sexta-feira, 23 de junho de 2017

Por que um dos homens mais ricos dos EUA ligou para Harvard quando foi rejeitado

Por que um dos homens mais ricos dos EUA ligou para Harvard quando foi rejeitado

Stephen Schwarzman, CEO da Blackstone e um dos maiores executivos dos EUA, ficou na lista de espera da cobiçada universidade americana



Stephen Schwarzman, CEO da Blackstone (Foto: Rob Kim/Getty Images)
Muito tempo antes de ser próximo de importantes figuras públicas, como Barack Obama, Papa Franciso e o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, o cofundador e CEO da Blackstone —gigante fundo de private equity —, Stephen Schwarzman, foi um adolescente ansioso cujo maior objetivo era entrar em Harvard. Mas o sucesso que acabou atingindo em sua vida nos anos posteriores não deu as caras naquele tempo.
Seu sonho ficou retido na lista de espera da cobiçada universidade americana. Décadas depois, em entrevista a Betty Liu, da Bloomberg, Schwarzman relembra esse momento e conta que ficou tão indignado que acabou ligando para a universidade para convencê-los de que tinham cometido um erro. "Eu pensei que eles tinham errado, ou se eles não tivessem cometido, no mínimo, não estariam satisfazendo meu objetivo", explicou.
Aceitar o que o destino e a universidade haviam determinado não parecia ser algo compressível por Schwarzman. "Bem, eu não ligo muito bem com defeitos e, se eu tenho uma visão de algo que realmente quero fazer, vou até o fim por isso", revelou durante a entrevista. Sua filosofia, explica, é inspirada nos chineses. "Eu acho que os chineses sabem onde eles querer estar, mas não tem ideia sobre como chegar lá. É algo como você estar em um penhasco e ver uma pedra lá embaixo. Para chegar nela, é preciso cruzar a água ou dar a volta. Você não sabe qual lado irá escolher, mas sabe que é preciso descer", disse.
O executivo, que é o 38º americano mais rico, segundo a Bloomberg, explica que olha as coisas com imaginação, de um ponto de vista no qual gostaria que aquilo funcionasse. Hoje, com uma fortuna de US$ 11,6 bilhões, ele reflete que quando era adolescente seu objetivo ou "fantasia pela qual valia lutar" era entrar em Harvard. Mas o obstáculo que surgiu era aquela lista de espera.
Só conseguiu pensar no momento em como contornar aquela "pedra", aquele obstáculo. "Então, foi muito natural ter ligado para eles para tentar contornar isso, para descobrir como poderia remover aquele obstáculo". Do outro lado da ligação, um funcionário da instituição foi direto."Obrigada pela sua ligação. Normalmente, eu não converso com os candidatos e me desculpe por ter que te dizer que ninguém vai conseguir sair dessa lista de espera. Não é por você, é que nós tivemos tantos aprovados neste ano que não haverá vagas extras."
Foi quando Schwarzman, analisando pela perspectiva de hoje, seguiu em frente inspirado, mais uma vez, pela filosofia chinesa. "Se você não atingiu aquele objetivo, vá encontrar outro." O final da história já é conhecido. O bilionário fez fortuna trabalhando com private equity, formou-se em Yale — faculdade para qual ele doou US$ 150 milhões em maio deste ano. Sua pós-graduação foi na Harvard Business School, em 1969.
Décadas depois daquela lista de espera ter sido divulgada, Schwarzman afirma ter recebido uma nota bem-humorada escrita pelo reitor de admissões de Harvard. "Acho que nós cometemos um erro."

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