História e arte das joias
Os adornos/ornamentos são na verdade símbolos, uma forma de linguagem, uma forma de se destacar. Os povos do período Paleolítico já sabiam disso.
Desde os tempos antigos, pedras, conchas e outros materiais eram usados como ornamentos com finalidades de talismã ou símbolo de status e poder. No entanto, não é possível precisar quando se iniciou a história da joia.
Um dos achados mais antigos são conchas com mais de 75.000 anos, foi encontrado na África do Sul.
Desde os tempos antigos, pedras, conchas e outros materiais eram usados como ornamentos com finalidades de talismã ou símbolo de status e poder. No entanto, não é possível precisar quando se iniciou a história da joia.
Um dos achados mais antigos são conchas com mais de 75.000 anos, foi encontrado na África do Sul.
Conchas de 75.000 anos encontradas na caverna de Blombos, na África do Sul.
Período Histórico: de 5.000 a 1.000 a.C
Escavações em Arpachiyah (atual norte do Iraque) foram encontradas “obsidianas”, vidro negro translúcido, nos vulcões do Lago Van era um dos materiais comuns na região. O colar, considerado mais antigo do mundo, foi feito com fragmentos dele, datado de 5.000 a.C. Por ser raro, era considerado um luxo entre os povos da Mesopotâmia.
Entre a Idade da Pedra e a Idade dos Metais, com o domínio das ainda rudimentares técnicas de fundição, materiais como o cobre, o bronze e o ferro alavancaram o desenvolvimento humano e ganharam destaque na joalheria.
As escavações na cidade de Ur, antiga Suméria (atual sul do Iraque) revelaram ricas coleções de joias de 3.000 a.C, feitas com lápis lazuli, ouro, prata e cornelians. Essas peças mostram que havia técnicas avançadas na joalheria da época, com colares, braceletes e brincos feitos de cornalina, lápis lázuli, jásper, feldspato e turquesa.
A arte da joalheria no EGITO deu um salto considerável durante o Império Médio e no Império Novo (1.567 a 1.085 a.C.) devido ao ouro que fascinava os egípcios pelo seu brilho. Entre as pedras, cornalina, ametista, lápis lazuli, feldspato, jásper e turquesa eram as favoritas.
Entre a Idade da Pedra e a Idade dos Metais, com o domínio das ainda rudimentares técnicas de fundição, materiais como o cobre, o bronze e o ferro alavancaram o desenvolvimento humano e ganharam destaque na joalheria.
As escavações na cidade de Ur, antiga Suméria (atual sul do Iraque) revelaram ricas coleções de joias de 3.000 a.C, feitas com lápis lazuli, ouro, prata e cornelians. Essas peças mostram que havia técnicas avançadas na joalheria da época, com colares, braceletes e brincos feitos de cornalina, lápis lázuli, jásper, feldspato e turquesa.
A arte da joalheria no EGITO deu um salto considerável durante o Império Médio e no Império Novo (1.567 a 1.085 a.C.) devido ao ouro que fascinava os egípcios pelo seu brilho. Entre as pedras, cornalina, ametista, lápis lazuli, feldspato, jásper e turquesa eram as favoritas.
Colar de 5.000 a.C - Museu Britânico
Contas de ouro e cornalina
Pendente de Tutankamon
Nesse período, no Oriente Médio, Ur perde seu esplendor porque o ouro se tornou uma fonte escassa. Com isso, desenvolveu-se uma nova técnica para valorizar as peças dando maior efeito, com o uso de menor quantidade de ouro: a filigrana.
Com o comércio entre a Turquia, a Mesopotâmia e o Egito, os artesãos passaram a conhecer técnicas e estéticas novas.
Entre 1.400 e 600 a.C. surgiram novas técnicas de fundição dos metais, principalmente na Europa e na Ásia. Torções para fazer braceletes, lapidações para incrustar riscas e linhas e fusões em alta temperatura para esculpir gravuras fazem parte dessa fase.
Entre 1.000 e 700 a.C., mais um salto na história: o desenvolvimento dos pins de bronze em Luristan, nas montanhas do sudoeste do Irã. A partir daí foram criadas outras peças, como gargantilhas, broches e brincos, em harmonia com os ideais de beleza da época.
Com o comércio entre a Turquia, a Mesopotâmia e o Egito, os artesãos passaram a conhecer técnicas e estéticas novas.
Entre 1.400 e 600 a.C. surgiram novas técnicas de fundição dos metais, principalmente na Europa e na Ásia. Torções para fazer braceletes, lapidações para incrustar riscas e linhas e fusões em alta temperatura para esculpir gravuras fazem parte dessa fase.
