sexta-feira, 26 de maio de 2017

Missões internacionais atraem grandes grupos de mineração para Goiás         

Missões internacionais atraem grandes grupos de mineração para Goiás
        




ouro
Gabriela Louredo
Missões comerciais internacionais realizadas pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) e da Secretaria de Meio Ambiente (Secima), foram responsáveis pela atração de grandes grupos de mineração para o Estado nos últimos três anos, representando milhões de dólares em investimentos, além da geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico. O valor exato não pode ser divulgado para evitar especulação financeira.
Chefe de Gabinete de Gestão da Promoção e Atração de Investimentos e Negócios, Investe Goiás, Leonardo Jayme afirma que o governo está sempre pronto para receber investidores e apresentar-lhes todas as potencialidades do estado, incluindo os programas de incentivos fiscais e a infraestrutura, “mas não podemos ficar aqui sentados de braços cruzados esperando que eles venham”.
Goiás é o terceiro maior estado do país em recursos minerais, segundo ele, daí os esforços de captar investimentos neste setor, iniciativa que está revertendo em bons resultados. O pontapé para a atração de novos investimentos foi a realização de parceria da SED, por meio da Superintendência de Mineração, com a Superintendência de Licenciamento Ambiental da Secima, com o objetivo de eliminar a burocracia e agilizar o processo de exploração mineral.
“Um dos maiores gargalos que todos os estados enfrentam é a questão da licença ambiental e temos encurtado prazos sem absolutamente fugirmos do processo, da preocupação com a qualidade do serviço de licenciamento ambiental mas temos conseguido agilizar e isso também tem feito uma grande diferença. As empresas percebem que trabalhar em Goiás é muito mais fácil do que trabalhar em outros estados”, explica.
Essa parceria resultou em três missões internacionais. A primeira foi em agosto de 2015, quando a comitiva formada por ele, pelo superintendente de mineração, Tasso Mendonça, e pela superintendente da Secima, Gabriela de Val, visitou a segunda maior feira de mineração mundial, na Austrália. Durante o evento foi feita uma exposição de dados importantes sobre o potencial mineral e a disposição do estado em abrir as portas e facilitar a questão do licenciamento ambiental.
O trabalho de prospecção deve ser precedido da fase de realização de pesquisas e estudos geológicos, para a localização das reservas minerais, o que o Governo de Goiás tem cumprido. “O Estado fez o dever de casa, através da Superintendência de Mineração. Foi pesquisado o solo goiano de diversas formas, com levantamento aerogeofísico e levantamento magnético que mostra indícios da presença de minérios e ofertamos essas informações para os investidores”, diz.
Mineradora Five Star explora diamantes em Ouvidor, no interior de Goiás.
Mineradora Five Star explora diamantes em Ouvidor, no interior de Goiás.
O resultado foi a vinda de duas indústrias que já estão instaladas e em funcionamento em Goiás, informa com orgulho Leonardo ao ressaltar que, pela rapidez dos investimentos, o Estado “pulou etapas”.
Em 2016, a empresa australiana Five Star deu início à exploração de diamantes no município de Ouvidor e a também companhia australiana Orinoco Gold acaba de fechar parceria com a Anglo Gold, terceira maior mineradora do mundo, e a mina localizada no município de Faina vai receber altos investimentos. Leonardo acredita que, em breve, a cidade vai experimentar um significativo desenvolvimento econômico em função desta atividade.
Feira de mineração atrai importantes investimentos
Dando continuidade às missões para atração de investimentos, o destino da delegação em 2016 foi Toronto, no Canadá, para participação na maior feira de mineração do mundo, a PDAC (Prospectors & Developers Association of Canada).
“Goiás foi o único estado brasileiro presente no evento. Portanto, fomos a estrela, os únicos visitantes, tivemos muitos contatos, e daí resultou a vinda da Amarillo Gold que decidiu investir em uma mina de ouro no município de Mara Rosa. Eu acho que esse é o tipo de visão para quem está no estado, ter a consciência de que é preciso entregar resultado, que fazendo essas missões, estamos investindo dinheiro público. Não é nada exorbitante, muito pelo contrário, mas estamos dando retorno”, afirma.
maraca yamana gold
Exploração em Alto Horizonte pela Maracá, da Yamana Gold
No início de 2017, Goiás participou novamente do PDAC, junto com os Estados da Bahia e Mato Grosso. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, esteve presente no evento. Na ocasião, para a surpresa da comitiva goiana, a mineradora canadense Yamana Gold, que já está há alguns anos explorando cobre e ouro na cidade de Alto Horizonte, anunciou que escolheu o Estado de Goiás para fazer mais um investimento, desta vez na mina Suruca, que estava inativa.
Leonardo comemora a escolha porque a empresa, atuante também no Estado da Bahia e em outros países da América do Sul, estava estudando qual seria o melhor lugar para investir e acabou batendo martelo por Goiás. ”Por tudo que Goiás tem oferecido no sentido de ser um estado onde a empresa trabalha com segurança, onde se encontra mão de obra qualificada, tem infraestrutura e onde as ações do estado são ágeis. Eles deram um destaque para Goiás também por conta da agilidade no processo de licenciamento ambiental e assim vamos receber mais alguns milhões de dólares em investimentos na Suruca, uma mina que eles sabem que têm potencial, que já tem pesquisa, mas onde não havia prospecção”, conclui.

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