Para se uma ideia, o Estado só recebe impostos sobre o combustível gasto em balsas e dragas. Apenas naquela região, se consume em torno de 2 milhões de litros, principalmente óleo diesel, por semana. No tanque cheio de um caminhão grande, cabem até 400 litros de diesel. Ou seja, o consumo de uma semana no garimpo, representaria o tanque cheio de 5 mil grandes caminhões. Com o combustível custando hoje em torno de 3,10 reais por litro, só com o diesel o garimpo daquela região gasta 6 milhões e 200 mil reais por semana; 24 milhões/mês. Pode-se ver que os números são superlativos. Quase inimagináveis. Os teóricos e sonhadores não querem a legalização dos garimpos. Na vida real, nossas riquezas vão embora. E a população comum fica a ver navios. Como sempre, aliás!
MULTAS, QUEM LIGA PRA ELAS?
Ainda sobre o assunto: em março passado, fiscalização da polícia ambiental, Ibama e outros órgãos, chegou ao garimpo, que ainda era incipiente. Foram apreendidas na ocasião perto de 20 balsas; também um quilo e meio de ouro e aplicadas multas de mais de 11 milhões de reais. Claro que as multas nunca foram pagas e nunca serão. Ao invés de acabar com o garimpo na área, o que ocorreu foi totalmente o inverso: em poucas semanas, eram centenas de balsas e dezenas de dragas. Hoje, segundo uma fonte confiável, não há menos que 1.300 balsas de todos os tamanhos e pelo menos 250 dragas na área. O garimpo, cada vez maior, funciona nas proximidades e no entorno de duas unidades de conservação. A verdade é que a corrida ao ouro rola solta, de vez em quando aparece a fiscalização, mas não resolve nada. No fim das contas, o ouro abundante é levado embora e nada fica para beneficiar a população, verdadeira dona de tudo. Enquanto isso, os órgãos ambientalistas e as ONGs internacionais optaram por deixar tudo como como está. Traduzindo para a prática: nada para os cofres públicos e o contrabando correndo solto. Alguns ficarão muito ricos e os demais, todos, só perdem. Mas o discurso fútil e inútil, continua igual ao de décadas.
Fonte:: Folha de Rondônia
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