Entre 1.000 e 700 a.C., mais um salto na história: o desenvolvimento dos pins de bronze em Luristan, nas montanhas do sudoeste do Irã. A partir daí foram criadas outras peças, como gargantilhas, broches e brincos, em harmonia com os ideais de beleza da época.
Arte filigrana etrusca- Século VII
Anéis flores de lótus (1.440 – 1.220 a.C) Egito
Pins de bronze encontrados em Luristan
O povo CITA (Scythians), que habitava o território que compreendia a China, às margens do Danúbio e a Rússia, em 700 a.C., eram nômades e excelentes cavaleiros e arqueiros. Indícios descobertos recentemente permitem identificá-los como um dos primeiros povos indo-europeus e como os maiores ourives do mundo antigo.
Não desenvolveram a escrita, nem cunharam moedas para servir como fonte de informação, mas os objetos de ourivesaria recuperados nos kurgans (montes funerários situados no sul da Rússia e Ucrânia) revelam detalhadamente a maneira de viver e seus costumes deste povo nômade, complexo e criativo.
Os FENÍCIOS, no leste do Mediterrâneo usavam a estética das artes, presente na Espanha, na Tunísia e na Síria, para desenvolver joias. As peças fenícias eram extremamente trabalhadas, com efeitos suntuosos em colares de vidro colorido, com forte inspiração egípcia.
Não desenvolveram a escrita, nem cunharam moedas para servir como fonte de informação, mas os objetos de ourivesaria recuperados nos kurgans (montes funerários situados no sul da Rússia e Ucrânia) revelam detalhadamente a maneira de viver e seus costumes deste povo nômade, complexo e criativo.
Os FENÍCIOS, no leste do Mediterrâneo usavam a estética das artes, presente na Espanha, na Tunísia e na Síria, para desenvolver joias. As peças fenícias eram extremamente trabalhadas, com efeitos suntuosos em colares de vidro colorido, com forte inspiração egípcia.
Pente cita encontrado em uma tumba na Ucrânia
Kurgan em Quirguistão
Bracelete fenício encontrado em Tharros, na Sardenha
Enquanto isso, os GREGOS mesclavam a delicadeza de seu estilo com motivos orientais, modelando rostos, flores e símbolos animais para compor placas de ouro, prata e marfim
Os ETRUSCOS, por sua vez, se destacaram com sofisticadas técnicas de filigrana e granulação.
Os PERSAS faziam serpentes e dragões esculpidos em braceletes de ouro.
Os ETRUSCOS, por sua vez, se destacaram com sofisticadas técnicas de filigrana e granulação.
Os PERSAS faziam serpentes e dragões esculpidos em braceletes de ouro.
Diadema grego 300-350 a.C
Fíbula Etrusca no Século VII a.C ´Técnica Granulação
Bracelete Persa Século IV a.C
A cultura helenística dominou o mundo antigo com as conquistas do imperador Alexandre, o Grande. Motivos artísticos, como o camafeu, formas, e sistemas de decoração foram as inovações deste período. Desenvolve-se uma técnica para enfatizar o contraste entre as pedras e o vidro colorido. Esta técnica chama-se Inlay.
No decorrer da história, os ROMANOS, que dominaram os territórios onde a cultura helenística predominava, criaram peças com pérolas e esmeraldas. Mas, eles se renderam aos encantos da tradição helenística, incorporando os desenhos mais rebuscados e as gemas coloridas.
Nas AMÉRICAS, os ornamentos metálicos não eram feitos só de ouro, prata, cobre ou platina, mas de combinações entre eles. Isso porque a pureza de certos metais era permitida apenas para a alta cúpula da sociedade.
Entre os maias, porém, o ouro não era o metal mais valorizado, e sim a jade, pois na cosmologia a pedra simbolizava o céu.
No decorrer da história, os ROMANOS, que dominaram os territórios onde a cultura helenística predominava, criaram peças com pérolas e esmeraldas. Mas, eles se renderam aos encantos da tradição helenística, incorporando os desenhos mais rebuscados e as gemas coloridas.
Nas AMÉRICAS, os ornamentos metálicos não eram feitos só de ouro, prata, cobre ou platina, mas de combinações entre eles. Isso porque a pureza de certos metais era permitida apenas para a alta cúpula da sociedade.
Entre os maias, porém, o ouro não era o metal mais valorizado, e sim a jade, pois na cosmologia a pedra simbolizava o céu.
Bracelete Período Helenístico
Bracelete do período romano – Séc. III a.C (França)
Deuses Incas (em ouro e pedras preciosas)
Cabeça de jade encontrada em Altun Ha, em 1968.
