Os exemplos são inúmeros. O caso dos diamantes da Reserva Roosevelt, enterrados e disponíveis apenas para o contrabando, fazendo fortunas de criminosos brasileiros e do exterior, é apenas mais um, nesse contexto. Enquanto os donos da fortuna, os índios Cinta Larga, vivem em más condições (com exceção dos caciques), o roubo de diamantes continua em larga escala, mesmo com as juras das chamadas autoridades competentes de que isso não está ocorrendo.
Nossas riquezas estão desaparecendo ou sendo vendidas no exterior a preços pífios, como o nióbio rondoniense, por exemplo (só nós e a Bahia temos esse raríssimo minério, usado em espaçonaves e na indústria da computação).
O ouro do Rio Madeira, ainda abundante, esvai-se em garimpos ilegais, às vezes até na cara das autoridades.
Nosso ouro faz fortunas todos os dias, enquanto para os cofres públicos, que poderiam garantir benefícios a toda a população, a verdadeira dona das minas, fica nada.
Outro desses casos apareceu agora, também na região norte, onde temos imensos mananciais de minérios, que poderiam resolver todos os nossos graves problemas nacionais, caso fossem cuidados, administrados e controlados pelos bancos oficiais, por exemplo. A descoberta foi feita pelo Exército, na Terra dos índios Yanomamis, em Roraima, no meio da floresta. Lá existia, por longo tempo, um garimpo ilegal de ouro, que, só num ano, teve faturamento aproximado de 32 milhões de reais por mês. Nem um só tostão entrou para os cofres públicos brasileiros. Toneladas de ouro foram levadas embora, fazendo fortuna de poucos e nada deixando para nosso país. O raciocínio de que essas áreas devem ser intocadas; que os índios que nela vivem devem continuar tendo uma vida de fome e abandono, sem usufruir de qualquer parte da riqueza que é deles; de que o importante é que eles mantenham suas raízes e que a riqueza deve ser intocada, é, claro, uma das grandes idiotices deste país. Tudo indica que não há projeto para mudar esse quadro dantesco e inacreditável, que pune o Brasil, defende ideologias e relega nossas riquezas a um terceiro plano. Alguns poucos mandam e decidem contra o país e fica por isso mesmo. Pobres de nós!
Fonte: CPRM
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