sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Kimberlito Rocha Vulcanica que Transporta Diamantes Para a Superficie

Kimberlito Rocha Vulcanica que Transporta Diamantes Para a Superficie



Kimberlito é vulgarmente conhecido como a rocha que contêm diamantes. Na realidade, não é um tipo específico de rocha, mas sim um grupo complexo de rochas ricas em voláteis (dominante CO2), potássicas, ultramaficas híbridas com uma matriz fina e macrocristais de olivina e outros minerais como: ilmenita, granada, diopsidio, flogopita, enstatita, cromita.

O clã dos kimberlitos são divididos em dois grupos [1] [2]
Grupo I: Tipicamente ricos em CO2 e empobrecidos em potássio em relação aos do grupo II. Corresponde à rocha original encontrada em Kimberley, na África do Sul.
Grupo II: Tipicamente ricos em água, apresentam matriz rica em micas e também calcita, diopsídio e apatita, e correspondem ao kimberlitos lamprofíricos ou micáceos [3]
Os kimberlitos são formados pela fusão parcial do manto a profundidades maiores que 150 km. O magma kimberlítico durante sua ascenção do manto para a crosta, comumente, transporta fragmentos de rochas e minerais - também conhecidos como xenólitos e xenocristais (entre eles o diamante). O kimberlito pode trazer diamante até a superfície desde que tenha passado por regiões no manto/crosta que fossem ricas neste mineral e que sua velocidade de ascensão seja rápida o suficiente para não desestabilizar a estrutura do diamante, que caso contrário se converteria em grafite (polimorfo estável do carbono na pressão ambiente). Ressalta-se, portanto, que o magma que forma o kimberlito não é o produtor de diamante, apenas um meio de transporte.
No Brasil diversos kimberlitos foram encontrados desde a década de 1970, no entanto, poucos foram estudados [4]para a compreensão dos mecanismos de colocação destes corpos ou do tipo de manto amostrado por estes magmas.

Referências

  1.  Smith, C. B., Gurney, J.J., Skinner, E. M. W., Clement, C. R., Ebrahim, N., 1985. Geochemical Character of southern African kimberlites: a new approach based upon isotopic constraints. Trans. Geol. Soc. S. Africa 88, p. 267-280
  2.  Skinner, E.M.W., 1989. Constrasting group-1 and group-2 kimberlite petrology: towards a genetic model for kimberlite. In. Proc. Fourth Int Kimberlite Conf. Geol Solc. Aust, Spec. Publ, 14, p. 528-544.
  3.  Wagner, P.A., 1914. The diamond fields of Southern Africa. Transvaal Leader, Joahannesburg, South Africa.
  4.  Thomaz, Leandro Vasconcelos. Estudo petrográfico e química mineral da intrusão kimberlítica Régis, no Oeste de Minas de Gerais. 2009. Dissertação de Mestrado. Disponível emhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44143/tde-19082009-094419/pt-br.php

Por  AngelFire.com   

Ilustração como Kimberlito Transporta o diamante




  As fontes primárias dos diamantes - os kimberlitos - aparecem normalmente na forma de chaminés intrusivas na crosta, podendo apresentar contribuições variáveis de xenólitos das rochas por onde passou a intrusão. Os kimberlitos são rochas híbridas, ultrabásicas, potássicas e ricas em voláteis (COe H2O), compostas por fragmentos de eclogitos e/ou peridotitos, em uma matriz fina formada essencialmente de olivina (predominante), flogopita, calcita, serpentina, diopsídio, granada, ilmenita e enstatita (Chaves & Chambel, 2003).

diamante se forma numa área delimitada pela interseção entre o Manto Superior e a região basal da Litosfera, onde esta se torna mais espessa. Esta área bem delimitada se denomina de Janela do Diamante. O seu limite superior é a isotermal de 900oC e o limite inferior, de 1200oC. Abaixo da curva do Manto Superior está a zona de equilíbrio do diamante e acima, a zona de equilíbrio da grafita. A gênese do diamante exige uma profundidade entre 150 e 200 km (acompanhe a curvatura da figura).




Esta figura (acima) mostra o início da ascensão da chaminé kimberlítica, a partir do Manto Superior, transportando os cristais de diamante no seu interior.

Concluída a sua ascensão, a chaminé kimberlítica atinge a superfície do terreno. Observe que o kimberlito estéril (barren kimberlite) se encontra na zona de equilíbrio da grafita, não podendo, portanto, conter diamante.
Fonte: Uol

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