brasil tinha em relação à sua economia, um mercado interno carente de bons serviços e com desejo de tê-los: “Se fosse brasileiro, na próxima década, eu investiria em serviços financeiros, educação e prestação de serviços em geral. As oportunidades não estarão na exportação, mas na satisfação das próprias necessidades internas”, recomendou.
Analisando o crescente número de brasileiros interessados em estudar, assim como a popularização das faculdades on-line, percebemos que, mais uma vez, a análise feita por Drucker estava correta.
Analisar os diferentes aspectos que formam o ato de administrar uma empresa foi o grande legado de Peter Drucker. Ele conseguiu ressignificar os conhecimentos em Psicologia, História, Economia e Matemática, concluindo como tudo isso deveria ser aplicado à Administração.
Ainda que hoje aspectos como o relacionamento interpessoal dentro da empresa, a importância da eficiência na gestão pública e privada e a relevância do conhecimento no comportamento do consumidor sejam assuntos comum no mundo dos negócios, nada disso seria possível sem a grande contribuição de Peter Drucker, que humanizou uma atividade que antes era vista apenas como um amontoado de números.
Peter Drucker dedicou seus últimos anos de vida ajudando instituições sem fins lucrativos a desenvolverem autonomia e melhorarem seu modelo de trabalho. O pesquisador se preocupava com a ambição exagerada de muitos empresários, e a busca incansável pelo lucro, sem pensar no desenvolvimento da sociedade.
Como vimos neste artigo valorizar o capital intelectual dos colaboradores é um desafio do empreendedor.
Milênios depois que esses povos criaram as bases do comércio, muitos estudiosos dedicaram suas vidas para tornar o ato de empreender cada vez mais eficiente. Um dos mais notáveis pesquisadores dessa área foi Peter Drucker, conhecido como “pai da administração moderna”.
Quem foi Peter Drucker?
Nascido em Viena, no ano de 1909, Peter Drucker passou sua infância e juventude em um ambiente estimulante. Seus pais Adolph e Caroline eram pessoas influentes, que promoviam debates sobre política, economia e cultura em sua casa.Essas conversas incentivaram Peter a tornar-se um pensador. Formou-se na cidade alemã de Frankfurt, onde também se tornou Doutor em Direito Público e Internacional, pela Universidade de Frankfurt.
Mudou-se para Londres, onde atuou como jornalista e economista, até resolver se mudar para os Estados Unidos, no ano de 1937, quando aceitou o cargo de correspondente internacional do prestigiado Financial Times.
No ano de 1939 Peter Drucker lançou seu primeiro livro “The End of Economic Man”, que recebeu elogios do então primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Em 1942, Peter Drucker desenvolveu uma grande pesquisa sobre a General Motors. Esse trabalho deu origem ao livro “Concept of Corporation”.
No ano de 1950 Peter mudou-se para Nova York para dar aulas de Administração na New York University.
Mudou-se, novamente, em 1971. Dessa vez com destino ao estado da Califórnia. Deu aulas por trinta anos na Claremont Graduate University, na cidade de Claremont.
A abordagem de Peter Drucker valorizava a importância humana no empreendedorismo. Não por acaso, Peter referia a si mesmo como um “ecologista social”. Ele observava o comportamento das pessoas com relação aos diferentes atores econômicos, como governos e lideranças.
Ideias de Peter Drucker
Muito do que se pratica nas empresas hoje é fruto do trabalho de Peter Drucker. A descentralização no ambiente corporativo é um exemplo.A ideia de um gestor autoritário, que comanda absolutamente todas as tarefas de uma organização era algo comum antigamente. Hoje sabemos que esse tipo de gestão não traz bons resultados.
O mesmo vale para o Estado enquanto principal ator econômico. Conceitos como a privatização de empresas estatais, com o objetivo de melhorar o serviço oferecido ao consumidor são conceitos que ganharam força graças aos livros de Drucker.
Além disso, o modo com que o trabalhador é visto dentro da empresa também sofreu grandes modificações graças a Peter. Antes dele o trabalhador era visto como um agente passivo dentro da estrutura empresarial, quase como uma máquina.
Peter reverte esse quadro demonstrando que o trabalhador é um ator importante dentro do processo de produção. Não por acaso, atualmente, chamamos os trabalhadores de “colaboradores”. Essa mudança no olhar com relação à mão de obra começa com Peter Drucker.
Vamos entender melhor esse conceito?
Seus principais ensinamentos
Se você já assistiu filmes que retratam o trabalho na época da Revolução Industrial, deve ter percebido que a opinião — e o bem-estar — do trabalhador não era levada em conta.A relação profissional se dava da seguinte maneira: o empresário oferece o salário e o empregado a mão de obra. Se você já teve a oportunidade de liderar uma equipe, deve ter percebido que, nem sempre, o dinheiro é suficiente para motivar o funcionário. Existem outros aspectos, emocionais e psicológicos que devem ser levados em consideração.
Hoje sabemos disso, e pesquisadores do mundo todo dedicam esforços para entender como melhorar o rendimento das pessoas em seus ambientes de trabalho.
Parte desses esforços teve início graças às pesquisas de Peter Drucker, quando ele nos apresenta o conceito de “administração por objetivos”.