Período Histórico: Séc. I ao Sec. XVI
Na Idade Média a arte sofre grande influencia religiosa. Deus é o centro do universo (teocentrismo) e a Igreja, como representante de Deus na Terra, possuía poderes ilimitados. Esta influencia marcante na vida da sociedade, também influenciou a joalheria. Os ourives combinavam formas intrincadas com arabescos em filigrana de ouro, diamantes, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras, turquesas e topázios.
O IMPÉRIO BIZANTINO se destacava por suas joias. Depois da época iconoclasta (de 730 a 787 e 813 a 834), que proibia o culto às imagens foi inventado o ouro fundido com o vidro esmaltado, uma técnica que logo se tornou sua especialidade.
Atravessando as fronteiras do império, a joalheria bizantina conquistou vastos territórios com seus adereços de ouro e seus ícones com o cloisonné enamel.
No período Renascentista a joalheria deixou de ser patrocinada pelo clero e passou a ser patrocinada pela burguesia. O ofício de ourives começou a ganhar status de arte assim como a pintura e escultura.
No final do século 14, o ourives cede lugar ao joalheiro, que introduziria novas modas, com desenhos elegantes e poéticos, flertando com temas da natureza para seus camafeus.
O IMPÉRIO BIZANTINO se destacava por suas joias. Depois da época iconoclasta (de 730 a 787 e 813 a 834), que proibia o culto às imagens foi inventado o ouro fundido com o vidro esmaltado, uma técnica que logo se tornou sua especialidade.
Atravessando as fronteiras do império, a joalheria bizantina conquistou vastos territórios com seus adereços de ouro e seus ícones com o cloisonné enamel.
No período Renascentista a joalheria deixou de ser patrocinada pelo clero e passou a ser patrocinada pela burguesia. O ofício de ourives começou a ganhar status de arte assim como a pintura e escultura.
No final do século 14, o ourives cede lugar ao joalheiro, que introduziria novas modas, com desenhos elegantes e poéticos, flertando com temas da natureza para seus camafeus.
Coroa da Princesa Blance (1370-1380)
Pendente com imagem de São Jorge – Período Bizantino
O berço do Renascimento foi na Itália, mais precisamente Florença, cidade onde viveu a família Médici, família que financiou diversos artistas do período. Durante a renascença a cidade abrigou os principais artistas desta época como: Rafael, Donatello, Michelangelo, Leonardo da Vinci, Cellini (ourives e escultor) entre outros. As joias conquistam status de obras de arte, tanto que os mecenas passaram a contratar ourives para novas criações.
Pendente do período renascentista
Tesouro dos Médici - Renascimento
Período Histórico: Final Século XVII - XX
O Estilo Barroco foi marcado pelos conflitos espirituais da humanidade. O homem se colocava entre o paganismo e o cristianismo, assim como entre a matéria e o espírito, o antropocentrismo e o teocentrismo.
As linhas curvas e os temas de natureza eram usados com uma nova linguagem. As inspirações vinham das flores e dos pássaros das Américas. Outro tema muito presente na joalheria desta época foram os laços. De formas assimétricas, eram trabalhados em ouro ou em tecidos unidos com pendentes.
O estilo neoclássico, que iniciou nos fins do século XVIII e durante quase todo o século XIX, teve sua origem às escavações das cidades de Herculano e Pompéia. O imperador francês Napoleão I e sua corte vestiam-se com roupas que lembravam o estilo clássico greco-romano em muitos detalhes, assim como as joias que os adornavam.
Os ourives e joalheiros da época passaram a pesquisar, na história da antiguidade clássica, antigas técnicas de confecção de joias, chegando assim aos etruscos.
As linhas curvas e os temas de natureza eram usados com uma nova linguagem. As inspirações vinham das flores e dos pássaros das Américas. Outro tema muito presente na joalheria desta época foram os laços. De formas assimétricas, eram trabalhados em ouro ou em tecidos unidos com pendentes.
O estilo neoclássico, que iniciou nos fins do século XVIII e durante quase todo o século XIX, teve sua origem às escavações das cidades de Herculano e Pompéia. O imperador francês Napoleão I e sua corte vestiam-se com roupas que lembravam o estilo clássico greco-romano em muitos detalhes, assim como as joias que os adornavam.
Os ourives e joalheiros da época passaram a pesquisar, na história da antiguidade clássica, antigas técnicas de confecção de joias, chegando assim aos etruscos.
Joia em estilo Barroco
Joias da Imperatriz Marie Louise dado como presente de casamento por Napoleão I
Joias de Caroline Bonaparte, irmã de Napoleão I
No século XX, o estilo Art Nouveau ou Belle Époque como ficou conhecida na França, marcou o retorno da arte barroca, a reinterpretação da natureza em formas delicadas de flores estilizadas e utilização da platina e elementos como o marfim.
