A Colômbia é conhecida como fonte das melhores esmeraldas produzidas atualmente, bem como o país que mais produz essa pedra preciosa (60% da produção mundial). Foi lá também que se encontrou, em 1999, o maior cristal de esmeralda já visto, com 2,5 kg, e que até junho de 2011 pelo menos não havia sido lapidado.
Recente viagem a Cartagena, importante cidade turística daquele país, permitiu-me ver de perto essas famosas esmeraldas e comprovar que são, de fato, muito bonitas. Há muitas joalherias espalhadas pela cidade, principalmente na sua parte antiga, e esmeraldas, claro, são a gema que elas mais vendem e exibem, tanto no estado bruto (foto abaixo) quanto lapidado.
Recente viagem a Cartagena, importante cidade turística daquele país, permitiu-me ver de perto essas famosas esmeraldas e comprovar que são, de fato, muito bonitas. Há muitas joalherias espalhadas pela cidade, principalmente na sua parte antiga, e esmeraldas, claro, são a gema que elas mais vendem e exibem, tanto no estado bruto (foto abaixo) quanto lapidado.
Mesmo sabendo que se está no país que é o maior produtor do mundo, é natural que se tenha dúvida se aquela pedra linda que nos chamou a atenção tem realmente qualidade acima da média e se o preço que pedem por ela está, de fato, abaixo dos preços médios praticados no mercado internacional. Tudo nos leva a crer que que estamos vendo esmeraldas lindas e a preço mais baixo do que pagaríamos no Brasil, mas será mesmo assim ?
O Boletim Referencial de Preços, editado no Brasil, informa o preço de duas categorias de esmeraldas colombianas quanto à qualidade: boa (primeira) e excelente (extra). Mas, como o consumidor leigo no assunto pode saber qual é a boa e qual a extra? E qual a que não chega a ser nem boa?
Em Cartagena, uma das joalherias que visitamos reconhece quatro categorias: verde-escura, verde-clara, verde-azulada e verde-amarelada (da mais valiosa para a menos valiosa). Não sei se esta classificação é amplamente usada lá, mas ela existe e é, sem dúvida, bem mais compreensível para quem não é especialista.
Gosto não se discute, não é? Pois então deixem-me dizer que, para mim, as esmeraldas verde-claras que vi eram mais bonitas, de cor mais viva, que as verde-escuras, que são mais caras.
E com relação ao preço? São as gemas vendidas em Cartagena realmente mais baratas que as vendidas no Brasil? Deve-se lembrar que aquela é uma cidade que vive do turismo, e cidades turísticas costumam ter preços altos. Em se tratando de um produto que sabem ser o melhor do mundo, com mais razão ainda pode-se esperar preços altos.
Uma esmeralda de 2 ct (dois quilates ou 400 miligramas) muito bonita me foi oferecida lá por 3.400 dólares, ou seja, 1.700 dólares por quilate. Consultando de novo o Boletim Referencial de Preços, vê-se que, no Brasil, uma esmeralda colombiana lapidada de 1-2 ct vale entre 1.500 e 2.300 dólares por quilate se for boa e entre 2.300 e 4.500 dólares se for excelente. Gemas de 2 e 3 ct valem 2.500 a 3.500 dólares se forem boas e 3.500 a 8.000 dólares por quilate se forem excelentes.
Portanto, dá para dizer, que os preços de Cartagena são, sim, baixos em relação aos praticados no Brasil. Mas recomenda-se pechinchar, porque os vendedores sempre reduzem o valor pedido inicialmente (e, além de pechinchar, peça uma esmeralda bruta de brinde).
E as joias de esmeralda vendidas na Colômbia? Pelo que vi, são bonitas, com um design predominantemente clássico. A montagem é feita sobretudo com ouro, tanto branco quanto amarelo. O conjunto acima, em ouro branco, com peças de 12 mm x 8 mm, pode ser comprado por 680 dólares.
Das muitas joalherias, recomendamos a Joyería Caribe, que tem anexo um pequeno museu. Nele se podem ver esmeraldas brutas classificadas pela cor, pequena réplica de uma mina subterrânea, cristais brutos belíssimos, como o da foto abaixo (com cerca de 3 cm), soltos ou na rocha, e outras coisas, além de observar ao vivo lapidadores trabalhando.
As esmeraldas colombianas ocorrem em veios com calcita, quartzo e pirita (foto abaixo). Elas provêm de várias minas, algumas das quais já produziam quando os espanhóis chegaram à América do Sul.
As mais famosas são Muzo, El Chivor e Somondoco, mas há também Coscuez, Maripi, Peña Blanca e La Pita. A zona produtora fica na cordilheira dos Andes e ocupa uma área de 50 km x 250 km. Perguntei se era possível visitar essas minas, mas me disseram que não é uma viagem segura, mesmo para os colombianos. Mas, já foi muito bom ver o que vi em Cartagena.
Fonte: Percio M. Branco
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