Como vimos no início deste tópico, antigamente prezava-se por um modelo hierárquico de convivência no trabalho. Peter reverte essa ideia, quando sugere que, ao invés de um modelo vertical nas relações, a empresa optasse por um diálogo. Desse modo, os objetivos da empresa seriam definidos por mais de uma pessoa, seriam frutos de conversas entre diferentes setores da empresa.
Com isso o trabalho foi descentralizado, e se hoje podemos sugerir a você, leitor, dicas para melhorar os processos dentro de sua empresa, é porque você já sabe que é impossível ser responsável por todos eles.
A partir da Administração por Objetivos, de Peter Drucker, o mundo dos negócios entendeu que o objetivo central da empresa deveria ser desmembrado em outras metas, menores. Desse modo era mais fácil acompanhar o desempenho de cada uma delas.
Se formos analisar modelos de negócios mais antigos, como as montadoras de automóveis, veremos que hoje elas possuem muitos departamentos, e os colaboradores têm outros objetivos dentro da empresa, além de cumprir com sua carga horária.
Benefícios são oferecidos a quem trabalha, de modo com que a pessoa se sinta valorizada e motivada.
Hoje a Administração por Objetivos começa a ser questionada. Algo natural, afinal, o conceito ajudou empresas a partir da década de 60. Nesse período a competitividade era menor e os negócios não tinham que lidar com a influência da internet, que modificou para sempre a forma com que a informação é distribuída.
O consumidor é importante
Pode parecer estranho, mas em algum momento da história as empresas não davam a devida atenção ao consumidor. Hoje as organizações dedicam muito tempo tentando entender como o cliente pensa. Hoje temos o Marketing, e, de certa forma, essa conquista também é fruto do trabalho de Peter Drucker.No passado era comum imaginar que o público deveria se adaptar ao produto. Como se fosse responsabilidade do cliente entender um serviço e gostar dele.
Hoje sabemos que não é assim. Cabe à empresa adaptar seu produto, de modo com que ele se torne relevante e atraente ao consumidor.
O Marketing tem esse papel. Para Peter Drucker, quando a empresa conhece seu cliente em profundidade, entende seus hábitos de consumo e sabe qual demanda ele espera que seja solucionada, o produto se venderá sozinho.
É justamente esse o pensamento que permeia o empresário de hoje: entender o comportamento do consumidor.
Peter Drucker e o Brasil
Peter Drucker visitou nosso país diversas vezes. Era um admirador da brasileira Embraer — uma das gigantes da aviação mundial —. Ao conhecer o presidente Juscelino Kubitschek entusiasmou-se com a ideia da construção de Brasília.Segundo Drucker não existem países subdesenvolvidos, mas subgeridos. O que nos leva a concluir que a distância entre a objetividade do modelo administrativo do setor privado deveria ser adotada pela gestão pública.
Druker também incluiu em seus estudos a necessidade da privatização de serviços, por parte do Estado, para garantir que os consumidores tivessem acesso a serviços de melhore qualidade.
Para o pesquisador, aspectos como o terrorismo estavam diretamente ligados ao fracasso econômico dos países que originam terroristas. Para ele, o abismo econômico formado pela distância entre os mais ricos e os mais pobres é um dos fatores que ocasiona o extremismo e a violência.
Em 2001 Drucker mencionou que a globalização estava alicerçada no desejo de todos os países em terem um padrão de vida — e consumo — semelhante ao mundo ocidental, tido como um ideal.
Isso explicaria o fato de que os chineses desejassem consumir como os americanos, em um momento no qual não tinham esse poder de compra.
Quando observamos que hoje o governo chinês está priorizando seu mercado interno, percebemos que Drucker estava certo.
Peter Drucker defendeu que essa era a grande vantagem que o Brasil tinha em relação à sua economia, um mercado interno carente de bons serviços e com desejo de tê-los: “Se fosse brasileiro, na próxima década, eu investiria em serviços financeiros, educação e prestação de serviços em geral. As oportunidades não estarão na exportação, mas na satisfação das próprias necessidades internas”, recomendou.
Analisando o crescente número de brasileiros interessados em estudar, assim como a popularização das faculdades on-line, percebemos que, mais uma vez, a análise feita por Drucker estava correta.
Analisar os diferentes aspectos que formam o ato de administrar uma empresa foi o grande legado de Peter Drucker. Ele conseguiu ressignificar os conhecimentos em Psicologia, História, Economia e Matemática, concluindo como tudo isso deveria ser aplicado à Administração.
Ainda que hoje aspectos como o relacionamento interpessoal dentro da empresa, a importância da eficiência na gestão pública e privada e a relevância do conhecimento no comportamento do consumidor sejam assuntos comum no mundo dos negócios, nada disso seria possível sem a grande contribuição de Peter Drucker, que humanizou uma atividade que antes era vista apenas como um amontoado de números.
Peter Drucker dedicou seus últimos anos de vida ajudando instituições sem fins lucrativos a desenvolverem autonomia e melhorarem seu modelo de trabalho. O pesquisador se preocupava com a ambição exagerada de muitos empresários, e a busca incansável pelo lucro, sem pensar no desenvolvimento da sociedade.
Como vimos neste artigo valorizar o capital intelectual dos colaboradores é um desafio do empreendedor.
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