Na década de 30, atrizes de Holywood ditavam a moda. Com a crise econômica em 1929 materiais sintéticos foram empregados na joalheria para compor o “look”. O novo estilo ficou conhecido como Art Déco, evidenciando as formas geométricas inapiradas no Cubismo de Pablo Picasso.
Ainda no século XX, graças a estilistas como Coco Chanel, novas joias conquistaram o coração das mulheres: a “Bijuterie Fantasie”, com design especial, feitos com materiais não preciosos em contraposição à ostentação das peças de joalherias. Era um período de início da II guerra Mundial e as mulheres tinham um novo papel social neste contexto, por isso a necessidade de se criar uma linha de joias mais acessíveis e versáteis.
Na década de 30, atrizes de Holywood ditavam a moda. Com a crise econômica em 1929 materiais sintéticos foram empregados na joalheria para compor o “look”. O novo estilo ficou conhecido como Art Déco, evidenciando as formas geométricas inapiradas no Cubismo de Pablo Picasso.
Ainda no século XX, graças a estilistas como Coco Chanel, novas joias conquistaram o coração das mulheres: a “Bijuterie Fantasie”, com design especial, feitos com materiais não preciosos em contraposição à ostentação das peças de joalherias. Era um período de início da II guerra Mundial e as mulheres tinham um novo papel social neste contexto, por isso a necessidade de se criar uma linha de joias mais acessíveis e versáteis.
Art Nouveau – Philippe Wolfers
Art Déco - Jean Depres
Pérolas feitas em resina
Com o fim da guerra, a Europa voltou a abrir suas portas para o glamour e as mulheres, ansiosas para mostrar um aspecto renovado, aguardavam inquietas pelas novidades. O ouro seguia gozando de popularidade, agora com texturas nas superfícies e gemas em combinação de cores turquesa e coral. Porém, a gema preferida das mulheres seguia sendo a pérola.
Até os anos 50 existiam duas formas de fabricação de joias: as industrializadas, feitas com gemas raras e as joias artesanais, feitas com materiais mais acessíveis e a estética e a arte eram mais importantes que os materiais.
Nos anos 60 e 70 a forma era mais valorizada que o material. O design passa a ser valorizado pelo conceito e o uso de plástico e até papel eram utilizados na composição das peças.
As joias dos anos setenta eram puramente bijoux caracterizadas por três tendências: flores no início da década, linhas geométricas e referências a moda indiana. Colares longos, pulseiras, anéis e brincos de metal com muitos fios que foram enfeitados com pérolas, encantos ou pequenas flores do plástico ou metal.
Até os anos 50 existiam duas formas de fabricação de joias: as industrializadas, feitas com gemas raras e as joias artesanais, feitas com materiais mais acessíveis e a estética e a arte eram mais importantes que os materiais.
Nos anos 60 e 70 a forma era mais valorizada que o material. O design passa a ser valorizado pelo conceito e o uso de plástico e até papel eram utilizados na composição das peças.
As joias dos anos setenta eram puramente bijoux caracterizadas por três tendências: flores no início da década, linhas geométricas e referências a moda indiana. Colares longos, pulseiras, anéis e brincos de metal com muitos fios que foram enfeitados com pérolas, encantos ou pequenas flores do plástico ou metal.
Peças de John Jesse e Irina Laski
Brincos Paco Rabanne – 1960
Bijuteria em fio dourado
Anel em ouro e diamantes - Van Cleef & Arpels - 1972
No final da década, com o movimento punk, a moda era o uso de adornos feitos de correntes de bicicletas, cruzes, caveiras e alfinetes. É o período de exagero, a grande jóia flashy, tecidos, laminados. Anos 80.
Os anos 90, ao contrário da década anterior, são caracterizados por um retorno ao minimalismo em relação a joias e roupas.
As joias são inspiradas nos estilos do passado: civilização grega e romana, Art Nouveau e Art Deco, nos anos quarenta, cinquenta e sessenta. Ouro branco, quase sempre combinado com diamantes, enquanto o ouro amarelo ressurge, especialmente na segunda metade da década. As gemas, em geral, em lapidação cabochon muito pequeno ou grande.
Os anos 90, ao contrário da década anterior, são caracterizados por um retorno ao minimalismo em relação a joias e roupas.
As joias são inspiradas nos estilos do passado: civilização grega e romana, Art Nouveau e Art Deco, nos anos quarenta, cinquenta e sessenta. Ouro branco, quase sempre combinado com diamantes, enquanto o ouro amarelo ressurge, especialmente na segunda metade da década. As gemas, em geral, em lapidação cabochon muito pequeno ou grande.
Fonte: Pérolas do Tempo
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